Wednesday, January 1, 2025

top dos filmes vistos em 2024

Estava a pensar no que incluir neste post e, mais que obter a lista de filmes (essa parte é super fácil, especialmente tendo em conta que vi pouquíssimos filmes, comparando com quase todos os outros anos deste blogue), tive dificuldade em lembrar-me de referências de 2024. Maior parte foi muito igual. Acordar, ir para o trabalho, voltar, apanhar a Madame M. na creche, fazer as rotinas da noite com ela, sentar no sofá e ver alguma coisa, dormir. Sempre o mesmo, com ligeiras variações (trabalhar desde casa teve ainda menos destaques). Ao fim-de-semana, ou eram tarefas domésticas ou visitar sogros o que ocupou o tempo. Genericamente foi isto. Mas também foi visitar dois países desconhecidos (um em família, outro com amigos tontos), ter visitas desses mesmos amigos e de família, ir a um zoo incrível, retomar algumas rotinas pré paternalidade e ter uma boa nova sobre um futuro pelintra cá em casa. Bem vistas as coisas, não foi um ano terrível.

Tuesday, December 31, 2024

filme do mês: Dezembro '24

O melhor filme que vi este mês foi, sem qualquer dúvida, o Quiet Place: Day One. Bom pacing, um universo porreiro e aterrador, óptimas interpretações e um gato. Só que estamos em Dezembro. Convém respeitar a quadra em questão. Neste mês, o que interessa do catálogo do Elvis é o álbum dele de Natal. Não é o Jailhouse Rock ou o Hound Dog.

Logo, de entre os «filmes de Natal» que vimos, o destaque maior tem de ir para That Christmas. É fofinho, tem fantasia e questões familiares. Não há nada mais «filme de Natal» que isso. Menções honrosas, para quem gosta do género e/ou quão mau consegue ser: The Christmas CharadeRed One, Meet Me Next Christmas e Round and Round.

Friday, December 20, 2024

despachada: What We Do in the Shadows


Ora aqui está uma óptima série, criada por gente só com tontices na cabeça, que soube quando parar.

WWDitS foi delicioso, do princípio ao fim. Um conjunto de actores que soube trazer tudo aos personagens. A começar pela sua própria loucura. Gente nova que se descobriu. Um ou outro actor já conhecido. Sempre com ideias novas. Alguma continuidade, mas maioritariamente episódico.

Sei que é um conjunto de características algo disconexas e básicas, mas não há muito mais para contar. É um mockumentary sobre quatro vampiros e um humano com pretensões a ser vampiro, que vivem juntos. Parece ser uma série longa (ainda foram seis temporadas), mas com poucos episódios cada uma. E vê-se tão bem. Não quero revelar muito mais, embora não haja assim tanto para revelar. Só tenho elogios para esta série. A verdade é essa. Foi mesmo divertida, a começar e a acabar nos encontros dos vampiros de energia. Que coisa deliciosa. Que conceito maravilhoso.

Vão ver WWDitS. E, já agora, comecem com o filme que deu origem à série. Eu sei que eu hei-de ver a série outra vez. Provavelmente mais que uma vez.

Bat!

Friday, December 6, 2024

despachada: Party Down


Estava a tentar evitar meter esta na lista. Não há relatos oficiais de (novo) cancelamento, mas não há como achar que voltará, tendo em conta que já foi o que foi. Certo?

Party Down teve duas temporadas, entre 2009 e 2010. Vá-se lá saber como, chegou à segunda. Porque ninguém via esta coisa esquisita e muito «fora», com uma data de actores relativamente desconhecidos. Até que, como acontecia muito com estas coisas, tornou-se uma série de culto. E todo o talento muito jovem que a série tinha, eventualmente explodiu e andam quase todos a fazer coisas muito bem sucedidas. Esta combinação de factores justificaria um comeback? Os actores, por muito que tenham outros projectos, adoraram trabalhar nisto e querem voltar. É só uma questão de acertar agendas e vai ser um mega sucesso, certo?

Não, claro que não. Não é assim que a coisa funciona. Quando temos algo bom, não ligamos. Queremos ser a pessoa que o descobre depois e, assim, tem o direito de chamar idiotas aos executivos que não tiveram como não cancelar a série. E protestamos. E mandamos vir com toda a gente. E fazemos abaixo-assinados para trazer a série de volta. E clicamos em todos os links em que um jornalista pergunta aos actores pela série. E perguntamos aos actores quando a série vai voltar. Eu não faço nada disto, mas nerds como eu sim.

