Não é uma decisão difícil, este mês. Dois filmes. Um é péssimo. O outro é bonito, mesmo que não seja muito cativante. Logo, a escolha é o Here.
Sobre a vida, nada a registar. Somos quatro. Um número fixe, de que sempre gostei, mas é muito cansativo. Está tudo óptimo, mas estou de rastos.
Wednesday, April 30, 2025
Monday, March 31, 2025
filme do mês: Março '25
O que é que recomendo, dentro dos quatro filmes que vi? Epá... O Wolfs? Sei lá! São os dois uns castiços. Faço-lhes o gesto. Mas não. Se alguém me pedisse uma recomendação de algo para ver (ideia parva, bem sei), nunca na vida recomendaria qualquer um destes filmes, a verdade é essa.
Thursday, March 27, 2025
despachada: Star Trek: Lower Decks
Um ano depois descubro que foi cancelada. Ainda há pouco tempo vi a quinta temporada. Que tristeza.
Talvez o sucesso do Quaid tenha levado a uma difícil renovação. Mas o mais provável é não ter tido audiências suficientes. O que é normal. Tudo é caro. Para se pagar é preciso muita gente a ver. O que não acontece com tanta facilidade, hoje em dia. Porque há demasiado para ver. O público está super disperso. E, convenhamos, é uma série de animação dentro do universo Star Trek, não tem grande ligação às demais séries actuais, e é uma paródia da coisa. Pareceu-me sério, atenção. Ou seja, fiel ao que é o universo e as suas regras, mas simplesmente feito com um tom muito mais humorista.
Não conheço fãs de Star Trek. Gostaria de perguntar-lhes se gostaram de Lower Decks. Acho que qualquer pessoa, com um mínimo de sentido de humor, tenha gostado. Eu gostei. Super divertido. Mas eu não sou ninguém. Verdade.
Tuesday, March 11, 2025
despachada: The Penguin
Olha, Sony! Estás a ver, Sony? É possível fazer histórias com vilões a serem vilões. Não é preciso fazer deles heróis, ou ter de salvar um gato da árvore, para nós, espectadores, gostarmos de ver a história. Basta serem humanos. Basta terem defeitos e ligações. Serem falíveis e terem fraquezas. Basta contar-se uma história como deve ser. E os vilões têm muitas. Têm quase tantas histórias como os heróis.
Eu não sou fã de Batman. Não gostei especialmente do último. Não gosto do Penguin enquanto personagem. Estou habituado a uma criatura ridícula, de quem é difícil ter medo. É complicado alguém ficar impressionado com um pinguim. No entanto, este Penguin do Colin Farrell, isto é outra conversa. Isto já é qualquer coisa. Metes-lhe uma Milioti muito impressionante e, de repente, uma série que achei que não ia ver, captou toda a minha atenção.
Estás a tomar notas, Sony? Já vai tarde, bem sei, mas talvez seja útil para um próximo franchise que te lembres de fazer.
Friday, February 28, 2025
filme do mês: Fevereiro '25
Friday, February 21, 2025
despachada: Dopesick
Mais uma mini-série baseada em factos verídicos, mas à qual têm de chamar ficção, para não serem processados até à quinta casa.
Uma empresa farmacêutica, pertença duma família rica, faz tudo ao seu alcance para fazer dinheiro com uma droga extremamente viciante. Subornos, estudos aldrabados, extorsão, marketing muito «específico», e um rol de mentiras que acredita quem precisa desesperadamente e quem é ganancioso. Uma péssima amostra de gente, por sinal.
Parece real, certo? Pois.
Friday, February 7, 2025
despachada: Black Bird
Pesado. É uma série intensa, que aborda um assunto pesadíssimo. Claro que é tudo romantizado.
Dando contexto: um tipo porreiro e cheio de lábia, preso por tráfico de drogas, tem uma hipótese de melhorar a sua situação. É-lhe pedido que vá para uma prisão bem pior, tornar-se amigo de alguém suspeito de ter violado e morto umas quantas adolescentes, e levá-lo a confessar. E o pior é que isto é baseado numa história verdadeira.
Digo que é romantizado porque o tipo principal é pintado como um gajo porreiro e cheio de escrúpulos, mas convenhamos que ele ganhava dinheiro a fazer heroína chegar as ruas. Vamos lá ter calma com os endeusamentos.
