Sunday, March 3, 2024

despachada: Echo


Mais uma vez, não faço ideia se haverá segunda temporada. Ou se isto sempre foi suposto ser uma temporada apenas. Ou se foi cancelada. A única coisa que tenho a certeza é que ninguém sabe se haverá mais ou não. O show business não fecha portas. Se um dia uma pessoa talentosa, que garanta sucesso, quiser fazer algo com o personagem, vai fazer. E pode dar-se o caso de chamarem-lhe segunda temporada, mesmo que passados dez anos.

Até porque se há coisa que a Disney aprendeu com o Star Wars é que nunca se sabe o dia de amanhã. O lixo de hoje poderá ser a mina de ouro do futuro. Sim, os conhecedores e os fãs da Marvel poderão dizer que a série é fraca. Mas os miúdos, quando forem mais velhos e com posses, poderão querer comprar os bonecos da Echo. Ou o que raio os miúdos/adultos comprarão daqui a 20 anos.

Eu, a única coisa que aponto à série é que a actriz é fraquinha. Tem bons momentos. É a escolha possível mais perfeita para o papel, estou certo. Só que meterem actores a contracenar com esta parede, em especial o «monstro» que é o Kingpin de D'Onofrio, custa um bocado de ver. Fora isso, a série tem o seu interesse. Louvo a representação e respeito pela cultura. Há personagens que não me importava de ver mais. Viu-se OK.

Thursday, February 29, 2024

filme do mês: Fevereiro '24

Que depressão. Por vários motivos. Estou para escrever isto há que tempos, para começar. Não despachei um única série. E, acima de tudo, porque estou a correr a infindável lista de filmes que vi em Fevereiro e não há um que recomende. Não que só tenha visto lixo. Há coisas giritas. Há coisas que deram gozo de ver. Já serem coisas que «metia mãos no fogo» que iam agradar a alguém? Nada. Zero.

Destaco um filme porque tenho de destacar. E nem é tanto pelo filme em si. É para honrar a actual rainha das comédias românticas: Lucy Hale, com o Which Brings Me to You. A História dar-me-á razão. Os seus filmes estão longe de serem incríveis. Não vão inovar ou mudar o negócio. Mas ela está sempre lá. Sempre a produzir. Filme atrás de filme, sem fim à vista. Só em quantidade é algo de enaltecer. As Meg Ryans, Kate Hudsons, Sandra Bullocks desta vida, por muito que tenham feito filmes referência no género e não só, nunca chegaram sequer perto dos números de Hale.

É de mulher.

Wednesday, January 31, 2024

filme do mês: Janeiro '24

Ano novo... O mesmo de sempre. Poucos filmes novos. Um marasmo terrível, a roçar a depressão. O número não foi mau. E até vi coisas giras. Só que parece tudo ser sempre... bleh.

Destaques, por motivos diferentes: This is Christmas (sim, o melhor filme de Natal viu-se em Janeiro), Polite Society (exercício engraçado), Next Goal Wins e Miguel Wants to Fight (por serem fofinhos). «Filme do Mês» vai para a química entre dois actores, que alimentou 90% do tempo do filme, em If You Were the Last.

Sunday, January 21, 2024

despachada: Atlanta


Glover, um rapaz talentoso e na berra, faz uma primeira temporada de Atlanta convencional. Até certo ponto. Vamos não esquecer o episódio do piano. Claramente foi O episódio que Glover curtiu fazer, mas que terá menos a ver com o resto.

Depois da primeira temporada, sinto que Glover estava mais interessado em fazer outras coisas. Em especial música, claro. Só que o canal ou os executivos, de certeza que não o largavam. E terá sido uma conversa típica de adulto com um miúdo.

- Faz mais uma.
- Não me apetece.
- Vá lá.
- Não.
- Por favor.
- Não quero.
- Mas é tão bom.
- Não!
- Podes fazer o que quiseres.
- (...) Hold my...

Bem, com Glover não sei se será cerveja. Talvez um Pornstar Martini, quando ainda seriam cool (quando eu não sabia que existiam, no fundo). Ou, conhecendo Glover (não conheço, minimamente), será mais algo tipo «hold my kombucha». Ou, seguindo a analogia, «hold my Capri-Sun».

A verdade é que o rapaz soltou a franga e fez o que lhe apeteceu. Rédea totalmente solta. Há episódios geniais. Há uns que acho que não funcionam tão bem. E há uns que ultrapassam-me, que não são para mim. No todo, é uma série que sinto ser algo desconexa, mas que tem personagens e pormenores absolutamente geniais.