Na eventualidade rara da série voltar, ninguém vê. E os que vêem dizem que dantes é que era bom. Que «eles voltaram só para estragar e se era para isto não valia a pena».

Pois. O mundo é esquisito. E as pessoas são assim a modos que parvas. Nada a fazer.

despachada: This Way Up


Que limpeza hoje. Tanta boa série que não vou continuar a ver.

Esta não é grande surpresa. Já há algum tempo que se sabe, mas acho que propositadamente ignorei-o. De qualquer modo, dada a popularidade de Aisling Bea, é normal que este «pequeno» ou «menor» projecto tenha caído. E a «irmã» Sharon Horgan também tem «melhores» (entenda-se «mais bem pagos») projectos a decorrer. Curiosamente, o mais popular que Horgan tem, neste momento, é um em que é novamente irmã de irlandesas tontas.

This Way Up é um óptimo cartão de visita do talento de Bea. Achamos-lhe piada. Criamos ligação. Ela é gira, simpática e inteligente. Queremos beber um copo com ela. Queremos ouvi-la a contar histórias. Queremos rir com ela.

Terei de contentar-me em vê-la noutras coisas.

despachada: Stath Lets Flats


Este gajo criou um projecto pessoal. Foi daqueles que foi bem sucedido. Porque projectos pessoais há para aí muitos. Dos que ganham prémios, menos.

Aproveitou-se do humor negro britânico, aliado ao facto de que as séries neste país são menores e quase nunca têm a obrigação de sair uma temporada por ano. E aproveitou-se ainda do facto de ter uma irmã muito talentosa, que o ajudou a brincar com a sua cultura, por certo trazendo uma data de histórias cómicas da família para dentro da série. E sim, a irmã dele na vida real faz de irmã dele na série. Uau!

Tudo isto fez rir os britânicos e deu prémios ao criador. Merecidos. A série tem piada. Não estava muito convencido (principalmente porque o personagem dele é super irritante), mas há uma cena, lá para o final duma das temporadas, em que ele fecha-se num quarto duma casa que mostrava a alguém, e lança uma fala no meio da confusão que fez-me rir alto e a bom som.

Eu rir-me desta forma não é assim tão comum, apesar de ver muita coisa com piada. Quer dizer algo.

despachada: Star Wars: Tales of the Jedi


Afinal isto teve uma segunda temporada, que foi o Tales of the Empire?

Eu não saber que uma qualquer série foi cancelada, tenho pena que aconteça, mas não é o fim do mundo. A minha vida deu voltas, que escolhi, que não permitem que esteja tão a par como dantes. Tudo bem. Não sofro por causa disso. Agora, eu não saber que uma série de Star Wars afinal não é uma série, ou é uma série mas a «segunda temporada» tem outro nome, e a ideia é irem contando histórias sob um chapéu que só os fãs conhecem, mas que tem sempre nomes diferentes para não alienar o espectador casual, permitindo ainda poder lançar novos episódios apenas e só quando há episódios de qualidade para lançar, epara que assim os criadores tenham mais liberdade e, acima de tudo, não tenham os productores ou os fãs a pressionar, eu não saber isto custa-me.

Faz pouco sentido estar a acrescentar mais a este post. Até porque disse tudo no de Tales of the Empire. Eles vão lançar mini-séries destas com apontamentos soltos dentro do universo, a dar profundidade a personagens vários. Acho óptimo. O nerd em mim preferia uma só série, um só nome, com várias temporadas. Mas não tem mal. Eu percebo. Venha mais do que raio queiram lançar. Estes episódios são giros. 'Bora!

despachada: Russian Doll


Não é 100% certo, mas...

Convenhamos que Russian Doll nunca deveria ter tido uma segunda temporada. OK, sim, tem mérito por si só. Mas não. Não, não, não! Decidem criam uma versão série da famigerada história time loop. Fixe. Ainda bem. Gostei de saber, antes de ver a série. E gostei de ver a primeira temporada. Uma temporada inteira dum time loop dá para desenvolver muito mais a coisa e fugir aos chavões. Só que a personagem principal resolve o time loop no final da primeira temporada. Para quê uma segunda?!