Vê-se bem. Óptimas representações. Mas ainda tenho alguns arrepios.
Friday, January 31, 2025
filme do mês: Janeiro '25
Não. Não vou aqui destacar nada. Vi dois filmes. Um de Natal, que não é nada de especial. E outro que é só mau, que nunca deveria ter visto.
Vem aí um ano novo, com muita coisa prevista. Continuam a haver demasiadas sequelas e remakes, mas esperemos que haja alguma originalidade pelo caminho. Não sei se terei oportunidade de ver muita coisa. O ano antevê-se ainda mais limitado de tempo para ver filmes que os anteriores, mas espero que surjam coisas novas para animar a malta. Espero mesmo que sim, a bem de todos.
Tuesday, January 28, 2025
despachada: What If...?
Sempre gostei de ler as pequenas histórias de What If em formato BD. Não ia tão longe como comprar e ler toda a série de livros de enfiada. Mas gostava quando metiam uma história completamente «fora» no final dum livro qualquer. Isto acontecia muito nas edições brasileiras, que compilavam mais que um comic americano. Gostava de ver como, bastando uma ligeira diferença, uma pequena alteração do desenrolar de acontecimentos que era conhecidos, como isso podia dar um mundo completamente alterado. Algumas ideias eram só parvas, mas muitas eram interessantes. E isso depois levou aos universos paralelos, e a histórias excelentes como Age of Apocalypse ou House of M. Também levou à tentativa falhada da Marvel Studios com a multiverse saga, mas não entremos por aí.
A série What If...? foi fiel a esta origem. Pegou no que foi construído no MCU e desconstruiu-o. Deu-nos versões que tínhamos curiosidade em ver. Deu mais tempo de cena à Hayley Atwell, algo que apoiarei sempre a 100%. E deu-nos uma boa história na primeira temporada. A segunda foi fixe e acrescentou personagens porreiros, embora não tivesse um grande fio condutor. Na terceira esticaram a corda. Talvez não devesse ter existido, fazendo sentido que, no final, a série tenha sido cancelada.
Mesmo assim, é bom visionamento para os fãs absolutos. Acho que é das coisas boas para ver, para os que querem ver tudo MCU. Para quem só quer ver o principal, não perdem nada em saltar. Tirando perderem uma boa história global na primeira temporada, lá está.
Monday, January 20, 2025
despachada: Kevin Can F**k Himself
O projecto é original. O conceito é óptimo. E foi tão bem concretizado. Faz-me acreditar na Humanidade. Faz calar o macaquinho que tenho na cabeça, que diz que tudo já foi feito e não há nada original. E depois sei da origem da história. É baseado na vida real, mais ou menos. O macaquinho riu-se. Não deixei de gostar da série.
Não sei os detalhes todos. Não vou entrar muito na parte real. Consta que houve uma série, daquelas básicas de riso de lata, cheia de clichês e coisas básicas. Pai de família, working man, que só quer divertir-se com os amigos, e que tem uma esposa chata, yadda yadda. Já não há paciência para este formato. É pena que continue. Agora, nos bastidores parece que a actriz que faz de esposa não achava piada ao desenvolvimento do seu personagem «chapa 5». Ou não se dava com o elenco maioritariamente masculino, e houve arrufos. A estrela da série ganhou a batalha. A actriz foi despedida, ou não lhe renovaram o contrato, e a personagem simplesmente deixou de aparecer, duma temporada para a outra. Sem justificação sequer na série.
É o clássico exemplo de Hollywood. Tudo bonito em frente às câmaras. Tudo muito podre atrás delas.
Essa é a parte fixe de Kevin Can F**k Himself. Tem esses dois lados. Uma parte da série é colorida e filmada como uma sitcom parva, com riso em lata e afins. Mas sempre que a esposa afasta-se do idiota do marido, tudo fica escuro, real, sem risos e situações ridículas. As transições eram deliciosas. Ele, um completo idiota, mas com toda a gente à volta dele a compactuar com as ideias parvas. Mas quando saía de cena, ou quando os personagens começam a verdadeiramente perceber o quão idiota ele é, ou quando eram traídos ou expulsos do círculo interno, por este ou por aquele motivo, tudo mudava. Eles passavam de personagens secundários cómicos para seres com produndidade, com opiniões, desejos, ambições ou simplesmente com necessidade de serem respeitados. E neste lado da história víamos as verdadeiras consequências de ter de lidar com um ser egocêntrico e tóxico.