Talvez devesse ver outra vez. Talvez ganhe com ser embaçada. Poderá acontecer facilmente. A minha senhora tem uma panca pelo rapaz.

Saturday, January 20, 2024

despachada: The Flight Attendant


Foi anunciado o cancelamento da série por estes dias. Eu já tinha desistido de ver, mas mesmo assim sai um post curto (espero).

A segunda temporada é um crime contra aquilo que a primeira fez. Pondo os pontos nos i's, a Kaley Cuoco é o que é. Também não vamos meter a moça num pedestal. Eu acho-lhe piada porque sou um badalhoco, mas a moça tem efectivamente a sua piada e muito carisma. É a poster girl de cheerleader norte americana, sim. Não é só isso também. Tem bom timing cómico (terá aprendido com um dos melhores) e consegue ter pinta (ou não fosse uma das que conseguiu dar boa voz a uma versão animada da Harley Quinn). Não tem muito range representativo. Faz sempre o mesmo, sendo que o faz bem.

Posto isto, a primeira temporada é um óptimo exercício para Cuoco. Género diferente do que nos habituou durante demasiado tempo. Tem espaço para fazer o que sabe fazer bem, com um bocadinho para manobrar e tentar dar um pouco mais. Consegue, já agora. A história e a narrativa são bem construídas. E o resto do elenco tem talento e complementa-a muito bem.

Eu pensava ser uma mini-série. Uma história fechada. E achava bem, porque não havia mais nada para contar. Como, aliás, foi provado na salganhada desprovida de qualquer nexo e interesse, que é a segunda. Mais um exemplo de ganância, quando algo corre bem, acabando só por estragar.

Friday, January 19, 2024

despachada: Schmigadoon!


Oh não! Esta série foi cancelada! Como é possível? Que pena!

Ironia é uma coisa complicada de fazer passar por escrito. Não, não senti nada quando vi o anúncio de que foi cancelada. Atenção que não odiei a série. Simplesmente foi daqueles projectos que não soube ser o que era. Schmigadoon! é um conceito engraçado, que devia ter durado, apenas e só, uma temporada. Não fez sentido algum continuar. Só estragaram.

Explicando: Schmigadoon é um sítio mágico, baseado nas regras dos musicais de Broadway. Um casal do «mundo real» vai lá parar por acidente (ou destino, como é usual nestas coisas) e, para além do ridículo que é ter pessoas a começar a cantar no meio duma conversa, este mundo mágico ajuda-os na sua relação. Ponto final, parágrafo. Não há mais para explorar. O casal teve uma aventura/fantasia estranha, que os fez melhores pessoas. Porque voltaram lá para uma segunda temporada?

Atenção que gostei do pormenor de ser outro tipo de musical, mas não acrescentou muito mais.

Monday, January 1, 2024

top dos filmes vistos em 2023

Este post estava a demorar.

Não há muito a dizer. Foi um ano especial. Diferente. Muito diferente. Teve duas grandes novidades, das que mudam radicalmente a vida de qualquer pessoa. Para mim mudou para mais... enfadonho, suponho. Mais cansativo, sem dúvida. As novidades foram incríveis. Estou muito contentes com elas na minha vida. Só que a partir de certa altura tudo passou a ser sempre o mesmo. Os dias repetem-se. Entrei na rotina novamente. Com ela vem a monotonia, auto imposta (como sempre), mas também porque há menos tempo, disponibilidade, dinheiro, energia, para fazer o que quer que seja de diferente.


Continua a haver tempo para filmes. Pensei que seria pior, a verdade é essa. Felizmente ainda há tempo para eles. Tanto que, mesmo com pouco, continuei a ver muita porcaria. Tenho de aprender a fazer melhores escolhas.

De qualquer modo, aqui vai a lista. Convém ter presente que 1) não há order especial, 2) são os «melhores» para mim, que vi este ano transacto e 3) não entram aqui revisionamentos, para poupar-me trabalho.

RRR (Rise Roar Revolt)
The Banshees of Inisherin
Dorosute No Hate De Bokura
Ant-Man and the Wasp: Quantumania
Strange World
Knock at the Cabin
Wunderschön
Rye Lane
Dungeons & Dragons: Honor Among Thieves
Guardians of the Galaxy Vol. 3
Happy Death Day
Joy Ride
Spider-Man: Across the Spider-Verse
Barbie
Nimona
Clerks III
Quiz Lady
Strays

Sunday, December 31, 2023

filme do mês: Dezembro '23

Um milagre de Natal: vimos o máximo de filmes neste mês, desde que a Madame M. surgiu nas nossas vidas. Ajudou ter uma temática. Embaçar filmes de Natal, sejam maus ou bons, é relativamente fácil cá em casa. A minha companheira de sofá não precisa de grande motivação. E eu fico feliz de ver o que seja.

