Sunday, May 10, 2020

despachada: Cybill


Cybill é o cromo que me faltava das séries mais antigas, criadas por Lorre. Para quem não sabe, o cavalheiro criou coisas como Dharma & Greg, Two and a Half Men ou Big Bang Theory. E, apesar de ser tudo muito igual, vi todas. Não tenho paciência para ver coisas novas. Ele tem três ou quatro séries a dar, neste momento, incluindo um spin-off do Big Bang. Mas eu já dei o suficiente para o peditório Lorre. Ele não precisa mais de mim.

Tinha Cybill para ver há algum tempo. E, sendo honesto, ando a vê-la se calhar há mais dum ano. Não, não é assim tão longa. São quatro temporadas de episódios de vinte e poucos minutos. Em situação normal, demoraria cerca de quatro/cinco dias a ver. Porque demorei assim tanto tempo?

Não, não é nada má. É formatada no mesmo registo de todas as outras que listei acima. É um registo cansado e que já não funciona tão bem para o público mais novo, mas eu ainda tenho alguma tolerância para a coisa. E poderá surpreender, mas Cybill teve Alan Ball a escrever para a série, por exemplo. Mais uma vez, para quem não sabe, Ball escreveu coisas como o Six Feet Under ou o American Beauty.

Mas, mais que tudo isto, Cybill tinha Cybill Sheperd que, para quem não se lembra, entrou na muito famosa (na altura) série Modelo e Detective. Série essa que lançou para a ribalta um jovem moçoilo de seu nome Bruce Willis. Admito que, enquanto miúdo, fiquei fixado foi em Willis. Era um gajo com piada, mas que se aguentava na acção. Esperto e mordaz, sempre às turras com a personagem de Sheperd. Chiça, ele era o John McClane!

Hoje em dia vejo que Sheperd não ficava aquém do companheiro de cena. Era uma mulher bonita, inteligente e com muita piada. Também canta, mas esse tipo de coisas não me impressiona. A não ser que façam uma versão musical do Assalto ao Arranha-Céus. Cybill trouxe muitas das qualidades de Sheperd ao de cima, aproveitando para mandar uma data de bicadas a Hollywood e à sociedade em geral. Especialmente na forma como as mulheres eram tratadas, na vida em geral e no trabalho em concreto.

Demorei a ver porque a série é repetitiva e usa todos os mesmos artifícios das outras séries Lorre. Não por falta de qualidade. Ou seja, se visse na altura em que saiu, com os olhos de hoje, teria apreciado muito mais e «despachado» muito mais rapidamente.

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