O exemplo mais simples é o Alf. Não é referência para toda a gente. É para uma geração específica e, mesmo dentro dessa, nem todos seguiram a série. Eu adorava o Alf, em miúdo. Era um boneco peludo e fofinho, que mandava todas as piadas. Depois revi a série em adulto. O Alf era um alienígena, preso na Terra quando a sua nave despenhou-se. Mas era um personagem execrável. Infernizava a vida da família que o adoptou. E não fez nunca nada para merecer isso. Nunca pedia desculpa. Fazia porcaria, era apanhado e, no episódio seguinte, fazia porcaria outra vez. Não havia qualquer justificação para não o expulsaram de casa, ou simplesmente entregá-lo ao governo. Não havia razão alguma para gostarem dele ou quererem-no na família. Numa situação real, a família tinha-o morto, facilmente, num momento de raiva. E não poderiam ser incriminados de nada. Era só fazê-lo desaparecer, já que ninguém sabia que ele existia sequer.
Kevin Can F**k Himself mostra essa parte mais real, ao mesmo tempo que mostra o riso em lata. E fê-lo de forma genial. A única coisa que tenho a apontar é que o final é apressado. Os criadores tinham o enredo todo idealizado, do princípio ao fim. Só que contariam com mais uma temporada, algo que o estúdio decidiu cancelar. Ou outra coisa aconteceu. Não sei ao certo. Felizmente conseguiram terminar a história que queriam contar, mas tiveram de apressar os últimos episódios. É especialmente notório no penúltimo, onde todos os enredos, de repente, resolveram-se quase na totalidade.
Mesmo assim. Gostei de ver.
Thursday, January 16, 2025
despachada: Star Wars: Skeleton Crew
Vivo num mundo de altos e baixos.
Apenas e só em relação ao MCU e, neste caso concreto, a Star Wars. No resto, a minha vida é muito básica. Anda a roçar o enfadonho, em boa verdade, de tão rotineira que é. Não. Refiro-me apenas a estes dois franchises.
O que acontece é que eles (estúdio, Disney, suits) anunciam coisas, e eu fico em pontas só para depois ser desiludido, ou torço o nariz e sou surpreendido. Aconteceu com Acolyte, do qual esperava muito e a série não chegou lá. Ou Andor, projecto que achei parvo, e afinal é o melhor Star Wars desde a trilogia original. O mesmo aconteceu com Skeleton Crew.
Achei uma ideia infantil. Achei que ia ser simples demais. Achei que ia irritar-me com o Jude Law. A última parte confirmou-se, mais ou menos. Acedo que estava errado. Crew foi divertido, do princípio ao fim. Teve um tom de aventura e expectativa que esperava ver noutros projectos. Manteve-me entretido e curioso sobre o que iria acontecer a seguir. Roçou a fantasia criada nos anos 80 e 90.
Como com o MCU, há projectos bons e outros maus. Parece que vão saindo alternadamente, fazendo-nos pensar em deixar de ver totalmente, ou ter vontade de rever tudo. Crew foi um dos projectos bons, no meu entender.
Será que... Esta coisa de ser sempre contrariado, será que sou eu? O problema é meu? Raio de altura para ter uma crise existencial, quando estava tudo a correr tão... moderadamente OK.
Wednesday, January 1, 2025
top dos filmes vistos em 2024
Estava a pensar no que incluir neste post e, mais que obter a lista de filmes (essa parte é super fácil, especialmente tendo em conta que vi pouquíssimos filmes, comparando com quase todos os outros anos deste blogue), tive dificuldade em lembrar-me de referências de 2024. Maior parte foi muito igual. Acordar, ir para o trabalho, voltar, apanhar a Madame M. na creche, fazer as rotinas da noite com ela, sentar no sofá e ver alguma coisa, dormir. Sempre o mesmo, com ligeiras variações (trabalhar desde casa teve ainda menos destaques). Ao fim-de-semana, ou eram tarefas domésticas ou visitar sogros o que ocupou o tempo. Genericamente foi isto. Mas também foi visitar dois países desconhecidos (um em família, outro com amigos tontos), ter visitas desses mesmos amigos e de família, ir a um zoo incrível, retomar algumas rotinas pré paternalidade e ter uma boa nova sobre um futuro pelintra cá em casa. Bem vistas as coisas, não foi um ano terrível.
