Friday, January 31, 2025

filme do mês: Janeiro '25


Não. Não vou aqui destacar nada. Vi dois filmes. Um de Natal, que não é nada de especial. E outro que é só mau, que nunca deveria ter visto.

Vem aí um ano novo, com muita coisa prevista. Constinuam a haver demasiadas sequelas e remakes, mas esperemos que haja alguma originalidade pelo caminho. Não sei se terei oportunidade de ver muita coisa. O ano antevê-se ainda mais limitado de tempo para ver filmes que os anteriores, mas espero que surjam coisas novas para animar a malta. Espero mesmo que sim, a bem de todos.


Tuesday, January 28, 2025

despachada: What If...?


Sempre gostei de ler as pequenas histórias de What If em formato BD. Não ia tão longe como comprar e ler toda a série de livros de enfiada. Mas gostava quando metiam uma história completamente «fora» no final dum livro qualquer. Isto acontecia muito nas edições brasileiras, que compilavam mais que um comic americano. Gostava de ver como, bastando uma ligeira diferença, uma pequena alteração do desenrolar de acontecimentos que era conhecidos, como isso podia dar um mundo completamente alterado. Algumas ideias eram só parvas, mas muitas eram interessantes. E isso depois levou aos universos paralelos, e a histórias excelentes como Age of Apocalypse ou House of M. Também levou à tentativa falhada da Marvel Studios com a multiverse saga, mas não entremos por aí.

A série What If...? foi fiel a esta origem. Pegou no que foi construído no MCU e desconstruiu-o. Deu-nos versões que tínhamos curiosidade em ver. Deu mais tempo de cena à Hayley Atwell, algo que apoiarei sempre a 100%. E deu-nos uma boa história na primeira temporada. A segunda foi fixe e acrescentou personagens porreiros, embora não tivesse um grande fio condutor. Na terceira esticaram a corda. Talvez não devesse ter existido, fazendo sentido que, no final, a série tenha sido cancelada.

Mesmo assim, é bom visionamento para os fãs absolutos. Acho que é das coisas boas para ver, para os que querem ver tudo MCU. Para quem só quer ver o principal, não perdem nada em saltar. Tirando perderem uma boa história global na primeira temporada, lá está.

Monday, January 20, 2025

despachada: Kevin Can F**k Himself


O projecto é original. O conceito é óptimo. E foi tão bem concretizado. Faz-me acreditar na Humanidade. Faz calar o macaquinho que tenho na cabeça, que diz que tudo já foi feito e não há nada original. E depois sei da origem da história. É baseado na vida real, mais ou menos. O macaquinho riu-se. Não deixei de gostar da série.

Não sei os detalhes todos. Não vou entrar muito na parte real. Consta que houve uma série, daquelas básicas de riso de lata, cheia de clichês e coisas básicas. Pai de família, working man, que só quer divertir-se com os amigos, e que tem uma esposa chata, yadda yadda. Já não há paciência para este formato. É pena que continue. Agora, nos bastidores parece que a actriz que faz de esposa não achava piada ao desenvolvimento do seu personagem «chapa 5». Ou não se dava com o elenco maioritariamente masculino, e houve arrufos. A estrela da série ganhou a batalha. A actriz foi despedida, ou não lhe renovaram o contrato, e a personagem simplesmente deixou de aparecer, duma temporada para a outra. Sem justificação sequer na série.

É o clássico exemplo de Hollywood. Tudo bonito em frente às câmaras. Tudo muito podre atrás delas.

Essa é a parte fixe de Kevin Can F**k Himself. Tem esses dois lados. Uma parte da série é colorida e filmada como uma sitcom parva, com riso em lata e afins. Mas sempre que a esposa afasta-se do idiota do marido, tudo fica escuro, real, sem risos e situações ridículas. As transições eram deliciosas. Ele, um completo idiota, mas com toda a gente à volta dele a compactuar com as ideias parvas. Mas quando saía de cena, ou quando os personagens começam a verdadeiramente perceber o quão idiota ele é, ou quando eram traídos ou expulsos do círculo interno, por este ou por aquele motivo, tudo mudava. Eles passavam de personagens secundários cómicos para seres com produndidade, com opiniões, desejos, ambições ou simplesmente com necessidade de serem respeitados. E neste lado da história víamos as verdadeiras consequências de ter de lidar com um ser egocêntrico e tóxico.