Claro que números não significam qualidade. Filmes de Natal tornaram-se uma mega cena, nos últimos anos. Toda a gente e as respectivas avós andam a fazê-los em barda. Ou estão a tentar criar um novo clássico, para entrar nas listas de filmes vistos todos os anos nesta altura. Ou é uma questão de volume e chamar a atenção para os seus canais / serviços de streaming.

Não senti que tenha «nascido» algum clássico, este ano. Pelo menos dos que tenha visto. Dentro do que vi, o filme do mês foi The Muppet Christmas Carol. Mas houve ainda Girlfriends of Christmas Past (bom, de tão mau que é), The Night Before (porque tem malta fixe) e The Creator (que não tem nada a ver com o Natal, mas foi um visionamento porreiro).

Friday, December 22, 2023

despachada: Breeders


Perdoem-me a brejeirice, mas «mamámos» esta série num instante. Foi descobrir que tinha acabado, ver que estava não num, mas em dois(!) serviços de streaming, e foi «despachar» a coisa como se não houvesse amanhã. Convenhamos que com séries britânicas é mais fácil. São quatro temporadas de dez episódios cada. Quarenta no total, de 20-30 minutos cada. Noutros tempos tínhamos despachado isto num dia, quebrando facilmente todas as leis temporais.

Não foi serem pouco episódios, ou sequer serem curtos, que fez com que vissemos tudo num instante. A série é porreira. Não é para toda a gente, convenhamos. Funciona melhor - mas não exclusivamente, atenção - com pais. Não o somos há demasiado tempo, claro. Nem tudo fez-nos sentido. Mas os flashbacks das frustações com bebés... Essa parte bateu forte.

A série tem mais que a parte parental. Tem muito de relações. Seja entre o casal, com outros casais, com outros pais, com os avós, com amigos, com miúdos, etc. etc. etc. E ambos actores principais têm muita piada. Seja individualmente, seja entre eles. Ajuda sempre.

Thursday, November 30, 2023

filme do mês: Novembro '23

Vá lá que voltei aos dois dígitos. Pensava que ia reduzir o número mês a mês, até final do ano. E isto quando tive família a visitar. Não foi nada mau, não senhora.

Para mais, acrescento um filme à lista de «Favoritos», o que é sempre especial. Para além dos mui divertidos Quiz Lady e Strays, Clerks III foi óptimo de se ver.

Friday, November 24, 2023

despachada: Loki


Fala-se em «fadiga de super-heróis». Diz-se que o público está farto da Marvel, dos seus filmes e séries. As pessoas nunca se vão fartar de boas histórias. Estarão sim fartos de entulho. De, de repente, ter-se aberto uma torneira e saído cá para fora uma data de coisas mal feitas, à pressa, sem respeito pelos criadores ou pelo material de origem. Porque de coisas como Loki, dessas o público nunca poderá estar farto.

Vi o último episódio há algum tempo. Acho que recusei-me a aceitar que tinha terminado. Não faz sentido pensar isso. As duas temporadas estão magistralmente bem cosidas, de princípio ao fim. Havia um plano do que se pretendia contar e quando. Há um princípio, um meio, e um senhor final. Continuar a série é parvo. E vi algures confirmando o fim, apesar de ter visto em muito lado que iriam continuar.

Claro que vão continuar com o personagem. Ainda vai aparecer em algum lado. Ele e/ou, provavelmente, os demais personagens da série. Mas o projecto em si, a série sobre o Loki, isso estará fechado. Assim espero. Por muito que tenha pena de não poder ver mais. Porque foi realmente um óptimo trabalho de todos os envolvidos, tendo como ponto máximo o que vemos em cena: os actores. O Hiddleston nasceu para o papel. A química que tem com Owen é de outro mundo. E a outra Loki... Na primeira temporada então está extraordinária no papel.

Infelizmente temos de passar por muito entulho para chegar aos «projecto Loki». A mim não me custa tanto. Ou nada, mesmo. Eu vivo para ver tudo. Mas entendo as críticas de a quem custa. E sei que, se a maioria desistir, eu estou lixado, que fico sem nada. Por isso também estou preocupado. Porque não quero perder os Lokis, os Guardians, as WandaVisions, entre outros. Que raio farei da minha vida sem eles?