Em ano de prequelas, sequelas e reboots, ainda deu para ver alguns bons filmes. Como de costume, seque lista dos filmes que gostei de ver, sem qualquer ordem especial. E excluindo óptimos revisionamentos.
This is Christmas e That Christmas
If You Were the Last
The Marvels e Deadpool & Wolverine
Mission: Impossible - Dead Reckoning Part One
Dune: Part Two
Flora and Son
The Greatest Hits
Teenage Mutant Ninja Turtles: Mutant Mayhem
The Ministry of Ungentlemanly Warfare
The Fall Guy
Babes
The Union
The Wild Robot
And Mrs
The 4:30 Movie
My Old Ass
A Quiet Place: Day One
Em ano de prequelas, sequelas e reboots, ainda deu para ver alguns bons filmes. Como de costume, seque lista dos filmes que gostei de ver, sem qualquer ordem especial. E excluindo óptimos revisionamentos.
This is Christmas e That Christmas
If You Were the Last
The Marvels e Deadpool & Wolverine
Mission: Impossible - Dead Reckoning Part One
Dune: Part Two
Flora and Son
The Greatest Hits
Teenage Mutant Ninja Turtles: Mutant Mayhem
The Ministry of Ungentlemanly Warfare
The Fall Guy
Babes
The Union
The Wild Robot
And Mrs
The 4:30 Movie
My Old Ass
A Quiet Place: Day One
Tuesday, December 31, 2024
filme do mês: Dezembro '24
O melhor filme que vi este mês foi, sem qualquer dúvida, o Quiet Place: Day One. Bom pacing, um universo porreiro e aterrador, óptimas interpretações e um gato. Só que estamos em Dezembro. Convém respeitar a quadra em questão. Neste mês, o que interessa do catálogo do Elvis é o álbum dele de Natal. Não é o Jailhouse Rock ou o Hound Dog.
Logo, de entre os «filmes de Natal» que vimos, o destaque maior tem de ir para That Christmas. É fofinho, tem fantasia e questões familiares. Não há nada mais «filme de Natal» que isso. Menções honrosas, para quem gosta do género e/ou quão mau consegue ser: The Christmas Charade, Red One, Meet Me Next Christmas e Round and Round.
Logo, de entre os «filmes de Natal» que vimos, o destaque maior tem de ir para That Christmas. É fofinho, tem fantasia e questões familiares. Não há nada mais «filme de Natal» que isso. Menções honrosas, para quem gosta do género e/ou quão mau consegue ser: The Christmas Charade, Red One, Meet Me Next Christmas e Round and Round.
Friday, December 20, 2024
despachada: What We Do in the Shadows
Ora aqui está uma óptima série, criada por gente só com tontices na cabeça, que soube quando parar.
WWDitS foi delicioso, do princípio ao fim. Um conjunto de actores que soube trazer tudo aos personagens. A começar pela sua própria loucura. Gente nova que se descobriu. Um ou outro actor já conhecido. Sempre com ideias novas. Alguma continuidade, mas maioritariamente episódico.
Sei que é um conjunto de características algo disconexas e básicas, mas não há muito mais para contar. É um mockumentary sobre quatro vampiros e um humano com pretensões a ser vampiro, que vivem juntos. Parece ser uma série longa (ainda foram seis temporadas), mas com poucos episódios cada uma. E vê-se tão bem. Não quero revelar muito mais, embora não haja assim tanto para revelar. Só tenho elogios para esta série. A verdade é essa. Foi mesmo divertida, a começar e a acabar nos encontros dos vampiros de energia. Que coisa deliciosa. Que conceito maravilhoso.
Vão ver WWDitS. E, já agora, comecem com o filme que deu origem à série. Eu sei que eu hei-de ver a série outra vez. Provavelmente mais que uma vez.
Bat!
Friday, December 6, 2024
despachada: Party Down
Estava a tentar evitar meter esta na lista. Não há relatos oficiais de (novo) cancelamento, mas não há como achar que voltará, tendo em conta que já foi o que foi. Certo?