Consta que a porta não estará completamente fechada. A série teve sucesso. Acredito que a Netflix queira estar próxima dos criadores. Logo, se estes se lembrarem de continuar, se conseguirem arranjar um bom gancho para continuar, depois da mamadice que foi a segunda temporada, talvez... Quem sabe? Daqui a dez anos podemos voltar a este mundo. É possível. Pouco provável, mas sempre possível.

A primeira temporada é muito boa. Ela está óptima. A música ficará para sempre na nossa cabeça, pelo menos. Não ser só uma mini-série, desde o início, foi muito parvo.

despachada: That '90s Show


Não tinha como sobreviver, pois não? Pena.

A série que dá origem a esta viveu, e viveu bem, numa altura muito específica. Hoje em dia já não há espaço para séries fofinhas deste género, que precisam de tempo para crescer. That '90s Show estava fadado ao insucesso. Mais que não seja porque está na Netflix, sítio que produz tudo e mais alguma coisa, mas tem zero respeito por projectos. Uma série ou está constantemente a trazer subscritores novos, ou então é cancelada.

Não era brilhante. Longe disso. Tinha algum potencial de personagens. Não o mesmo que vimos antes, talvez. Mas algum.

Fiquei triste, agora. Estava a gostar de voltar a ver a Kitty e o Red.

despachada: Human Resources


Distraí-me. Ou vi algures que tinha sido cancelada e esqueci-me. Ou estou mais «fora da cena» do que penso. Muito provavelmente será a segunda. Se bem que a minha memória é uma trampa. A verdade é que estava convencido que ia continuar.

Human Resources é um spin-off de Big Mouth, que é uma óptima série de animação, bem sucedida, da Netflix. Essa sim, sei que levou com o «tratamento decente». A Netflix renovou por uma última temporada, dando tempo aos criadores para arrematarem bem a coisa. Human Resources não terá atingido o mesmo nível de popularidade e não mereceu esse tratamento. A ser isto que aconteceu, percebo porquê.

É fácil identificarmo-nos com Big Mouth, porque todos passámos por aqueles, ou quaisquer outros traumas de infância. Não tenho propriamente memória de falar com um monstro do sexo, mas é uma interpretação inteligente do que vai na cabeça duma criança recém hormonal. Já Human Resources é uma série engraçada, da mesma gente talentosa, com histórias giras. Apenas e só. Porque enquanto Mouth tem 70% baseado na realidade e 30% fantasia, Resources é o inverso. Ou seja, uma pessoa não se identifica tanto. E, se é para ver uma comédia de escritório, há outras melhores por aí.

Que não seja mal interpretado. Human Resources é um complemento fixe a Big Mouth. Só não consegue viver por si só. E, como tal, não conseguiu ser tão impactante como a série de origem.

Será que há mais séries canceladas que eu não sei?

Saturday, November 30, 2024

filme do mês: Novembro '24

A vantagem de ver poucos filmes é que estes posts ficam mais fáceis.

Quatro filmes. Dois deles conto esquecer facilmente. My Old Ass tem uma premissa que me é querida, para além de ser no Verão, com lagos e afins. Talvez não sendo o melhor filme, prefiro destacar The 4:30 Movie, mesmo assim. Sou tendencioso. Temos pena.

Thursday, October 31, 2024

filme do mês: Outubro '24

Gosto mesmo muito de Beetlejuice. Foi um dos meus filmes de infância. Mas Wild Robot será dos melhores filmes do ano. Convém destacar.

Fica ainda uma palavra de apreço por And Mrs, pelo talento e, acima de tudo, pelo que tenta ser. Não era fácil lá chegar. Louvo o esforço.

Wednesday, October 30, 2024

despachada: Agatha All Along


Isto ele há coisas com piada.

Toda a gente a achar que a Marvel não só está morta, como já dá para enterrar. O estúdio produz mamarracho atrás de mamarracho caro, que até poderá fazer dinheiro (claro que faz dinheiro!), mas não traz louros. Toda a gente a dizer «superhero fatigue», como se fosse a coisa mais popular do mundo. E nisto há uns tipos que pegam numa personagem secundário doutra série de sucesso, e fazem um projecto com cabeça, tronco e membros, contam uma história decente, e voltam a dar esperança a toda a gente. Só serve para provar que não interessa ter os maiores personages ou as maiores histórias. Se não houver talento e dedicação, não vale a pena.

