Tuesday, December 31, 2024

filme do mês: Dezembro '24

O melhor filme que vi este mês foi, sem qualquer dúvida, o Quiet Place: Day One. Bom pacing, um universo porreiro e aterrador, óptimas interpretações e um gato. Só que estamos em Dezembro. Convém respeitar a quadra em questão. Neste mês, o que interessa do catálogo do Elvis é o álbum dele de Natal. Não é o Jailhouse Rock ou o Hound Dog.

Logo, de entre os «filmes de Natal» que vimos, o destaque maior tem de ir para That Christmas. É fofinho, tem fantasia e questões familiares. Não há nada mais «filme de Natal» que isso. Menções honrosas, para quem gosta do género e/ou quão mau consegue ser: The Christmas CharadeRed One, Meet Me Next Christmas e Round and Round.

Friday, December 20, 2024

despachada: What We Do in the Shadows


Ora aqui está uma óptima série, criada por gente só com tontices na cabeça, que soube quando parar.

WWDitS foi delicioso, do princípio ao fim. Um conjunto de actores que soube trazer tudo aos personagens. A começar pela sua própria loucura. Gente nova que se descobriu. Um ou outro actor já conhecido. Sempre com ideias novas. Alguma continuidade, mas maioritariamente episódico.

Sei que é um conjunto de características algo disconexas e básicas, mas não há muito mais para contar. É um mockumentary sobre quatro vampiros e um humano com pretensões a ser vampiro, que vivem juntos. Parece ser uma série longa (ainda foram seis temporadas), mas com poucos episódios cada uma. E vê-se tão bem. Não quero revelar muito mais, embora não haja assim tanto para revelar. Só tenho elogios para esta série. A verdade é essa. Foi mesmo divertida, a começar e a acabar nos encontros dos vampiros de energia. Que coisa deliciosa. Que conceito maravilhoso.

Vão ver WWDitS. E, já agora, comecem com o filme que deu origem à série. Eu sei que eu hei-de ver a série outra vez. Provavelmente mais que uma vez.

Bat!

Friday, December 6, 2024

despachada: Party Down


Estava a tentar evitar meter esta na lista. Não há relatos oficiais de (novo) cancelamento, mas não há como achar que voltará, tendo em conta que já foi o que foi. Certo?

Party Down teve duas temporadas, entre 2009 e 2010. Vá-se lá saber como, chegou à segunda. Porque ninguém via esta coisa esquisita e muito «fora», com uma data de actores relativamente desconhecidos. Até que, como acontecia muito com estas coisas, tornou-se uma série de culto. E todo o talento muito jovem que a série tinha, eventualmente explodiu e andam quase todos a fazer coisas muito bem sucedidas. Esta combinação de factores justificaria um comeback? Os actores, por muito que tenham outros projectos, adoraram trabalhar nisto e querem voltar. É só uma questão de acertar agendas e vai ser um mega sucesso, certo?

Não, claro que não. Não é assim que a coisa funciona. Quando temos algo bom, não ligamos. Queremos ser a pessoa que o descobre depois e, assim, tem o direito de chamar idiotas aos executivos que não tiveram como não cancelar a série. E protestamos. E mandamos vir com toda a gente. E fazemos abaixo-assinados para trazer a série de volta. E clicamos em todos os links em que um jornalista pergunta aos actores pela série. E perguntamos aos actores quando a série vai voltar. Eu não faço nada disto, mas nerds como eu sim.

Na eventualidade rara da série voltar, ninguém vê. E os que vêem dizem que dantes é que era bom. Que «eles voltaram só para estragar e se era para isto não valia a pena».

Pois. O mundo é esquisito. E as pessoas são assim a modos que parvas. Nada a fazer.

despachada: This Way Up


Que limpeza hoje. Tanta boa série que não vou continuar a ver.

Esta não é grande surpresa. Já há algum tempo que se sabe, mas acho que propositadamente ignorei-o. De qualquer modo, dada a popularidade de Aisling Bea, é normal que este «pequeno» ou «menor» projecto tenha caído. E a «irmã» Sharon Horgan também tem «melhores» (entenda-se «mais bem pagos») projectos a decorrer. Curiosamente, o mais popular que Horgan tem, neste momento, é um em que é novamente irmã de irlandesas tontas.

This Way Up é um óptimo cartão de visita do talento de Bea. Achamos-lhe piada. Criamos ligação. Ela é gira, simpática e inteligente. Queremos beber um copo com ela. Queremos ouvi-la a contar histórias. Queremos rir com ela.

Terei de contentar-me em vê-la noutras coisas.

despachada: Stath Lets Flats


Este gajo criou um projecto pessoal. Foi daqueles que foi bem sucedido. Porque projectos pessoais há para aí muitos. Dos que ganham prémios, menos.

Aproveitou-se do humor negro britânico, aliado ao facto de que as séries neste país são menores e quase nunca têm a obrigação de sair uma temporada por ano. E aproveitou-se ainda do facto de ter uma irmã muito talentosa, que o ajudou a brincar com a sua cultura, por certo trazendo uma data de histórias cómicas da família para dentro da série. E sim, a irmã dele na vida real faz de irmã dele na série. Uau!

