filme do mês: Janeiro '18

Three Billboards Outside Ebbing, Missouri

Foi um início fraquito do ano. Acima de tudo foi curioso ver este filme com duas legendas ao mesmo tempo. :)

despachada: Orphan Black

Finalmente!

Ainda bem que acabou. Já não podia com a série. Demorei horrores de tempo a ver a última temporada, do claro desinteresse que já demonstrava por esta mui mal desenvolvida série. Apenas terminei por respeito à Tatiana, que faz realmente um trabalho extraordinário e ao bom que foi o seu início.

Porque Orphan Black começou de forma incrível. Ao contrário de quase todas as séries, que precisam de tempo para desenvolver, esta agarra nos primeiros minutos, desenvolvendo muito bem com a primeira e segunda temporadas. A partir daí claramente não souberam para onde queriam ir e fizeram tropelias de história, umas atrás das outras, só para tentar manter o público agarrado.

Para além do início, quero ainda voltar a enaltecer o trabalho notável da actriz principal. Levou a série às costas desde o primeiro minuto. Salta de personagem em personagem, interpretação em interpretação, com uma mestria que já não via desde Collette no Tara. Chegou mesmo a enganar-me e fazer-me crer que era britânica!

Espero que lhe atirem para o colo mais e bons projectos. Tenho zero problemas em vê-la em tudo e mais alguma coisa. Se há algo de valioso que sai de Orphan Black é o total espectro que a moça consegue representar.

despachada: Wet Hot American Summer

Quinta de cinco séries das quais foi noticiado o cancelamento.

Não vou voltar a referir o filme, que mais tarde deu azo a este série. Já falei demasiado sobre o filme. Nem eu sabia quanto. Ao pesquisar no EuVejoFilmes descobri que vi o filme duas vezes - para além da primeira em tempos idos -, em cerca de três anos e pouco, e não fazia a mais pequena ideia. Da segunda vez que comentei o filme no blogue até me repeti um pouco, porque não me era nada presente que o tivesse revisto há pouco tempo.

A isto se chama «insanidade», menino e meninas. E é por isso que não devemos abusar do álcool e das drogas. Porque destrói o nosso cérebro. Percebem agora?

A série aproveita algumas das melhores partes do filme, e tenta construir em cima disso. Maior parte são só tolices, mas há umas coisas ou outras que se aproveitam bem. Muito igual ao filme, sim. Ou não tivessem conseguido manter quase todo o elenco e equipa original. O que é um feito só por si. Há gente aqui que hoje em dia faz milhões por projecto.

O verdadeiro destaque a ser dado é esse. A quantidade de «cromos» que por aqui passou.

despachada: Red Oaks

Quarta de cinco séries das quais foi noticiado o cancelamento.

Se de Gently tive pena que tivesse sido cancelado, porque gostava da série, o mesmo desfecho para Red Oaks não me incomodou tanto, apesar de ter também gostado muito. Porque fez o seu percurso na totalidade.

Começamos Red Oaks voltando a tempos mais simples. Seja de época ou de idade. Ficamos muito nostálgicos e até nos identificamos com as agruras dos personagens rapidamente. Somos entretidos com os seus «problemas» de então e deliciamo-nos com o desfecho cómico das coisas, apesar de serem sempre desenrolares mais de ficção do que realidade. Acima de tudo, criamos muita empatia com o universo e os personagens, o que ajuda sempre a apreciar qualquer história.

Para o final de Red Oaks, maior parte dos personagens amadureceu e entrou noutros patamares do crescimento normal dum ser humano. Acho mesmo que já não faria sentido acompanhá-los nesta fase. Seria só sermos voyaristas e pouco adiantaria.

A experiência foi melhor assim.

despachada: Dirk Gently’s Holistic Detective Agency

Terceira de cinco séries das quais foi noticiado o cancelamento.

De todas, esta foi a que me deixou mais triste. Gostei mesmo da série. Houve uma tentativa britânica de adaptar este personagem antes mas que, embora talvez até tenha sido mais fiel ao personagem, não conseguiu cativar. Esta nova versão teve o factor estrela de Wood, sendo bastante mais ligeira e cómica que a outra versão, mas terá sido demasiado inteligente para o espectador de consumo rápido dos dias de hoje.

Porque Gently precisava de tempo. Era essa a premissa. Nada fazia sentido em maior parte dos episódios, para tudo se conjugar e fazer perfeito sentido no final. Ninguém acreditava que o que estava a acontecer tinha qualquer tipo de lógica... excepto Dirk Gently, claro.

E era isso que nos fazia gostar do personagem... e odiá-lo um bocadinho, ao mesmo tempo.

despachada: Crazyhead

Segunda de cinco séries das quais foi noticiado o cancelamento.

Crazyhead foi uma daquelas coisas que surge com destaque no Netflix e um gajo, frágil e com um pouco de tempo por desperdiçar, mete-se a ver. Não que me arrependa. A série era gira e tentou fazer algo de diferente e original. Foi efectivamente um bom esforço. Mas na realidade que é a ficção televisiva de hoje em dia, Crazyhead não tinha como conseguir encontrar o seu espaço e audiência.

Boa nota pelo esforço.

despachada: Louie

Primeira de cinco séries das quais foi noticiado o cancelamento.

Não acho que Louis CK seja o génio que todos apontam. Também não acho que seja o pervertido pelo qual acabou por ser conhecido e pelo qual, infelizmente, acabou por cancelar-se a série. É um tipo com os seus problemas. Isso ficou mais que óbvio. Daí que tenha chegado, para muitos, ao estatuto de génio. Não se chega a esse nível sem ter algumas particularidades mais sérias. Pena que as particularidades de Louie tenham afectado outras pessoas. Se fosse só pavor a germes, como o Hughes, não seria tão mau.

Louie não me encantou. Houve vários episódios em que pensei deixar de ver. Admito que sejam as minhas próprias limitações. Achava que veria apenas uma série cómica, mas Louie tinha muito mais de trágico do que cómico, por muito que esse lado trouxesse também consigo uma espécie de humor.

Espero recordar-me sempre do patinho que as filhas lhe colocaram na mala, quando foi trabalhar para a guerra, entretendo as tropas, para fazer-lhe companhia. Foi um momento delicioso, admito.

top dos filmes do ano 2017

Assim se bate um recorde de menos filmes vistos num ano. Até em 2006, em três meses do primeiro ano do blogue, vi mais filmes que em 2017.

Mas claro que não é disso que me queixo. O pior... o muito pior, foi o resto. Um princípio a tentar voltar a uma qualquer normalidade, apenas para levar uma pancada forte a meio. O fim melhorou muito. Trouxe uma incrível surpresa. Mas não deixa de ter sido verdadeiramente um ano mau.

Com tudo isto houve muito pouco tempo e, pior, muitas vezes pouca vontade, para ver filmes. Felizmente acho que consegui ver os principais do ano. E tive ainda mais uma boa experiência ou outra, pelo meio.



- Pitch Perfect 3
- Thor: Ragnarok
- The Edge of Seventeen
- Captain Fantastic
- Fantastic Beasts and Where to Find Them
- Arrival
- Spider-Man: Homecoming
- Wonder Woman
- Passengers
- Guardians of the Galaxy Vol. 2
- Dan in Real Life
- Logan
- The Hollars
- Bad Moms