Agatha All Along continua o que de bom foi feito em WandaVision. Traz mais uns detalhes deliciosos e tempo de antena para Hahn. Ainda bem. E dá-nos um desenrolar de história óptimo, ao que se junta um genial final.

Os meus parabéns. Este é dos projectos que fica no topo da lista. Dá para fazer mais/apenas destes?

Friday, October 11, 2024

despachada: My Lady Jane


A minha senhora viu um trecho desta série num qualquer reel. Foi a cena em que a Jane o vê a transformar-se num cavalho, pela primeira vez. Achou hilariante e imaginou a série duma forma ridícula. Provou-se o contrário.

Aderimos à Prime por mais um mês, só para ver a primeira e única temporada. Eu não fazia questão. Ela achava que seria a série do ano, apesar de ter sido cancelada. Os papéis inverteram-se. Eu gostei. A minha senhora ficou desiludida porque não era a parvoíce que esperava.

A série tem qualidade. Está bem concebida e bem feita. Foi pena o cancelamento. Tinha potencial para ser algo de referência.

Monday, September 30, 2024

filme do mês: Setembro '24

Isto não é difícil. Foram quatro filmes vistos. Quatro!

Inside Out continua a ser muito bom, mas convém destacar coisas novas. Quando as há decentes. Das três coisas novas que vi, apenas gostei duma. Logo, como não destacar Haunting in Venice como filme do mês?

Sunday, September 22, 2024

despachada: X-Men: The Animated Series


Foi uma grande série dos anos 90. Não queria rever, para não estragar a boa imagem que tinha. Quis rever porque ia sair uma nova série na Disney+. Uma continuação da dos anos 90. E eu queria ver a nova série, porque toda a gente andava a dizer maravilhas.

Não estragou nada rever, felizmente. Eu sabia que não tinha visto todos os episódios. (Jasuz, que aquela última temporada é qualquer coisa...) E sabia também que as séries dos anos 90, em especial de animação, tinham muitas limitações. Muitas mesmo. Logo, todo o meu ser estava preparado para ver episódios que marcaram a minha juventude, desta feita na língua original e não num Português que não sabe dizer Jean como deve de ser. Quem viu a série então sabe do que estou a falar.

Foi um projecto desenvolvido por gente que tinha respeito e admiração pelo material de origem, numa altura em que história de super-heróis não tinham o impacto que têm agora. É gente que merece toda a idolatração que terão recebido, ao longo deste anos.

Thursday, September 12, 2024

despachada: Eric


Vou dizer uma coisa polémica. Chocará muita gente. Tenho de ser honesto, por muito que custe-me também. Porque gosto do rapaz. Sou fã. Digo sem medos que considero-o um excelente actor. Mas Cumberbatch não foi a melhor escolha para puppeteer. Acima de tudo pela questão das vozes. Não é com ele. Apenas não fiquei convencido com a sua voz de monstro. Sim, eu sei. Eric e ele são a mesma personagem. Percebi essa parte, obrigado. Logo, seria de presumir que terão vozes semelhantes, claro. Só estou a dizer que teria ajudado se não fossem assim tão semelhantes. Apenas isso.

O homem faz outro papelão. É óptimo. E claro que será sempre escolha principal de toda a gente, se possível. O elenco à volta não fica atrás (até o tuga). Muito menos a série, que agarra bem desde o início. E, embora se perca do principal a certa altura, a bem de ter mais alguns episódios (erro crasso), mantém-nos sempre agarrados. Desde o início que quis ansiosamente ver o final.

Thursday, September 5, 2024

despachada: Barry


Foi uma série de altos e baixos. Para mim. A nível pessoal. Não me refiro à narrativa. Se há coisa que se pode dizer de Barry é que manteve-se sempre bastante coerente, na verdade.

Comecei a ver pelos motivos errados: porque a minha senhora é fã de SNL e isto esteve na berra no início. Odiei a premissa e não gosto de gostar deste tipo de histórias. Falamos dum assassino profissional que mete-se em encrencas porque quer ser actor. Sim, Hollywood é ridículo, mas este gajo, por quem estamos a torcer, mata gente por dinheiro! Nunca consegui esquecer essa parte. Acabei a ver sozinho a última temporada. A minha senhora desistiu. E demorei um ano ou mais a fazê-lo.

Absurdo, bem sei. Por outro lado...