Party Down teve duas temporadas, entre 2009 e 2010. Vá-se lá saber como, chegou à segunda. Porque ninguém via esta coisa esquisita e muito «fora», com uma data de actores relativamente desconhecidos. Até que, como acontecia muito com estas coisas, tornou-se uma série de culto. E todo o talento muito jovem que a série tinha, eventualmente explodiu e andam quase todos a fazer coisas muito bem sucedidas. Esta combinação de factores justificaria um comeback? Os actores, por muito que tenham outros projectos, adoraram trabalhar nisto e querem voltar. É só uma questão de acertar agendas e vai ser um mega sucesso, certo?
Não, claro que não. Não é assim que a coisa funciona. Quando temos algo bom, não ligamos. Queremos ser a pessoa que o descobre depois e, assim, tem o direito de chamar idiotas aos executivos que não tiveram como não cancelar a série. E protestamos. E mandamos vir com toda a gente. E fazemos abaixo-assinados para trazer a série de volta. E clicamos em todos os links em que um jornalista pergunta aos actores pela série. E perguntamos aos actores quando a série vai voltar. Eu não faço nada disto, mas nerds como eu sim.
Na eventualidade rara da série voltar, ninguém vê. E os que vêem dizem que dantes é que era bom. Que «eles voltaram só para estragar e se era para isto não valia a pena».
Pois. O mundo é esquisito. E as pessoas são assim a modos que parvas. Nada a fazer.
despachada: This Way Up
Que limpeza hoje. Tanta boa série que não vou continuar a ver.
Esta não é grande surpresa. Já há algum tempo que se sabe, mas acho que propositadamente ignorei-o. De qualquer modo, dada a popularidade de Aisling Bea, é normal que este «pequeno» ou «menor» projecto tenha caído. E a «irmã» Sharon Horgan também tem «melhores» (entenda-se «mais bem pagos») projectos a decorrer. Curiosamente, o mais popular que Horgan tem, neste momento, é um em que é novamente irmã de irlandesas tontas.
This Way Up é um óptimo cartão de visita do talento de Bea. Achamos-lhe piada. Criamos ligação. Ela é gira, simpática e inteligente. Queremos beber um copo com ela. Queremos ouvi-la a contar histórias. Queremos rir com ela.
Terei de contentar-me em vê-la noutras coisas.
despachada: Stath Lets Flats
Este gajo criou um projecto pessoal. Foi daqueles que foi bem sucedido. Porque projectos pessoais há para aí muitos. Dos que ganham prémios, menos.
Aproveitou-se do humor negro britânico, aliado ao facto de que as séries neste país são menores e quase nunca têm a obrigação de sair uma temporada por ano. E aproveitou-se ainda do facto de ter uma irmã muito talentosa, que o ajudou a brincar com a sua cultura, por certo trazendo uma data de histórias cómicas da família para dentro da série. E sim, a irmã dele na vida real faz de irmã dele na série. Uau!
Tudo isto fez rir os britânicos e deu prémios ao criador. Merecidos. A série tem piada. Não estava muito convencido (principalmente porque o personagem dele é super irritante), mas há uma cena, lá para o final duma das temporadas, em que ele fecha-se num quarto duma casa que mostrava a alguém, e lança uma fala no meio da confusão que fez-me rir alto e a bom som.
Eu rir-me desta forma não é assim tão comum, apesar de ver muita coisa com piada. Quer dizer algo.
despachada: Star Wars: Tales of the Jedi
Afinal isto teve uma segunda temporada, que foi o Tales of the Empire?
Eu não saber que uma qualquer série foi cancelada, tenho pena que aconteça, mas não é o fim do mundo. A minha vida deu voltas, que escolhi, que não permitem que esteja tão a par como dantes. Tudo bem. Não sofro por causa disso. Agora, eu não saber que uma série de Star Wars afinal não é uma série, ou é uma série mas a «segunda temporada» tem outro nome, e a ideia é irem contando histórias sob um chapéu que só os fãs conhecem, mas que tem sempre nomes diferentes para não alienar o espectador casual, permitindo ainda poder lançar novos episódios apenas e só quando há episódios de qualidade para lançar, epara que assim os criadores tenham mais liberdade e, acima de tudo, não tenham os productores ou os fãs a pressionar, eu não saber isto custa-me.