Thursday, November 23, 2023

despachada: Miracle Workers


Enquanto via cada uma das temporadas de Miracle Workers, não só ficava contente por estar a fazê-lo, como apreciava a genialidade da série em si. Enquanto estávamos entre temporadas, não me lembrava que a série existia. Não é de estranhar que tenha sido cancelada, ?

Miracle Workers começou como algo baseado num livro. Não sei se havia planos, logo à cabeça, de fazer mais que uma temporada. É possível que quisessem apenas fazer uma. Imagino que tenha tido sucesso, ou não tivessem feito mais umas temporadas, que nada tinham a ver com a primeira. Ou mesmo entre si.

As histórias de cada uma são completamente diferentes. A primeira é uma fantasia em que Buscemi é Deus e há uns anjos, ou funcionários do céu, que se metem a fazer coisas por conta própria. A segunda é nos tempos mediavais. Há uma no faroeste e outra num futuro pós-apocalíptico, tipo Mad Max. Não são os mesmos personagens. Apenas os mesmos actores. O nome da série deixa de fazer sentido no final da primeira temporada. Daí as seguintes terem subtítulos.

E aqui está a genialidade e, provavelmente, o que «matou» a série. A cada temporada tinham de reinventar tudo. Todos os cenários. Toda a história dos personagens. Todo o enredo. Era tudo criado de raíz. Com um grande esforço de produção, imagino. As temporadas eram curtas. E muito tempo passou-se entre uma e outra. Mais da terceira para a quarta, ainda por cima. O pessoal esqueceu. Eu esqueci-me. Só vi porque tenho listas e avisos. E porque está na HBO.

A série é muito bem conseguida. Eu sou suspeito. Gosto do criador. Desde Man Seeking Woman. Até tenho livros do homem, que li não há muito tempo. O que é um feito só por si. Miracle Workers tem ainda a vantagem de que fez-me odiar menos / respeitar um bocadinho o Harry Potter. Outro feito só por si. Se isso não é sinal de qualidade...

Saturday, November 11, 2023

despachada: Disenchantment


Na hierarquia «Matt Groening», tenho Futurama na primeira posição de preferências, seguida dos Simpsons e só depois este Disenchantment. Há desprimor em ser terceiro nesta lista? Nenhum. Porque só estar na lista já dá total mérito.

E a verdade é que Disenchantment foi fixe de ver, na sua maioria. A certa altura foi demasiado. Talvez tenha tido uma temporada a mais. Ou duas. Começou bem. Desenvolveu muito bem. Os personagens, as suas histórias e as suas motivações, tudo cresceu de forma interessante e natural. Depois tornou-se um pouco «elaborado» demais. Perdi interesse, confesso. E quando entrei na última temporada já pouco lembrava-me do que tinha acontecido na anterior. Para piorar, é completamente a despachar. Deram uma última temporada para os criadores fecharem a coisa, mas tinham demasiado ainda por contar. Sente-se muito o acelerar da narrativa. E isso faz com que muitas cenas não tenham o impacto pretendido.

Posto isto, não me arrependo nada de ter visto. Fico contente de o ter feito. Teve detalhes óptimos, ao nível das outras duas séries de referência de Groening. Até há uma ou outra expressão que vamos usando de vez em quando, cá por casa. Não se pode exigir muito mais a uma série.

Sunday, November 5, 2023

despachada: The Continental: From the World of John Wick


Gostei dos filmes. O primeiro então é um sonho de «filme de tirinhos». Que tenham continuado uma história tão simples, durante tanto tempo, é de louvar. Ainda para mais quando era só mesmo para ver porrada. A história não existia por aí além. Se bem que... Tentaram criar um universo. E a parte do hotel, do Continental, tinha o seu charme.

Precisava ver uma história / prequela dum par de personagens dos filmes e, acima de tudo, do raio do hotel? Não. Custou ver? Nada disso. Vê-se OK. Só não acrescenta assim tanto como poder-se-ia achar.

Tuesday, October 31, 2023

filme do mês: Outubro '23

Poucos. Nenhum verdadeiramente terrível. Foi fixe ver Haunted Mansion - o que até surpreendeu -, mas gostei mais de Nimona.

Thursday, October 26, 2023

despachada: Daisy Jones & the Six


Está cheio de todos os clichês que conhecemos de bandas famosas. Todas aquelas cenas que vemos sempre nos episódios de Behind the Music, está lá tudo. Os abusos e/ou abandonos familiares. Os problemas com álcool e drogas. Festas à grande. Traições. Paixões dentro da banda, que tanto levam ao auge, como ao fim. Bom pais. Maus pais. Gente contente. Gente invejosa, que boicota. Tours como sendo o local de toda a luxúria e deboche, possível e imaginário. Uma banda a atingir o céu, só para queimar-se com o Sol.