Quando achamos que não há mais a contar, que está tudo despachado, que o personagem está lixado, os criadores conseguiram sempre encontrar algo para contar. Nisso tenho de admitir. A série é original e vai para onde quer ir. A última temporada é o ponto alto. Depois do final da terceira temporada achei que não havia mais nada que pudesse acontecer. Afinal houve. Também há a questão de que muito me queixo que não há «projectos». Que começam bem com uma ideia. Mas, se a série tiver sucesso, esticam a coisa até não haver mais para contar. Com Barry senti que contaram o que tinham para contar e não quiseram acrescentar um ponto a mais que fosse. Convém louvar estas coisas. Por fim, há um episódio que é magistral.

Na segunda temporada, no meio da minha irritação por estar a ser obrigado a acompanhar a série, há um episódio que é daquelas coisas de sonho. Leva-nos por caminhos completamente surreais. Tem voltas impossíveis de prever. E fez-me rir. Muito. Sem controlo. Rir de alegria, humor e não só. De excitação de estar a ver algo completamente único.

Há ainda NoHo Hank, que é um personagem genial. Podia fazer um post só a falar dele. Fiquemos por aqui. Alguns baixos. Alguns altos. Era a isto que me referia.

Saturday, August 31, 2024

filme do mês: Agosto '24

Já ia entrar na lenga lenga do costume. Não. Vou pelo positivo.

Vi óptimos filmes este mês. O que gostei menos foi a sequela «Planet of the Apes». O que surpreende, porque teria tudo para ser um filme do mês. O ponto máximo cinematográfico foi ir ver Deadpool & Wolverine ao cinema. Óbvio. Mas como estes filmes não são considerados para a distinção, acaba por ser The Union o filme do mês.

Porque foi uma maravilhosa surpresa para mim. Foi tão tão, que foi óptimo.

Independentemente disso, recomendo qualquer um dos outros (Wicked Little Letters, Holdovers ou Incoming). Por razões diferentes, claro.

Sunday, August 25, 2024

despachada: Medical Police


Estava a correr a lista da Netflix. Decidi que era altura de desistir duma possível segunda temporada. Não que acredite mesmo que é impossível. Com esta malta nunca se sabe. É mais porque não quero saber.

Medical Police foi o último projecto duma grupeta que gostava de fazer estas coisas. Paródias de géneros clássicos. Séries médicas, policiais, etc. Todos eles seguiram em frente com a sua carreira. A malta deste Medical Police talvez não tenha conseguido atingir o mesmo patamar que os outros, ou então simplesmente quiseram voltar onde eram felizes. Não foram muito bem sucedidos, a verdade é essa.

Medical Police é a mais fraca de todas as iterações. Nota-se ao ver. E torna-se especialmente óbvio quando nem se dignam a cancelar a série. Simplesmente ignoraram que alguma vez existiu.

despachada: Archer


Isto vai parecer muito estranho, mas o genérico inicial de Archer provocava-me ansiedade.

Há contexto. Houve uma altura em que embacei muito Archer. Acho que comecei a ver já com três ou mais temporadas existentes. Ou até foi porque decidi rever tudo, a certa altura. O certo é que fiz um binge. Porque Archer é muito bom, atenção. Em especial o início. É a junção dum conjunto muito especial de gente talentosa, que fez uma série inteligente e muito, mas muito engraçada. Só que era demasiado. Na altura ainda não tinha bem presente o errado que é embaçar séries. Então sofri um pouco. Lembro-me perfeitamente de estar no sofá - sentado ou, mais provável, deitado numa qualquer posição que lixava-me as costas - e ria-me durante um episódio, só para sentir as paredes da sala apertarem, enquanto a música tocava. Não consigo explicar porquê. Não acontece tanto agora. Não aconteceu ao ver esta última temporada, mas também não a vi toda de enfiada. Nem vida tenho para isso, hoje em dia. Naquela altura aconteceu.

Sobre a série em si, é de facto genial em vários momentos. Esticaram a corda. Fizeram várias temporadas a mais. Tentaram tornar a coisa interessante, para o final, com temporadas de «universos paralelos», sendo que tudo se passava na cabeça do comatoso Archer. Mas foi demasiado. Uma ideia gira, mas não fez sentido no plano global. E, por isso, não ficará para a História. Como deveria, aliás. Não vai constar de muitas listas de melhores séries de animação. Até que acabaram bem, com uma última temporada divertida. Mas era tarde demais. Quatorze temporadas foi um exagero absurdo. Com meia dúzia teriam uma série que ficaria nos anais.

