Thursday, September 5, 2024
despachada: Barry
Foi uma série de altos e baixos. Para mim. A nível pessoal. Não me refiro à narrativa. Se há coisa que se pode dizer de Barry é que manteve-se sempre bastante coerente, na verdade.
Comecei a ver pelos motivos errados: porque a minha senhora é fã de SNL e isto esteve na berra no início. Odiei a premissa e não gosto de gostar deste tipo de histórias. Falamos dum assassino profissional que mete-se em encrencas porque quer ser actor. Sim, Hollywood é ridículo, mas este gajo, por quem estamos a torcer, mata gente por dinheiro! Nunca consegui esquecer essa parte. Acabei a ver sozinho a última temporada. A minha senhora desistiu. E demorei um ano ou mais a fazê-lo.
Absurdo, bem sei. Por outro lado...
Quando achamos que não há mais a contar, que está tudo despachado, que o personagem está lixado, os criadores conseguiram sempre encontrar algo para contar. Nisso tenho de admitir. A série é original e vai para onde quer ir. A última temporada é o ponto alto. Depois do final da terceira temporada achei que não havia mais nada que pudesse acontecer. Afinal houve. Também há a questão de que muito me queixo que não há «projectos». Que começam bem com uma ideia. Mas, se a série tiver sucesso, esticam a coisa até não haver mais para contar. Com Barry senti que contaram o que tinham para contar e não quiseram acrescentar um ponto a mais que fosse. Convém louvar estas coisas. Por fim, há um episódio que é magistral.
Na segunda temporada, no meio da minha irritação por estar a ser obrigado a acompanhar a série, há um episódio que é daquelas coisas de sonho. Leva-nos por caminhos completamente surreais. Tem voltas impossíveis de prever. E fez-me rir. Muito. Sem controlo. Rir de alegria, humor e não só. De excitação de estar a ver algo completamente único.
Há ainda NoHo Hank, que é um personagem genial. Podia fazer um post só a falar dele. Fiquemos por aqui. Alguns baixos. Alguns altos. Era a isto que me referia.
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