Sunday, August 25, 2024
despachada: Archer
Isto vai parecer muito estranho, mas o genérico inicial de Archer provocava-me ansiedade.
Há contexto. Houve uma altura em que embacei muito Archer. Acho que comecei a ver já com três ou mais temporadas existentes. Ou até foi porque decidi rever tudo, a certa altura. O certo é que fiz um binge. Porque Archer é muito bom, atenção. Em especial o início. É a junção dum conjunto muito especial de gente talentosa, que fez uma série inteligente e muito, mas muito engraçada. Só que era demasiado. Na altura ainda não tinha bem presente o errado que é embaçar séries. Então sofri um pouco. Lembro-me perfeitamente de estar no sofá - sentado ou, mais provável, deitado numa qualquer posição que lixava-me as costas - e ria-me durante um episódio, só para sentir as paredes da sala apertarem, enquanto a música tocava. Não consigo explicar porquê. Não acontece tanto agora. Não aconteceu ao ver esta última temporada, mas também não a vi toda de enfiada. Nem vida tenho para isso, hoje em dia. Naquela altura aconteceu.
Sobre a série em si, é de facto genial em vários momentos. Esticaram a corda. Fizeram várias temporadas a mais. Tentaram tornar a coisa interessante, para o final, com temporadas de «universos paralelos», sendo que tudo se passava na cabeça do comatoso Archer. Mas foi demasiado. Uma ideia gira, mas não fez sentido no plano global. E, por isso, não ficará para a História. Como deveria, aliás. Não vai constar de muitas listas de melhores séries de animação. Até que acabaram bem, com uma última temporada divertida. Mas era tarde demais. Quatorze temporadas foi um exagero absurdo. Com meia dúzia teriam uma série que ficaria nos anais.
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