Tuesday, August 20, 2024

despachada: Beef


Que mamadice foi aquela dos episódios finais?!

Beef teve muito do que acho piada. Para além da boa dupla de actores principais, gosto de gente com talento para mandar vir com outros. E a premissa de duas pessoas chateadas com a vida, às tantas decidirem armar briga por alguma coisa parva, e levarem a coisa ao extremo, para mim é óptima. Porque penso sempre muito nisso. Em mandar vir com gente que faz parvoíces. Felizmente não o faço. Nem acho que deva ser feito, atenção. Mas a minha cabeça começa logo a fazer filmes sempre que alguém tenta entrar numa carruagem de metro antes de deixar as pessoas saírem. Sempre.

A partir de certa altura a série descambou e ultrapassou largamente a premissa. Eram duas pessoas a lidar com os seus demónios e a fazer muita coisa mal, precisamente porque não souberam lidar com eles antes. Com isso, perdem praticamente tudo e acabam a fazer terapia juntos no deserto, como se impõe.

Beef teve isso. Soube ir mais além do previsível. Soube dar mais sumo a uma série que não parecia ser mais do que gente parva a ser igual a si mesma. Teve desenlaces óptimos e justificou os louros que recebeu. Já os rumores de que há planos para uma segunda temporada, supostamente com outras personagens, tira-me algo do sério. Posso estar enganado, mas pareceu-me que funcionou muito bem como história fechada. Não sei se vão continuar ou não. Só espero é que não estraguem.

Wednesday, August 14, 2024

despachada: One Day


Ver isto e perceber que alguém tentou condensar toda esta história num filme... É bastante parvo. Claro que recordo-me pouco da versão longa metragem. Não houve mesmo nada que tenha ficado na memória. Aliás, até há bem pouco tempo (até ver a série, entenda-se), acho que confundia este filme com um outro, do género.

O engraçado é que creio ter ficado com a mesma impressão, ao ver o filme, com que fiquei ao ver a série. É uma relação particularmente tóxica, em que o rapaz só dá valor à rapariga depois de atingir o fundo. A miúda é impecável, divertida e inteligente. Maior parte do tempo. Mais para a frente tudo fica algo diluído, o que até é um bom sinal de realidade nesta ficção. Já ele é sempre um palerma. Apenas e só um palerma. É bonito, sem dúvida. Ser rico e pagar cenas ajuda. Mas, espremendo, dá para tirar mais sumo dum calhau.

A verdade é que as miúdas adoram a história. Eu gosto do gancho. Apenas vemos o dia 15 de Julho. Anos e anos de 15s de Julho. Não vemos qualquer outro dia. Há até alguns em que não interagem. Gosto muito de ver a evolução da narrativa e dos personagens com este constante salto temporal. Mas ele é um palerma e não é justo gostar dele ou torcer para que fiquem juntos.

É uma opinião controversa, bem sei.

Tuesday, August 13, 2024

despachada: The Umbrella Academy


Umbrella Academy apanhou-me de surpresa. Não tendo a gostar de histórias da DC assim tanto. E convenhamos que é uma bastardização dos X-Men. Misturado com um par doutras coisas. Mas dois personagens agarraram-me sobremaneira: Klaus e Five.

Acho-os magistralmente concebidos e superiormente interpretados. (Sim sim, hoje é dia de advérbios de modo.) Os actores não terão grande futuro, por certo. Talvez façam mais uma ou outra coisa digna de registo, mas nunca a este nível. É sempre assim. Já o resto... Há um ou outro bem em certos momentos. Outros são castings ao lado. Alguns bem que se esforçaram, mas não conseguiram chegar lá.

Gostei de ver boa parte da série. Foi levada ao extremo. Exemplo disso é a última temporada. Um desastre autêntico, que nunca deveria ter sido feito. Estou certo que houve imensas limitações. Que, tendo em conta o contexto do momento, terá sido o possível. Mesmo assim. Doeram-me os olhos quando vi. Tudo o resto é divertido, atenção. Em especial as primeiras temporadas. Programação TV de alto nível.

