Ri-me com Mindy Kalling no Office, mas também odiei a personagem, em certos momentos. Há alguma coisa de profundamente irritante com ela, que também nos faz rir. Foi essa dualidade que fez esta série manter-se durante tanto tempo.
Admito que gostei do formato, a certa altura. Embora não fosse o público alvo. De longe. Não falo só em ser algo mais direccionado para mulheres. Se fui rapaz para tolerar um pouco de Sex and the City, Mindy Project não poderia ser um desafio para mim, nesse sentido. Falo mais da questão de ser virado para a geração seguinte, com uma data de referências não tanto de cultura pop, mas de cultura millenial ou hipster. Estou a ficar velho. Algo que se tornou muito evidente com esta série.
As últimas temporada não estavam ao nível. Muito por «culpa» dos criadores, que a tentaram manter MP o máximo de tempo possível. À custa de andar a mudar de canal, para sobreviver, também teve de fazer sacrifícios e ir buscar outros actores, não tão bons como os originais. Ou ter de mudar um pouco o perfil dos que se mantinham, para preencher espaços vagados pelas saídas ou para complementar a série doutra forma. Não funcionou tão bem e o final não foi espectacular.
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