Sunday, April 7, 2019

despachada: Crazy Ex-Girlfriend


Nos idos tempos de 2016 a série ganhou um Golden Globe. Preparei-me para reclamar, na altura. «Que porcaria de séries andam por aí a ser premiadas?», pensava eu. Ainda por cima um musical. «Onde anda esta gente com a cabeça? Quem ainda vê musicais?» Como gajo claramente ponderado que sou, decidi ver por que raios tinha isto ganho seja o que for.

Achei piada. Mesmo às músicas. No limite, mas até às músicas achei piada.

Fui assolado com uma onda de vergonha. Tornou-se o meu guilty pleasure, que não tinha como justificar. Não há nada na série que costumo gostar (tirando a protagonista meio tonta, com volumosos argumentos, cheia de problemas). Tive de investigar um pouco mais a série. Descubro algo que desculpabiliza-me, de certa forma. Bloom, a actriz principal, escreveu e participou no Robot Chicken, com as músicas, mas também com as vozes. OK! Menos mal. Ela vem duma escola de comédia que tem a ver comigo. Já não preciso enfiar-me num armário o resto da vida.

Independentemente de tudo isto, CE-G é inteligente em vários momentos. E tenta fazer algo diferente. Ganha também muito por ser genuíno, muito pessoal. Depois perde-se noutros momentos, em sintonia com a personagem principal, que não sabe o que quer, maior parte dos dias.

Um pouco como todos nós, não?

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