Posto isto, está muito bem montado. Bom elenco e boa representação. Não temos como não gostar dos personagens. E o raios das músicas não são más. Às vezes, nesta coisa de fazer filmes ou séries sobre música, não costuma haver orçamento para escrita musical. O que leva a termos de ouvir coisas atrozes, pintadas como boa música na narrativa. Não foi o caso aqui. Até que se ouvem bem. E a mini-série também vê-se bastante bem.

Saturday, September 30, 2023

filme do mês: Setembro '23

É a Pequena Sereia!

Claro que não é a Pequena Sereia. Que filme tão mau e esquecível. Não, o filme do mês é... Não é fácil escolher. Vi alguns filmes giros, por muito que poucos, no total. Só que são todos um bocado iguais. Não há nenhum que se destaque, por aí além. Talvez Shortcomings... Ou talvez No Hard Feelings, por ser divertido. Love at First Sight é um bom romance. Banana Split também o é, num estilo diferente. Ponho o Barbie no topo, só porque é um dos filmes bem sucedidos do ano? Claro que não. A verdade é que não fez nada por mim.

Bem, como sou obrigado a escolher um, vai o destaque para uma grande surpresa. Não necessariamente o melhor, ou sequer bom, mas como sendo dos filmes mais esquisitos dos últimos tempos: Bottoms.



PS - Nem consegui chegar aos dois dígitos, apesar do esforço final. Foi por bons motivos. Voltei à terrinha, com a Madame M., finalmente. Foi cansativo com'ó raio e sinto que ainda estou a recuperar. Mas valeu a pena, sem dúvida.

Monday, September 4, 2023

despachada: The Great


Estávamos a terminar a última temporada quando, só por curiosidade, vou confirmar online se haverá nova temporada. Porque não tinha visto notícias de que tinha sido cancelada, ou que fosse a última. Mas o desenrolar da trama apontava para um final de história. Eis que encontro uma notícia a confirmar que tinha sido cancelada, apesar que ter um final fechado. Spoilei-me um pouco, sim. Foi culpa minha.

Os criadores tinham planos para dar uma volta à narrativa. Queriam quebrar com o que tinha sido feito e seguir outros caminhos. Seria óptimo. Porque apesar de ter sido uma óptima série, já não dava para continuar a bater no raio das teclas do indeed e do huzzah. Há limites. Pelos vistos o canal não achou piada às novas ideias e decidiu terminar o projecto, que deu direito a uma data de prémios e foi muito bem feito, se bem que caro e não com o nível de audiências necessárias para pagar tudo.

Funcionou bem. E, quando assim é, não posso recriminar quem decide cancelar. Vou ter saudades de certos personagens. Sim, tinha curiosidade para ver onde levariam esta versão duma personagem histórica. Assim é melhor. Assim tenho vontade de ver a série toda seguida novamente, um dia, para apanhar os pormenores. Não fico irritado de ser obrigado a ver mais uma temporada, que já não tem o mesmo interesse ou piada das anteriores. Fico definitivamente com a sensação que vi uma boa e recomendável série de televisão.

Que fossem todas assim, indeed.

Saturday, September 2, 2023

despachada: How I Met Your Father


A série original durou demasiado tempo. Uma boa série cómica estragou-se um pouco, porque não souberam sair de cena atempadamente. A verdade é essa. Por isso, terem criado um spin-off, com a mesma premissa e «ganchos»... Não, não foi uma ideia brilhante.

A primeira temporada provou o que todos temíamos. Que era uma série pouco original, a contar uma história exactamente da mesma maneira, com personagens piores. Os episódios mais badalados (talvez tenha sido só um, já não sei) foram os que apareceram personagens da série original. No meio de tanto de mau, tanto negativo à volta deste projecto (incluindo audiências fracas), a série é renovada para uma segunda temporada. Para surpresa de toda a gente. Incluindo eu próprio, claro. Com as expectativas baixas e sem grande vontade de ver a segunda temporada, chega então a segunda surpresa: a nova temporada tem piada.

