Já ia entrar na lenga lenga do costume. Não. Vou pelo positivo.
Vi óptimos filmes este mês. O que gostei menos foi a sequela «Planet of the Apes». O que surpreende, porque teria tudo para ser um filme do mês. O ponto máximo cinematográfico foi ir ver Deadpool & Wolverine ao cinema. Óbvio. Mas como estes filmes não são considerados para a distinção, acaba por ser The Union o filme do mês.
Porque foi uma maravilhosa surpresa para mim. Foi tão tão, que foi óptimo.
Independentemente disso, recomendo qualquer um dos outros (Wicked Little Letters, Holdovers ou Incoming). Por razões diferentes, claro.
Saturday, August 31, 2024
Sunday, August 25, 2024
despachada: Medical Police
Estava a correr a lista da Netflix. Decidi que era altura de desistir duma possível segunda temporada. Não que acredite mesmo que é impossível. Com esta malta nunca se sabe. É mais porque não quero saber.
Medical Police foi o último projecto duma grupeta que gostava de fazer estas coisas. Paródias de géneros clássicos. Séries médicas, policiais, etc. Todos eles seguiram em frente com a sua carreira. A malta deste Medical Police talvez não tenha conseguido atingir o mesmo patamar que os outros, ou então simplesmente quiseram voltar onde eram felizes. Não foram muito bem sucedidos, a verdade é essa.
Medical Police é a mais fraca de todas as iterações. Nota-se ao ver. E torna-se especialmente óbvio quando nem se dignam a cancelar a série. Simplesmente ignoraram que alguma vez existiu.
despachada: Archer
Isto vai parecer muito estranho, mas o genérico inicial de Archer provocava-me ansiedade.
Há contexto. Houve uma altura em que embacei muito Archer. Acho que comecei a ver já com três ou mais temporadas existentes. Ou até foi porque decidi rever tudo, a certa altura. O certo é que fiz um binge. Porque Archer é muito bom, atenção. Em especial o início. É a junção dum conjunto muito especial de gente talentosa, que fez uma série inteligente e muito, mas muito engraçada. Só que era demasiado. Na altura ainda não tinha bem presente o errado que é embaçar séries. Então sofri um pouco. Lembro-me perfeitamente de estar no sofá - sentado ou, mais provável, deitado numa qualquer posição que lixava-me as costas - e ria-me durante um episódio, só para sentir as paredes da sala apertarem, enquanto a música tocava. Não consigo explicar porquê. Não acontece tanto agora. Não aconteceu ao ver esta última temporada, mas também não a vi toda de enfiada. Nem vida tenho para isso, hoje em dia. Naquela altura aconteceu.
Sobre a série em si, é de facto genial em vários momentos. Esticaram a corda. Fizeram várias temporadas a mais. Tentaram tornar a coisa interessante, para o final, com temporadas de «universos paralelos», sendo que tudo se passava na cabeça do comatoso Archer. Mas foi demasiado. Uma ideia gira, mas não fez sentido no plano global. E, por isso, não ficará para a História. Como deveria, aliás. Não vai constar de muitas listas de melhores séries de animação. Até que acabaram bem, com uma última temporada divertida. Mas era tarde demais. Quatorze temporadas foi um exagero absurdo. Com meia dúzia teriam uma série que ficaria nos anais.
Tuesday, August 20, 2024
despachada: Beef
Que mamadice foi aquela dos episódios finais?!
Beef teve muito do que acho piada. Para além da boa dupla de actores principais, gosto de gente com talento para mandar vir com outros. E a premissa de duas pessoas chateadas com a vida, às tantas decidirem armar briga por alguma coisa parva, e levarem a coisa ao extremo, para mim é óptima. Porque penso sempre muito nisso. Em mandar vir com gente que faz parvoíces. Felizmente não o faço. Nem acho que deva ser feito, atenção. Mas a minha cabeça começa logo a fazer filmes sempre que alguém tenta entrar numa carruagem de metro antes de deixar as pessoas saírem. Sempre.
A partir de certa altura a série descambou e ultrapassou largamente a premissa. Eram duas pessoas a lidar com os seus demónios e a fazer muita coisa mal, precisamente porque não souberam lidar com eles antes. Com isso, perdem praticamente tudo e acabam a fazer terapia juntos no deserto, como se impõe.
Beef teve isso. Soube ir mais além do previsível. Soube dar mais sumo a uma série que não parecia ser mais do que gente parva a ser igual a si mesma. Teve desenlaces óptimos e justificou os louros que recebeu. Já os rumores de que há planos para uma segunda temporada, supostamente com outras personagens, tira-me algo do sério. Posso estar enganado, mas pareceu-me que funcionou muito bem como história fechada. Não sei se vão continuar ou não. Só espero é que não estraguem.
Wednesday, August 14, 2024
despachada: One Day
Ver isto e perceber que alguém tentou condensar toda esta história num filme... É bastante parvo. Claro que recordo-me pouco da versão longa metragem. Não houve mesmo nada que tenha ficado na memória. Aliás, até há bem pouco tempo (até ver a série, entenda-se), acho que confundia este filme com um outro, do género.
O engraçado é que creio ter ficado com a mesma impressão, ao ver o filme, com que fiquei ao ver a série. É uma relação particularmente tóxica, em que o rapaz só dá valor à rapariga depois de atingir o fundo. A miúda é impecável, divertida e inteligente. Maior parte do tempo. Mais para a frente tudo fica algo diluído, o que até é um bom sinal de realidade nesta ficção. Já ele é sempre um palerma. Apenas e só um palerma. É bonito, sem dúvida. Ser rico e pagar cenas ajuda. Mas, espremendo, dá para tirar mais sumo dum calhau.
A verdade é que as miúdas adoram a história. Eu gosto do gancho. Apenas vemos o dia 15 de Julho. Anos e anos de 15s de Julho. Não vemos qualquer outro dia. Há até alguns em que não interagem. Gosto muito de ver a evolução da narrativa e dos personagens com este constante salto temporal. Mas ele é um palerma e não é justo gostar dele ou torcer para que fiquem juntos.
É uma opinião controversa, bem sei.
Tuesday, August 13, 2024
despachada: The Umbrella Academy
Umbrella Academy apanhou-me de surpresa. Não tendo a gostar de histórias da DC assim tanto. E convenhamos que é uma bastardização dos X-Men. Misturado com um par doutras coisas. Mas dois personagens agarraram-me sobremaneira: Klaus e Five.
Acho-os magistralmente concebidos e superiormente interpretados. (Sim sim, hoje é dia de advérbios de modo.) Os actores não terão grande futuro, por certo. Talvez façam mais uma ou outra coisa digna de registo, mas nunca a este nível. É sempre assim. Já o resto... Há um ou outro bem em certos momentos. Outros são castings ao lado. Alguns bem que se esforçaram, mas não conseguiram chegar lá.
Gostei de ver boa parte da série. Foi levada ao extremo. Exemplo disso é a última temporada. Um desastre autêntico, que nunca deveria ter sido feito. Estou certo que houve imensas limitações. Que, tendo em conta o contexto do momento, terá sido o possível. Mesmo assim. Doeram-me os olhos quando vi. Tudo o resto é divertido, atenção. Em especial as primeiras temporadas. Programação TV de alto nível.
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