Faz pouco sentido estar a acrescentar mais a este post. Até porque disse tudo no de Tales of the Empire. Eles vão lançar mini-séries destas com apontamentos soltos dentro do universo, a dar profundidade a personagens vários. Acho óptimo. O nerd em mim preferia uma só série, um só nome, com várias temporadas. Mas não tem mal. Eu percebo. Venha mais do que raio queiram lançar. Estes episódios são giros. 'Bora!
despachada: Russian Doll
Não é 100% certo, mas...
Convenhamos que Russian Doll nunca deveria ter tido uma segunda temporada. OK, sim, tem mérito por si só. Mas não. Não, não, não! Decidem criam uma versão série da famigerada história time loop. Fixe. Ainda bem. Gostei de saber, antes de ver a série. E gostei de ver a primeira temporada. Uma temporada inteira dum time loop dá para desenvolver muito mais a coisa e fugir aos chavões. Só que a personagem principal resolve o time loop no final da primeira temporada. Para quê uma segunda?!
Consta que a porta não estará completamente fechada. A série teve sucesso. Acredito que a Netflix queira estar próxima dos criadores. Logo, se estes se lembrarem de continuar, se conseguirem arranjar um bom gancho para continuar, depois da mamadice que foi a segunda temporada, talvez... Quem sabe? Daqui a dez anos podemos voltar a este mundo. É possível. Pouco provável, mas sempre possível.
A primeira temporada é muito boa. Ela está óptima. A música ficará para sempre na nossa cabeça, pelo menos. Não ser só uma mini-série, desde o início, foi muito parvo.
despachada: That '90s Show
Não tinha como sobreviver, pois não? Pena.
A série que dá origem a esta viveu, e viveu bem, numa altura muito específica. Hoje em dia já não há espaço para séries fofinhas deste género, que precisam de tempo para crescer. That '90s Show estava fadado ao insucesso. Mais que não seja porque está na Netflix, sítio que produz tudo e mais alguma coisa, mas tem zero respeito por projectos. Uma série ou está constantemente a trazer subscritores novos, ou então é cancelada.
Não era brilhante. Longe disso. Tinha algum potencial de personagens. Não o mesmo que vimos antes, talvez. Mas algum.
Fiquei triste, agora. Estava a gostar de voltar a ver a Kitty e o Red.
despachada: Human Resources
Distraí-me. Ou vi algures que tinha sido cancelada e esqueci-me. Ou estou mais «fora da cena» do que penso. Muito provavelmente será a segunda. Se bem que a minha memória é uma trampa. A verdade é que estava convencido que ia continuar.
Human Resources é um spin-off de Big Mouth, que é uma óptima série de animação, bem sucedida, da Netflix. Essa sim, sei que levou com o «tratamento decente». A Netflix renovou por uma última temporada, dando tempo aos criadores para arrematarem bem a coisa. Human Resources não terá atingido o mesmo nível de popularidade e não mereceu esse tratamento. A ser isto que aconteceu, percebo porquê.
É fácil identificarmo-nos com Big Mouth, porque todos passámos por aqueles, ou quaisquer outros traumas de infância. Não tenho propriamente memória de falar com um monstro do sexo, mas é uma interpretação inteligente do que vai na cabeça duma criança recém hormonal. Já Human Resources é uma série engraçada, da mesma gente talentosa, com histórias giras. Apenas e só. Porque enquanto Mouth tem 70% baseado na realidade e 30% fantasia, Resources é o inverso. Ou seja, uma pessoa não se identifica tanto. E, se é para ver uma comédia de escritório, há outras melhores por aí.
Que não seja mal interpretado. Human Resources é um complemento fixe a Big Mouth. Só não consegue viver por si só. E, como tal, não conseguiu ser tão impactante como a série de origem.
Será que há mais séries canceladas que eu não sei?
Saturday, November 30, 2024
filme do mês: Novembro '24
A vantagem de ver poucos filmes é que estes posts ficam mais fáceis.
Quatro filmes. Dois deles conto esquecer facilmente. My Old Ass tem uma premissa que me é querida, para além de ser no Verão, com lagos e afins. Talvez não sendo o melhor filme, prefiro destacar The 4:30 Movie, mesmo assim. Sou tendencioso. Temos pena.