Atenção que é-me fácil ver HIMyF. Está na Disney+. Tem a Duff, por quem sempre tive um fraquinho. Eu gostei muito de HIMyF. Mesmo das últimas temporadas (menos, mas ainda bastante). É uma história fofinha e romântica. A primeira característica procuro cada vez mais. E o certo é que os personagens cresceram um bocadinho. Os episódios passaram a ter um pouco mais das suas próprias cenas e não imitações de cenas da outra série. Comecei a achar mais piada.

E é então que vem a terceira e última surpresa: foi cancelada. Vi numa notícia solta, online. Tanta coisa. Tanto esforço (a série estava para sair há muito tempo). Tanto para trás e para a frente. Um mau começo que é recompensado. Um continuar em melhor nível, que não o é. Finalmente ter alguma ligação à série e aos personagens, só para vê-los desaparecer, sem final digno.

Foi frustrante. Muito.

Thursday, August 31, 2023

filme do mês: Agosto '23

Em onze filmes não tenho praticamente nada para recomendar. Só um. Um que não devia ser «filme do mês». Tendo em conta a minha regra que filmes Marvel, ou mesmo filmes baseados nas grandes BD, não podem ser considerados. Porque é desleal, no fundo. Será que aplico a regra, mesmo assim, se só há um filme recomendável este mês?

Não. Claro que não. Isso é parvo. O filme do mês é Spider-Man: Across the Spider-Verse. Como é óbvio.

Monday, August 21, 2023

despachada: Fleabag


É criminoso como o padre não ganha um Bafta por este papel e ganha um pelo Moriarty. Não tem comparação possível. As camadas deste «hot» e completamente surreal interpretação do que poderá ser um padre são imensas. Tanto para descobrir e sobre o qual pensar.

Infelizmente, eu não tenho tempo. Mas quem tem, deveria tê-lo feito. Ainda vão a tempo. Dêem-lhe prémios agora. Porque não? Há alguém a interpretar um papel, neste momento, como ele interpretou este? Não me parece. De qualquer modo, seja prémios ou teses, este papel e esta série merecem muita coisa. Ainda bem que não fizeram mais temporadas. Só estragariam. Quer dizer, se se lembrar que tem mais algo para dizer, força. Não há obrigatoriedade. É uma questão de respeitar e acrescentar ao mundo que criou se, e apenas se, for caso disso.

Fleabag é uma boa série. Consegui ver mais agora, à segunda. Da primeira vez não dei-lhe o respeito merecido. Dividi demasiado a minha atenção. Em boa verdade, muito da série nem lembrava-me. Pude agora ver com outros olhos e maior apreciação. E é mesmo uma boa série.

Monday, July 31, 2023

filme do mês: Julho '23

Outro mês acima dos dez filmes vistos. Confesso que estou surpreendido. Achei que seria muito pior, com a chegada - e presença, acima de tudo -, da Madame M.

O problema é que a qualidade não foi brilhante. Não é que tenha visto filmes «maus», mas não os recomendaria. Tirando um por ser especial (Happy Death Day), dois revisionamentos de coisas boas (What We Do In the Shadows e A Fish Called Wanda) e uma novidade que ganha o estatuto de «filme do mês». Joy Ride não entrará nos anais da história cinematográfica, mas foi divertido de se ver.

Wednesday, July 26, 2023

despachada: Secret Invasion


Mais uma vez é necessário um disclaimer: não sei se a série foi cancelada; não há notícias confirmando se haverá ou não segunda temporada; eu acredito que não haverá. Ainda para mais tendo em conta as críticas à série.

Eu não achei assim tão má, mas foi uma oportunidade desperdiçada. A BD é tão fixe. Tem uma envolvência brutal e consequências grandes. Foi uma story arc excepcional, metida entre outras ao nível, num auge da BD da Marvel. No fundo, o que aconteceu foi que estamos nós muito bem da nossa vida, a ler um qualquer livro de BD solto, quando a Elektra é morta pelo Bullseye. Sim, sim, outra vez. A diferença é que, desta feita, o cadáver revela que é uma Skrull.

Dum dum duuuuum!

De repente temos uma data de livros à volta da coisa. Skrulls começam a aparecer em todo o lado, revelando que personagens que seguíamos não eram quem pensávamos. Há quanto tempo eram Skrulls? Onde estão as pessoas verdadeiras? Quem mais poderá ser um Skrull? E, no processo, é-nos revelado que os Skrull estão a invadir a Terra porque um grupo de super-heróis decidiu ir ao planeta deles ameaçá-los, em segredo, há uma data de tempo.