Tudo isto fez rir os britânicos e deu prémios ao criador. Merecidos. A série tem piada. Não estava muito convencido (principalmente porque o personagem dele é super irritante), mas há uma cena, lá para o final duma das temporadas, em que ele fecha-se num quarto duma casa que mostrava a alguém, e lança uma fala no meio da confusão que fez-me rir alto e a bom som.

Eu rir-me desta forma não é assim tão comum, apesar de ver muita coisa com piada. Quer dizer algo.

despachada: Star Wars: Tales of the Jedi


Afinal isto teve uma segunda temporada, que foi o Tales of the Empire?

Eu não saber que uma qualquer série foi cancelada, tenho pena que aconteça, mas não é o fim do mundo. A minha vida deu voltas, que escolhi, que não permitem que esteja tão a par como dantes. Tudo bem. Não sofro por causa disso. Agora, eu não saber que uma série de Star Wars afinal não é uma série, ou é uma série mas a «segunda temporada» tem outro nome, e a ideia é irem contando histórias sob um chapéu que só os fãs conhecem, mas que tem sempre nomes diferentes para não alienar o espectador casual, permitindo ainda poder lançar novos episódios apenas e só quando há episódios de qualidade para lançar, epara que assim os criadores tenham mais liberdade e, acima de tudo, não tenham os productores ou os fãs a pressionar, eu não saber isto custa-me.

Faz pouco sentido estar a acrescentar mais a este post. Até porque disse tudo no de Tales of the Empire. Eles vão lançar mini-séries destas com apontamentos soltos dentro do universo, a dar profundidade a personagens vários. Acho óptimo. O nerd em mim preferia uma só série, um só nome, com várias temporadas. Mas não tem mal. Eu percebo. Venha mais do que raio queiram lançar. Estes episódios são giros. 'Bora!

despachada: Russian Doll


Não é 100% certo, mas...

Convenhamos que Russian Doll nunca deveria ter tido uma segunda temporada. OK, sim, tem mérito por si só. Mas não. Não, não, não! Decidem criam uma versão série da famigerada história time loop. Fixe. Ainda bem. Gostei de saber, antes de ver a série. E gostei de ver a primeira temporada. Uma temporada inteira dum time loop dá para desenvolver muito mais a coisa e fugir aos chavões. Só que a personagem principal resolve o time loop no final da primeira temporada. Para quê uma segunda?!

Consta que a porta não estará completamente fechada. A série teve sucesso. Acredito que a Netflix queira estar próxima dos criadores. Logo, se estes se lembrarem de continuar, se conseguirem arranjar um bom gancho para continuar, depois da mamadice que foi a segunda temporada, talvez... Quem sabe? Daqui a dez anos podemos voltar a este mundo. É possível. Pouco provável, mas sempre possível.

A primeira temporada é muito boa. Ela está óptima. A música ficará para sempre na nossa cabeça, pelo menos. Não ser só uma mini-série, desde o início, foi muito parvo.

despachada: That '90s Show


Não tinha como sobreviver, pois não? Pena.

A série que dá origem a esta viveu, e viveu bem, numa altura muito específica. Hoje em dia já não há espaço para séries fofinhas deste género, que precisam de tempo para crescer. That '90s Show estava fadado ao insucesso. Mais que não seja porque está na Netflix, sítio que produz tudo e mais alguma coisa, mas tem zero respeito por projectos. Uma série ou está constantemente a trazer subscritores novos, ou então é cancelada.

Não era brilhante. Longe disso. Tinha algum potencial de personagens. Não o mesmo que vimos antes, talvez. Mas algum.

Fiquei triste, agora. Estava a gostar de voltar a ver a Kitty e o Red.

despachada: Human Resources


Distraí-me. Ou vi algures que tinha sido cancelada e esqueci-me. Ou estou mais «fora da cena» do que penso. Muito provavelmente será a segunda. Se bem que a minha memória é uma trampa. A verdade é que estava convencido que ia continuar.

Human Resources é um spin-off de Big Mouth, que é uma óptima série de animação, bem sucedida, da Netflix. Essa sim, sei que levou com o «tratamento decente». A Netflix renovou por uma última temporada, dando tempo aos criadores para arrematarem bem a coisa. Human Resources não terá atingido o mesmo nível de popularidade e não mereceu esse tratamento. A ser isto que aconteceu, percebo porquê.

É fácil identificarmo-nos com Big Mouth, porque todos passámos por aqueles, ou quaisquer outros traumas de infância. Não tenho propriamente memória de falar com um monstro do sexo, mas é uma interpretação inteligente do que vai na cabeça duma criança recém hormonal. Já Human Resources é uma série engraçada, da mesma gente talentosa, com histórias giras. Apenas e só. Porque enquanto Mouth tem 70% baseado na realidade e 30% fantasia, Resources é o inverso. Ou seja, uma pessoa não se identifica tanto. E, se é para ver uma comédia de escritório, há outras melhores por aí.

Que não seja mal interpretado. Human Resources é um complemento fixe a Big Mouth. Só não consegue viver por si só. E, como tal, não conseguiu ser tão impactante como a série de origem.

Será que há mais séries canceladas que eu não sei?