Quatro filmes. Dois deles conto esquecer facilmente. My Old Ass tem uma premissa que me é querida, para além de ser no Verão, com lagos e afins. Talvez não sendo o melhor filme, prefiro destacar The 4:30 Movie, mesmo assim. Sou tendencioso. Temos pena.
Thursday, October 31, 2024
filme do mês: Outubro '24
Gosto mesmo muito de Beetlejuice. Foi um dos meus filmes de infância. Mas Wild Robot será dos melhores filmes do ano. Convém destacar.
Fica ainda uma palavra de apreço por And Mrs, pelo talento e, acima de tudo, pelo que tenta ser. Não era fácil lá chegar. Louvo o esforço.
Wednesday, October 30, 2024
despachada: Agatha All Along
Isto ele há coisas com piada.
Toda a gente a achar que a Marvel não só está morta, como já dá para enterrar. O estúdio produz mamarracho atrás de mamarracho caro, que até poderá fazer dinheiro (claro que faz dinheiro!), mas não traz louros. Toda a gente a dizer «superhero fatigue», como se fosse a coisa mais popular do mundo. E nisto há uns tipos que pegam numa personagem secundário doutra série de sucesso, e fazem um projecto com cabeça, tronco e membros, contam uma história decente, e voltam a dar esperança a toda a gente. Só serve para provar que não interessa ter os maiores personages ou as maiores histórias. Se não houver talento e dedicação, não vale a pena.
Agatha All Along continua o que de bom foi feito em WandaVision. Traz mais uns detalhes deliciosos e tempo de antena para Hahn. Ainda bem. E dá-nos um desenrolar de história óptimo, ao que se junta um genial final.
Os meus parabéns. Este é dos projectos que fica no topo da lista. Dá para fazer mais/apenas destes?
Friday, October 11, 2024
despachada: My Lady Jane
A minha senhora viu um trecho desta série num qualquer reel. Foi a cena em que a Jane o vê a transformar-se num cavalho, pela primeira vez. Achou hilariante e imaginou a série duma forma ridícula. Provou-se o contrário.
Aderimos à Prime por mais um mês, só para ver a primeira e única temporada. Eu não fazia questão. Ela achava que seria a série do ano, apesar de ter sido cancelada. Os papéis inverteram-se. Eu gostei. A minha senhora ficou desiludida porque não era a parvoíce que esperava.
A série tem qualidade. Está bem concebida e bem feita. Foi pena o cancelamento. Tinha potencial para ser algo de referência.
Monday, September 30, 2024
filme do mês: Setembro '24
Isto não é difícil. Foram quatro filmes vistos. Quatro!
Inside Out continua a ser muito bom, mas convém destacar coisas novas. Quando as há decentes. Das três coisas novas que vi, apenas gostei duma. Logo, como não destacar Haunting in Venice como filme do mês?
Inside Out continua a ser muito bom, mas convém destacar coisas novas. Quando as há decentes. Das três coisas novas que vi, apenas gostei duma. Logo, como não destacar Haunting in Venice como filme do mês?
Sunday, September 22, 2024
despachada: X-Men: The Animated Series
Foi uma grande série dos anos 90. Não queria rever, para não estragar a boa imagem que tinha. Quis rever porque ia sair uma nova série na Disney+. Uma continuação da dos anos 90. E eu queria ver a nova série, porque toda a gente andava a dizer maravilhas.
Não estragou nada rever, felizmente. Eu sabia que não tinha visto todos os episódios. (Jasuz, que aquela última temporada é qualquer coisa...) E sabia também que as séries dos anos 90, em especial de animação, tinham muitas limitações. Muitas mesmo. Logo, todo o meu ser estava preparado para ver episódios que marcaram a minha juventude, desta feita na língua original e não num Português que não sabe dizer Jean como deve de ser. Quem viu a série então sabe do que estou a falar.
Foi um projecto desenvolvido por gente que tinha respeito e admiração pelo material de origem, numa altura em que história de super-heróis não tinham o impacto que têm agora. É gente que merece toda a idolatração que terão recebido, ao longo deste anos.