A história é brutal. Das melhores que a Marvel tem. E esta série foi um desperdício. Podia ter sido tão melhor. Bastava terem morto um qualquer personagem num dos últimos filmes, revelando que era um Skrull. E só então saltávamos para esta série, deixando toda a gente baralhada. Assim teria intriga e revelações. Depois, seria ainda necessário não contar esta história em meia dúzia de episódios curtos. O último nem uma hora teve. Absurdo.

Foi um total desperdício... com uma excepção. Olivia Colman. Que tesouro! A mulher não sabe fazer um mau papel. Cada cena com ela era uma lufada de ar fresco. E parece que foi ela que pediu para entrar em cenas Marvel. Ligou ao agente e disse «arranja-me qualquer coisa no MCU, que aquilo parece ser divertido». Que maravilha de actriz, pessoa, criatura no geral.

Sunday, July 23, 2023

despachada: Soulmates


Como explicar Soulmates? Como explicar algo que está acima de qualquer lógica? Como explicar uma ligação única com outro ser? Não consigo. A verdade é essa. Terei de ficar-me pela série. E essa é fácil de explicar.

É uma série com episódios individuais. Tudo no mesmo universo, com uma mesma premissa. Há almas gémeas e há tecnologia que indica quem são. Ou seja, fazendo um qualquer teste (não o mostram, claro), se a nossa alma gémea estiver no sistema, esta é-nos dita e já está. Não é preciso mais nada. Dão os dados todos. Metem o pessoal em contacto. Não é preciso dates constrangedores, ter dúvidas, ter medo que não seja aquela a pessoa certa, etc. etc. etc. A parte amorosa da vida fica resolvida num instante. Mesmo que a alma gémea viva do outro lado do mundo. Mesmo que a pessoa que faz o teste esteja numa relação feliz. Mesmo que a alma gémea seja dum género diferente do que se esperava.

Soulmates é uma espécie de Black Mirror. Passa-se num futuro não muito longínquo. É ficção científica, embora não pareça. E tende a ser algo negro, embora tenha um ou outro caso mais feliz. A diferença é que é apenas sobre relações amorosas. Vários tipos, é certo, mas apenas isso. Creio que foi o que ditou o cancelamento da série, esta limitação.

Tenho alguma pena do cancelamento, mas percebo. Não havia muito mais por onde ir.

Wednesday, July 5, 2023

despachada: Ted Lasso


Be a goldfish.

Fui também. Esqueci-me de tanto da série, desde que começou. Espero voltar a esquecer-me de tudo. Porque claro que vou vê-la outra vez. Quero ser surpreendido por todos os detalhes que só se apanham depois de embaçar a série duma ponta à outra.

Sim, vimos a série logo depois de tê-la terminado. Porque, lá está, é daquelas séries que vês muito mais detalhes num segundo visionamento. Por exemplo, vê-lo a conquistar cada um dos personagens, à vez, foi genial. A série começa com todos contra o Lasso. E é estranho de se ver, não sabendo nada. Para uma série cómica, é bastante agressiva e hostil. O que não tem nada a ver. Lasso tem de provar-se perante cada um deles. E fá-lo com mestria e, mais que isso, com intenção. Toda a gente a chamá-lo de wanker. Na cara ou pelas costas. Mesmo assim, ele sabia o seu valor, o que estava ali a fazer e que ia conquistá-los. No final da série estavam todos do lado dele. E nós também. Óbvio.

É uma série deliciosa, de tão doce que é. Recomendarei sempre que possa, a quem quiser ouvir recomendações. Embora creio que muita da minha gente já viu. Ou pelo menos anda a ver.

Saturday, July 1, 2023

despachada: South Park


Decidi neste momento. A série continua, atenção. Neste dia e hora decidi parar de ver South Park. Não vi qualquer episódio ou referência na net, para tomar esta decisão. Simplesmente faz sentido. Se larguei outros títulos clássicos, que teimam em continuar, porque não este?

South Park continua a ser relevante. Continua a ter momentos bem engraçados. Ainda hoje esboço um sorriso ao lembrar-me de como estava no chão, a rebolar a rir (literalmente), em casa dum amigo meu, depois de ouvir «I don't trust anything that bleeds for five days and doesn't die.» É errado? Muito. Mas tinha piada, coração e sim, em muitos momentos fazia-te pensar. Era esse o objectivo. E actual. Por exemplo, antes de ver o que é a praga das trotinetes espalhadas pela rua, vi um episódio de South Park a gozar com isso.

Os pequenos rapazes mais obscenos do mundo terão sempre um espaço especial no meu coração. É só que o tal momento de estar a rebolar no chão passou-se há mais de 20 anos. Vou dizer outra vez: mais... de vinte... anos! Se eles não têm coragem para matar o Kenny de vez, eu tenho.

