Sunday, June 16, 2013

despachada: Guys with Kids


Não fosse Jimmy Fallon ter criado a série e isto nunca teria visto a luz do dia. Por muito que tenha um típico gajo com muita piada, uma filha do Cosby, um caramelo que fez qualquer coisa quando miúdo, um outro caramelo que fez exactamente este papel num filme que não deveria ter tido tanto êxito, uma moça que é mal empregue aqui, e uma outra moça que faz muito por mim mesmo sendo péssima actriz (o Turtle é um idiota), esta série não tem ponta por onde se lhe pegue. Basta dizer que é filmada ao vivo com público. E o Fallon anuncia isso no início dos episódios... para além de cantar o genérico.

Nada poderia, nem deveria, salvar Guys with Kids do cancelamento. Em boa verdade, GwK sobreviveu demasiado tempo.

Sunday, June 9, 2013

despachada: Up All Night



Up All Night é sobre um casal que muito gostava de celebrar a vida, só que agora tem uma filha e as noites sem dormir acabam por ser outras. Não que os impeça de fazer noitadas à mesma, mas não é a mesma coisa. No início a série provou ser uma desilusão. Esperava algo mais hilariante. Lá para o meio começou a empatia com os personagens. O casal é fixe e as suas inseguranças divertiram-me. A melhor amiga destrambulhada tinha piada. Pouco mais havia para além disso, ou não trocassem uma assistente tímida, se bem que psicótica, pelo irmão desorientado e simpático, duma temporada para a outra. Aparece ainda Sean Hayes na segunda a fazer de... Bem, Sean Hayes. As diferenças não se ficaram por aí. Na primeira temporada Arnett era o pai que larga o emprego para ficar em casa. Na segunda Applegate perde o emprego. Pouca evolução trouxeram estas mudanças. Faltava alguma coisa, por muito que alguns momentos tivessem piada, em especial a animosidade com os vizinhos totós. E Arnett e Applegate são muito bons. Não bastou e, como qualquer noitade que se preze, pouca coisa restará na memória.

despachada: Go On


Matthew Perry está amaldiçoado. Será esta a justificação para todos os anos ter uma série nova sempre cancelada? É possível. Muitos há e houve, como ele. Apenas alguns se safam da maldição. Perry é um caso especial, no entanto. Porque depois de ser um sucesso enorme de televisão - na parceria dos seus cinco amigos -, Perry atravessa agora este limbo, teimando em não conseguir manter-se no panteão das estrelas televisivas. Estrela já é. Consagração é que não é muito com ele. Em Go On, o actor estava novamente bem rodeado. Não que estivesse mal rodeado nas outras tentativas, mas aqui tinha consigo um misto de actores conhecidos (alguns até já tiveram as suas próprias séries de sucesso) e/ou gente com talento para poder safar-se no registo da série. Go On é sobre um grupo de apoio a pessoas que lidam com a perda, sendo Perry o rei deles... mais ou menos. Falamos de gente tonta, fazendo as suas tontices em conjunto. Tudo gente com bastante piada e muita química entre eles. Mesmo os personagens mais bi-dimensionais ou representado por actores menos conhecidos estavam a começar a revelar-se de forma agradável, mais para o fim da temporada. Talvez tenha sido este o problema. Um conjunto de pessoas com talento custará ainda algum a manter. Seria uma série cara, apesar de simples? O próprio Perry não será barato. Fico com alguma pena de ver Go On ser cancelado. Não era incrível, mas tinha potencial. Acabou por ir pelo mesmo caminho de demasiadas séries cómicas este ano. Houve mesmo muita coisa a desaparecer, mesmo pouco tempo depois de ter aparecido. A aposta no formato mantém-se. Ainda há casos de sucesso, até mesmo recentes. Esperemos que continuem a existir muitas coisas destas, mesmo que seja só por um ano.

despachada: Ben and Kate


A improvisação veio para... não necessariamente ficar. Veio para tentar, vá. O que é certo é que é só mais uma sitcom a ser cancelada, este ano. E era mais uma que usava (não teve tempo para abusar) do improviso. Em bom, entenda-se. As deambulações de Ben eram divertidas e as tiradas esquisitas de Kate também. As do primeiro já lhe eram conhecidas, ou não fizesse parte da trupe dos Broken Lizard. Já a filha do Don Jonhson e da Melanie Griffith foi uma surpresa. Ao início parecia um pãozinho sem sal, mas quando era encostada à parede revelava-se muito engraçada, com frases cuspidas à pressa, num misto de vergonha e genialidade. Feita a análise aos personagens principais, Ben and Kate tinha ainda um par de secundários muito bom. O rapaz não o conhecia de lado nenhum, já a moça que interpretou BJ (óptimo nome para a personagem, já agora) anda agora mais ou menos na berlinda. Ambos têm jeito para os papéis que representaram. No seu todo, Ben and Kate era engraçado e tinha algum conteúdo. Não muito, mas algum. Era o que se pretende que uma sitcom seja. E a série teve óptimas críticas ao início, não perdendo fulgor ao longo da «extensa» temporada de 16 episódios. O não ter funcionado terá apenas a ver com audiências. Já o que se passa com o interesse do público americano é algo que ultrapassa-me.