Wednesday, July 31, 2024

filme do mês: Julho '24

Comecei e acabei o mês com Reynolds. Voltei a ver os dois Deadpools. Cheguei aos dois dígitos. Vi muita coisa recente a até mesmo na berra. Foi um mês terrível em termos de qualdade. Não tenho vontade de destacar grande coisas. Destaco o IF, mas mais porque sou fã de ambos os cavalheiros, não porque seja um filme extraordinário. E como filme do mês, mas demasiado porque a média está por baixo, vai Bitc... Babes. Tem mérito, atenção. O filme é fixe. Apenas não teria este tipo de distinção num mês mais de nível. Só isso.

Friday, July 19, 2024

despachada: Star Wars: The Acolyte


Antes de mais, dois disclaimers. Primeiro, não sei se haverá segunda temporada. A coisa foi pensada como mini-série. Entretanto teve sucesso relativo na Disney+, mas também foi caro que dói. Logo, neste momento creio que ninguém sabe. Tenho esperança que a história continue num qualquer projecto com outro nome. Segundo, as últimas séries «despachadas» foi tudo Star Wars, mas eu prometo que ando a ver mais coisas. Não muitas. Pelo meio até revi a primeira temporada de Andor, é verdade. Mesmo assim. Star Wars não é a única coisa que vejo.

Posto isto, os primeiros episódios vi logo. Os últimos demorou mais tempo. Também quer dizer alguma coisa. Não sou hater. Não acho que tenha sido tão mau como pintam. Não tenho qualquer problema com as mulheres que o fizeram, nem com as mulheres que participaram. Tenho embirrações com a série porque sou um nerd deste universo e, como tal, haverá sempre alguma coisa com que embirrar. Até porque sou eu. Em boa verdade, o meu maior problema com a série até é o género. Sim, sim. É fantasia e ficção científica, como tudo o resto. Também é murder mystery E desse género não sou o maior fã. Foi o que fez-me mais confusão.

No resto, havia uma história a contar. Enquanto assim for, estarei sempre no lado do apoio. Não interessa se a história não é para mim. Pode ser para miúdos mais novos, para determinada etnia, para mulheres ou para os animais de estimação verem, quando estão em casa sozinhos. Tenho zero problemas com isso. Não tenho pretensões em ser o centro do Universo. Claro que gostaria de ter visto a história de como o Vader obteve o seu kyber crystal e como o fez «sangrar», mas fiquei à mesma muito entusiasmado por poder finalmente ver isso acontecer em live action.

Como fiquei contente com aquela batalha ali a meio. Ou a batalha final. Gostei da maneira como voltaram ao passado mais que uma vez, mostrando diferentes perspectivas. Gostei de ver os Jedi de então e os detalhes de como evoluirão para os Jedi que conheci mais tarde. Gostei de ver um Wookie Jedi. Gostei de todas as semanas ter um episódio de Star Wars para ver. Continuo a dizer: não quero ouvir falar de exposição excessiva a Star Wars. Quem me dera passar o resto da vida a ter sempre um episódio de algo Star Wars para ver a cada semana. Agora, que achei parvo as irmãs separadas enquanto novas terem o mesmo penteado, anos depois, sim, achei muito parvo. Mas depois... PEW! PEW! VuuuuUUM... VuuUUUUUUM!

Tu sabes do que estou a falar.

Sunday, June 30, 2024

filme do mês: Junho '24

Largando a premissa de só ver filmes «grandes», muita coisa começa a «passar na rede». Não que tenha visto «muita» coisa.

O «melhor» filme seria sempre Oppenheimer. E é um bom filme, sem dúvida. Só não é o «meu tipo» de filmes. Maybe It's You é mais a minha praia. E a verdade é que surpreendeu, face ao género a que pertence. Mas o «filme do mês» é The Fall Guy. Porque tem acção, humor e é super entretido. Não vi muita química entre o casal protagonista, mas não precisei dessa parte para desfrutar do filme.

E também «desfrutei» de fazer um post cheio de «aspas», para o caso de haver dúvidas.

Friday, May 31, 2024

filme do mês: Maio '24

Só vi seis filmes porque o mês foi óptimo. Foi pelos melhores motivos. Para além de ter tido óptimas visitas a acompanhar o principiozinho do mês (que costuma ser algo dramático, convenhamos), depois disso fui passear a um país que não conhecia. Durante bastante tempo! Foi cansativo e stressante em vários momentos, mas muito menos do que esperava. E foi muito bom poder mostrar e dar a provar coisas novas à Madame M. É surreal, mas só agora passei verdadeiramente tempo com ela. Férias são muito diferentes agora, mas têm essa camada especial nova.

