Thursday, July 31, 2014

filme(s) do mês: Julho '14

Tem que ser dividido entre:

 

 Captain America: The First Avenger, porque é um clássico

 

 e Dear Zachary: A Letter to a Son About his Father, porque foi o que mais surpreendeu.

Sunday, July 20, 2014

despachada: The Crazy Ones


O problema não foi falta de qualidade. O problema não foi falta de talento. The Crazy Ones tinha tudo. Imaginação a rodos. Excentricidade da que se gosta. Material para rir. Material para chorar. Material para pensar. E, mais que tudo o resto, tinha o inqualificável Robin Williams.

Na sua morte parei um pouco para pensar onde o tinha visto por último. Foi aqui. A ser desvairado e hilariante e profundo, tudo ao mesmo tempo. A descascar camada após camada de mau pai, profissional incrível, pessoa com problemas de dependência. E isto era só o seu personagem.

À sua volta um conjunto de gente divertida e talentosa também, cheia de carisma e charme, a acompanhar o grande capitão.

Não acredito em homenagens deste calibre, mas gostei de ter a oporunidade para falar dum dos grandes da comédia, mais uma vez, através desta série.

Tuesday, July 15, 2014

despachada: Dark Angel


Demorei horrores de tempo a ver duas temporadas desta série. Sim, «horrores». Descobri hoje que buttload é uma medida. Não percebo por que razão «horrores» não possa ser.

Pensava que Dark Angel seria algo de referência, de culto. Sempre foi o que lançou a Jessica Alba. Afinal não. É só um chorrilho de disparates batidos de «ficção científica», agrupados por modelitos a fingir que sabem representar, um genérico dantesco que começava a provocar arrepios e demasiadas tentativas de criar modas, fosse de expressões ou de roupa.

Claro que também não ajudava a falta de direcção na narrativa, ou não ter vilões convincentes que não passassem, eventualmente, a ser bonzinhos.

Então porquê ver até ao fim? Teimosia. E precisar preencher determinados espaços com algo que está lá atrás, a fazer barulho, enquanto pago contas ou encomendo coisas on-line.

despachada: Back in the Game


Mais uma sobre uma família fora do «normal». Aqui temos uma mãe solteira que, por necessidade, volta a viver com o pai, viúvo há algum tempo. Para além disso, é um mau feitio que nunca soube lidar com o facto de ter uma filha e não um filho. Passou-lhe a paixão pelo baseball, algo ainda incutido, se bem que a medo, ao neto. A moça acaba por tornar-se treinadora dum grupo de miúdo com muito pouca apetência para o desporto. A partir daí a série era suposto resolver-se a si própria. Não aconteceu. Choque, claro. Os momentos engraçados foram algum, mas poucos e demasiado espaçados. A série seguiu o caminho de muitas do género: o inevitável cancelamento.

despachada: Trophy Wife


Tinha a série em lista para ver. Não fiquei surpreendido com o cancelamento. Parecia-me ser mais uma série de família, sem gancho original. Vi-a numa lista de séries que não mereciam o cancelamento. Fiquei curioso.

Percebo a opinião. Não tem realmente gancho original, é só mais uma série com uma família «moderna», aos olhos do século passado. Mas tinha um pouco de atitude. Não muita. Era tímido. Mas existia. Teria potencial para crescer. Havia dois ou três personagens que podiam vir a ser mais do que eram. Demorou a arriscar. No final da temporada começou a vislumbrar-se um pouco melhor a possível diferença. Foi tarde demais.

DaMaSCo's Life OST

Sunday, July 13, 2014

despachada: Beavis and Butt-head


Por muito que possa ser pernicioso para a minha imagem, o que é certo é que BaB marcou-me. Mais que não seja, foi sempre um ponto de união com um grupo de amigos que espero ter no resto da minha vida.

Um deles recomendou a série, na altura. Emprestou-me uma cassete VHS com episódios. Lembro-me de ter feito o esforço de ver uns quantos. Não estava a achar piada nenhuma. Até que deu o do prato caro, do amigo totó. Eles usam-no como frisbee, muito para desespero do dono. O objecto passa por uma data de peripécias, em pleno voo. Fica inteiro até se partir de forma estúpida, nas mãos deles.

- That was... what's the word?
- Ironic.
- No. Cool. Yeah. That was cool.

A partir daí fiquei agarrado. Tenho inclusive uma foto do poster, tirada em plena Times Square. Não se vê mais nada. Só o poster. Era de noite e eu sou um fotógrafo «incrível». Atenção que isto foi pré-digital. Ou seja, foi uma das fotografias do rolo. Sim, gastei uma foto de rolo, de propósito, com o cartaz do filme destes palermas. E tenho total orgulho nisso. Não devia, mas tenho.

A série voltou, após uma pausa prolongada. O criador esteve dedicado a outras coisas. Acabou por ceder e fazer mais uns episódios destes famigerados personagens. Claro que já não é a mesma coisa. Até porque os comentários dantes feitos a videoclipes, alguns bons mas maior parte maus, agora passou a observações a reality shows que passam na MTV. Se isto não é um comentário à «televisão da música», não sei o que é.

O que é certo é que poderei ter 100 anos (não vou ter, que não se dêem tumultos na rua, por favor), mas sorrirei sempre que ouvir o riso estúpido dos dois personagens mais idiotas da história da televisão.

(Repararam como logo na primeira frase meti assim uma palavra mais desenvolvida, para disfarçar o facto de que gosto desta série?)

Saturday, July 12, 2014

despachada: The 10th Kingdom


Ainda fazem-se mini-séries na televisão? Dantes faziam-se coisas giras a três ou cinco episódios. Hoje em dia não há intermédio entre filme e série. Terá deixado de haver púbico, ou terá deixado de haver interesse em fazer este tipo de coisas. Lembro-me duma ou outra gira. Regra geral entrava tudo no campo da fantasia. Vi uma bem fixe de dinossauros, com o palerma que depois tornou-se famoso na fuga de prisão. Este 10th Kingdom também é engraçado, embora devesse ter mais piada ver na altura. É que tudo o que merece destaque em 10th entretanto foi feito por outras pessoas, noutras séries ou filmes, bastante melhor. Toda a questão de passar dum universo para o outro por portáis, misturando a realidade com um universo de fantasia... Ya, já foi feito até à exaustão.

Merecendo algum destaque, mais que não seja porque tem um elenco com alguns cromos bem raros nestas andanças, a história está muito dispersa. Há tendências que fogem, de momento a momento, e nunca se percebe muito bem para onde caminham os personagens. Para além de alguma (demasiada) bipolaridade dum ou outro. Em especial a rainha e o lobo mau. O lobo mau então nunca dava para perceber se ia ou vinha. Claro que não ajudou o excessivo overacting do actor.

No fundo, até pode ser visto, mas sempre dando o desconto de quando foi feito.