O exemplo mais simples é o Alf. Não é referência para toda a gente. É para uma geração específica e, mesmo dentro dessa, nem todos seguiram a série. Eu adorava o Alf, em miúdo. Era um boneco peludo e fofinho, que mandava todas as piadas. Depois revi a série em adulto. O Alf era um alienígena, preso na Terra quando a sua nave despenhou-se. Mas era um personagem execrável. Infernizava a vida da família que o adoptou. E não fez nunca nada para merecer isso. Nunca pedia desculpa. Fazia porcaria, era apanhado e, no episódio seguinte, fazia porcaria outra vez. Não havia qualquer justificação para não o expulsaram de casa, ou simplesmente entregá-lo ao governo. Não havia razão alguma para gostarem dele ou quererem-no na família. Numa situação real, a família tinha-o morto, facilmente, num momento de raiva. E não poderiam ser incriminados de nada. Era só fazê-lo desaparecer, já que ninguém sabia que ele existia sequer.

Kevin Can F**k Himself mostra essa parte mais real, ao mesmo tempo que mostra o riso em lata. E fê-lo de forma genial. A única coisa que tenho a apontar é que o final é apressado. Os criadores tinham o enredo todo idealizado, do princípio ao fim. Só que contariam com mais uma temporada, algo que o estúdio decidiu cancelar. Ou outra coisa aconteceu. Não sei ao certo. Felizmente conseguiram terminar a história que queriam contar, mas tiveram de apressar os últimos episódios. É especialmente notório no penúltimo, onde todos os enredos, de repente, resolveram-se quase na totalidade.

Mesmo assim. Gostei de ver.

Thursday, January 16, 2025

despachada: Star Wars: Skeleton Crew


Vivo num mundo de altos e baixos.

Apenas e só em relação ao MCU e, neste caso concreto, a Star Wars. No resto, a minha vida é muito básica. Anda a roçar o enfadonho, em boa verdade, de tão rotineira que é. Não. Refiro-me apenas a estes dois franchises.

O que acontece é que eles (estúdio, Disney, suits) anunciam coisas, e eu fico em pontas só para depois ser desiludido, ou torço o nariz e sou surpreendido. Aconteceu com Acolyte, do qual esperava muito e a série não chegou lá. Ou Andor, projecto que achei parvo, e afinal é o melhor Star Wars desde a trilogia original. O mesmo aconteceu com Skeleton Crew.

Achei uma ideia infantil. Achei que ia ser simples demais. Achei que ia irritar-me com o Jude Law. A última parte confirmou-se, mais ou menos. Acedo que estava errado. Crew foi divertido, do princípio ao fim. Teve um tom de aventura e expectativa que esperava ver noutros projectos. Manteve-me entretido e curioso sobre o que iria acontecer a seguir. Roçou a fantasia criada nos anos 80 e 90.

Como com o MCU, há projectos bons e outros maus. Parece que vão saindo alternadamente, fazendo-nos pensar em deixar de ver totalmente, ou ter vontade de rever tudo. Crew foi um dos projectos bons, no meu entender.

Será que... Esta coisa de ser sempre contrariado, será que sou eu? O problema é meu? Raio de altura para ter uma crise existencial, quando estava tudo a correr tão... moderadamente OK.

Wednesday, January 1, 2025

top dos filmes vistos em 2024

Estava a pensar no que incluir neste post e, mais que obter a lista de filmes (essa parte é super fácil, especialmente tendo em conta que vi pouquíssimos filmes, comparando com quase todos os outros anos deste blogue), tive dificuldade em lembrar-me de referências de 2024. Maior parte foi muito igual. Acordar, ir para o trabalho, voltar, apanhar a Madame M. na creche, fazer as rotinas da noite com ela, sentar no sofá e ver alguma coisa, dormir. Sempre o mesmo, com ligeiras variações (trabalhar desde casa teve ainda menos destaques). Ao fim-de-semana, ou eram tarefas domésticas ou visitar sogros o que ocupou o tempo. Genericamente foi isto. Mas também foi visitar dois países desconhecidos (um em família, outro com amigos tontos), ter visitas desses mesmos amigos e de família, ir a um zoo incrível, retomar algumas rotinas pré paternalidade e ter uma boa nova sobre um futuro pelintra cá em casa. Bem vistas as coisas, não foi um ano terrível.