Voltando aos filmes, que é o que nos traz aqui. Vi dois dos meus filmes preferidos de sempre (The Golden Child e About Time). Qualquer um deles poderia ser «filme do mês». Facilmente. Imagino até que um deles já o tenha sido, pelo menos uma vez. Mas decidi dar o destaque a uma «novidade», que muito entretenimento proporcionou: The Ministry of Ungentlemanly Warfare.

Sunday, May 26, 2024

despachada: Star Wars: Tales of the Empire


Foi-me vendido como uma mini-série, por isso não espero segunda temporada. O que é estranho, porque isto tinha tudo para ser como o Tales of the Jedi e contar pequenas histórias do passado de personagens que conhecemos doutras paragens. Em Jedi sabemos um pouco mais de como foram os primeiros tempos de personagens como Ahsoka ou Dooku. Neste TotE sabemos mais de Bariss Offee e Morgana Elsbeth.

Agora que penso no assunto... Porque é que não está tudo debaixo do mesmo chapéu? Porque não está tudo num única série? Tales of the Star Wars Characters. Ou simplesmente Star War Tales. Parvoíce. Porque estamos a meter o Dooku no saco dos Jedi? Porque estamos a meter a Bariss no saco dos Sith? Eu sei porquê. Basta ver a mini-série para saber porquê. Mesmo assim. Acho parvo.

Não tira valor a estes projectos. Acho óptimo saber mais dos personagens. Saber o que andaram a fazer, antes de meterem-se na grande novela que é Star Wars. Sou grande fã destas coisas que preenchem espaços, que alimentam o universo, sem entrarem bem na história principal. E não, não quero saber de «saturação de Star Wars». Acho essa conversa particularmente parva. Era gajo para ver coisas de Star Wars todas as semanas. Só não digo todos os dias, porque hoje em dia é difícil. Já não consigo comprometer-me a esse nível. Mas se fosse há uns anos... Sem dúvida! Venham elas.

Estamos a falar duma galáxia. Não é um bairro. É uma galáxia inteira cheia de planetas e espécies diferentes. Estamos a falar dum período temporal de centenas de anos. Não dá para contar histórias de todas as formas e feitios? Não é preciso tudo ser sobre os Skywalker. Longe disso. Dêem-me coisas sobre jedis, sith, mercenários, militares, construtores civis, rebeldes, ornoringolaringologistas, traficantes, mafiosos, guardas de trânsito. Dêem-me tuuuuuuudo sobre este raio de universo, que está muito, muito longe e onde tudo aconteceu há muito tempo.

Siga!

Wednesday, May 15, 2024

despachada: Star Wars: The Bad Batch


Confesso que comecei a ver Bad Batch tarde. E com algum «abandono». Desligado, mesmo. Não sou o maior fã dos clones, a verdade é essa. É fixe que alguns deles tenham ganho protagonismo em The Clone Wars e afins. Só que... Epá, são clones! Em live action são interpretados por um mau actor. Em animação o tipo das vozes faz um trabalho notável em tentar diferenciá-los. Sempre os torna menos «redondos». Mas... São clones! São todos iguais!

Os Bad Batch não são bem assim. Estes clones são diferentes dos restantes a até bem diferentes entre eles. O que só enaltece, ainda mais, o trabalho feito pelo tipo que dá voz a toooooodos os clones, incluindo estes. E sim, não há como não gostar do Wrecker ou de ver o Tech incomodado com os avanços duma moça. Mas a Omega é super irritante. Tudo nela. O porquê da sua importância. A voz. A maneira como faz... tudo. Tenho muitas dificuldades em ter ligação a esta personagem. E o pior é fizeram dela especialmente importante, até certo ponto.

Não vou entrar nos detalhes, para não spoilar. Tentaram usar esta série e a Omega, em particular, para justificar decisões «criativas» do Episódio IX. Funcionou? Não sei. Ajudou, sem dúvida. Deu-lhe mais envolvência. Ver mais peças da máquina a mexer ajuda a não achar que a máquina foi mal construída. Há outras séries a trabalhar neste mesmo enredo. Mandelorian à cabeça. Louvo-lhes o esforço. Não será fácil, mas espero que consigam fazer a última trilogia um pouco mais aceitável.

Sobre Batch, não desgostei de ver a série. Não vamos tão longe. Só não está no meu top 3, ou mesmo 5, de séries Star Wars.