Friday, June 30, 2023

filme do mês: Junho '23



Aumentámos para 14, este mês. Que loucura! Só possível porque as moças andaram a vadiar e eu tive um tempinho sozinho em casa.

Claro que vou escolher o Innerspace. Não interessa se é um filme antigo ou que saíram muitas coisas novas. É um filme da minha infância. Vai sempre ser o «filme do mês». Nada chega-lhe aos pés, por muito que tenha visto coisas giras como: John Wick: Chapter 4, Discontinued ou Creed III.

Thursday, June 15, 2023

despachada: The Book of Boba Fett


Há relatos de que a Disney não está a trabalhar na segunda temporada. E a verdade é que isto surpreende... absolutamente ninguém! Fui tolo em não ter feito o post logo quando a primeira temporada terminou. Agora não tenho muito mais para dizer sobre a série, que já não tenha sido repetido ad nauseam em todo o lado.

Foi mal feita. Foi uma desilusão ver o Fett assim (não tanto para mim, não sou o maior fã do personagem). Há episódios que são uma seca. Há cenas enfiadas a martelo. Os flashbacks não fazem qualquer sentido. A estrutura é miserável. E que raio foi aquela cena de meterem dois episódios de Mandalorian pelo meio?!

Esses dois episódios são óptimos, atenção. O resto está longe de estar ao nível. Para mim foi óptimo vê-los naquele momento. No entanto, foi super injusto e absurdo para quem é fã do Mando mas não quis ver Fett. É que, ainda por cima, acontecem coisas fulcrais para a história de Mandalorian.

Foi um tiro no pé. Não tem mal. Há créditos para gastar à custa do bom de Mando e de Andor. Venham de lá outras, melhores séries Star Wars, por favor.

Saturday, June 10, 2023

despachada: American Dad!


«Desisti» de ver Family Guy. Não faz muito sentido continuar a ver American Dad!, convenhamos. São séries distintas. Dad! tem mais sumo, mais histórias. E ninguém bate o personagem que é Roger. Guy é feito dos cut aways, de one liners, ou de cenas épicas que demoram demasiado tempo (a luta com o galo, à cabeça). Não vou tão longe como alguém que em tempos conheci, que dizia que Dad! era francamente superior. Continuo a gostar mais de Guy. Os episódios de Star Wars e aquela cena do Stewie são imbatíveis. Acho Guy melhor. Roger é rei, dono e senhor. Um personagem imbatível, sem dúvida.

American Dad! não foi cancelado. Continuará, espero eu, por muitos anos. Deliciando novas gerações de gente tonta. Na verdade, a temporada nem acabou. Está numa das suas pausas estranhas. Foi o que sempre irritou-me nas séries de MacFarlane. O desgoverno de quando começam, pausam, ou acabam. Vendo sítios diferentes, as séries têm números de temporadas distintos, por exemplo. Chega a isto! É parvo e o nerd dentro de mim irrita-se.

Que a vida seja longa para estes também. Obrigado. Obrigado, um abraço... e um queijo, vá.

Thursday, June 1, 2023

despachada: Ted Lasso


Acabou, certo? Alguém sabe?

Não é que queira que acabe, mas.. Sendo honesto, quero que acabe. Porque acabou de forma perfeita. Fechou tudo com um laçarote bonito. É o pacote completo, circular, com todas as pontas de enredo resolvidas e bem resolvidas. Foi uma bela série, esta que Sudeikis criou.
 
Não é para toda a gente, convenhamos. Nem todos gostam de finais felizes e/ou momentos fofinhos. Porque é falso. Porque as pessoas no mundo real não são assim. Porque mais parece ficção científica do que realidade. Toda a gente prefere ver traições e falcatruas, que sempre são mais reais. Lasso não é isso. Lasso é como a vida devia ser. E como, em boa parte, o futebol devia ser. São pessoas a trabalhar nos seus problemas, a unirem-se em prol comum, ao contrário de apenas para eles. Ou melhor, a ajudarem a sua comunidade, porque também sabem que só assim a comunidade pode ajudá-los a eles. E a elas!

Lasso teve coração, humor, algumas intriga, bons desenrolares, personagens falíveis e adoráveis, empatia, excelentes interpretações, surpresas e até um pouquinho de futebol. Acabámos a série (se é que terminou mesmo; Sudaikis foi esquivo, quando perguntaram) com vontade de ver tudo outra vez. É a série porta estandarte da Apple TV+ e é mais que merecido, esse estatuto.