Thursday, September 12, 2024
despachada: Eric
Vou dizer uma coisa polémica. Chocará muita gente. Tenho de ser honesto, por muito que custe-me também. Porque gosto do rapaz. Sou fã. Digo sem medos que considero-o um excelente actor. Mas Cumberbatch não foi a melhor escolha para puppeteer. Acima de tudo pela questão das vozes. Não é com ele. Apenas não fiquei convencido com a sua voz de monstro. Sim, eu sei. Eric e ele são a mesma personagem. Percebi essa parte, obrigado. Logo, seria de presumir que terão vozes semelhantes, claro. Só estou a dizer que teria ajudado se não fossem assim tão semelhantes. Apenas isso.
O homem faz outro papelão. É óptimo. E claro que será sempre escolha principal de toda a gente, se possível. O elenco à volta não fica atrás (até o tuga). Muito menos a série, que agarra bem desde o início. E, embora se perca do principal a certa altura, a bem de ter mais alguns episódios (erro crasso), mantém-nos sempre agarrados. Desde o início que quis ansiosamente ver o final.
Thursday, September 5, 2024
despachada: Barry
Foi uma série de altos e baixos. Para mim. A nível pessoal. Não me refiro à narrativa. Se há coisa que se pode dizer de Barry é que manteve-se sempre bastante coerente, na verdade.
Comecei a ver pelos motivos errados: porque a minha senhora é fã de SNL e isto esteve na berra no início. Odiei a premissa e não gosto de gostar deste tipo de histórias. Falamos dum assassino profissional que mete-se em encrencas porque quer ser actor. Sim, Hollywood é ridículo, mas este gajo, por quem estamos a torcer, mata gente por dinheiro! Nunca consegui esquecer essa parte. Acabei a ver sozinho a última temporada. A minha senhora desistiu. E demorei um ano ou mais a fazê-lo.
Absurdo, bem sei. Por outro lado...
Quando achamos que não há mais a contar, que está tudo despachado, que o personagem está lixado, os criadores conseguiram sempre encontrar algo para contar. Nisso tenho de admitir. A série é original e vai para onde quer ir. A última temporada é o ponto alto. Depois do final da terceira temporada achei que não havia mais nada que pudesse acontecer. Afinal houve. Também há a questão de que muito me queixo que não há «projectos». Que começam bem com uma ideia. Mas, se a série tiver sucesso, esticam a coisa até não haver mais para contar. Com Barry senti que contaram o que tinham para contar e não quiseram acrescentar um ponto a mais que fosse. Convém louvar estas coisas. Por fim, há um episódio que é magistral.
Na segunda temporada, no meio da minha irritação por estar a ser obrigado a acompanhar a série, há um episódio que é daquelas coisas de sonho. Leva-nos por caminhos completamente surreais. Tem voltas impossíveis de prever. E fez-me rir. Muito. Sem controlo. Rir de alegria, humor e não só. De excitação de estar a ver algo completamente único.
Há ainda NoHo Hank, que é um personagem genial. Podia fazer um post só a falar dele. Fiquemos por aqui. Alguns baixos. Alguns altos. Era a isto que me referia.
Saturday, August 31, 2024
filme do mês: Agosto '24
Já ia entrar na lenga lenga do costume. Não. Vou pelo positivo.
Vi óptimos filmes este mês. O que gostei menos foi a sequela «Planet of the Apes». O que surpreende, porque teria tudo para ser um filme do mês. O ponto máximo cinematográfico foi ir ver Deadpool & Wolverine ao cinema. Óbvio. Mas como estes filmes não são considerados para a distinção, acaba por ser The Union o filme do mês.
Porque foi uma maravilhosa surpresa para mim. Foi tão tão, que foi óptimo.
Independentemente disso, recomendo qualquer um dos outros (Wicked Little Letters, Holdovers ou Incoming). Por razões diferentes, claro.
Vi óptimos filmes este mês. O que gostei menos foi a sequela «Planet of the Apes». O que surpreende, porque teria tudo para ser um filme do mês. O ponto máximo cinematográfico foi ir ver Deadpool & Wolverine ao cinema. Óbvio. Mas como estes filmes não são considerados para a distinção, acaba por ser The Union o filme do mês.
Porque foi uma maravilhosa surpresa para mim. Foi tão tão, que foi óptimo.
Independentemente disso, recomendo qualquer um dos outros (Wicked Little Letters, Holdovers ou Incoming). Por razões diferentes, claro.
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