Sunday, June 29, 2014

despachada: Pan Am


Esta foi uma daquelas séries que demorei horrores de tempo a ver. Em especial os últimos episódios. Os do meio já andava a ver completamente desligado, mas os últimos foi do piorio.

Veio numa altura em que os canais americanos tentaram contar histórias de outrora, com os mecanismos de hoje, muito à semelhança do Playboy Club. Claro que nada funcionou. Não querendo ser ofensivo, mas o público americano não é muito dado a história, mesmo à sua.

Pan Am é extremamente americano, tentando enaltecer uma suposta época dourada, através da exploração que fez das suas mulheres, enaltecendo o outrora glorioso papel na sociedade que era a hospedeira de bordo. Convenhamos que tentar mascarar uma objectificação da mulher com um suposto cargo que lhes permitia «sair da cozinha» parece-me de profundo mau gosto, mas o que é certo é que tirámos destes 14 episódios algumas imagens sexy da Cristina Ricci (algo que não acontecia há algum tempo), servindo ainda como mais um passo na carreira, que se antevê gloriosa, da belíssima australiana Margot Robbie, que muitos conhecerão do seu papel no recente Wolf of Wall Street.

Saturday, June 28, 2014

despachada: The Big C


Esta série foi especialmente difícil de acabar de ver. Não por falta de qualidade. Longe, muito longe disso. Pela temática. Pelo final que se antevia desde o primeiro segundo do piloto. Foram quatro temporadas para ver Laura Linney morrer. Não é fácil. Mesmo que não se goste do personagem (não foi o caso), não é nada fácil.

E se nas duas primeiras temporadas não custava tanto, muito pelos devaneios de Linney, inerentes à reacção legítima duma personagem que descobre que vai morrer, a terceira já começou a custar. Não terá sido só assim comigo. Houve ameaça de cancelamento nesse período. Imagino que muita gente tenha deixado de ver. Pois a esperança, aquela existente até ao fim, começou a revelar-se apenas a miragem que se temia ser. Felizmente conseguiram negociar uma quarta temporada, por muito que mais curta, que permitiu fechar a história.

Linney faz um papel duma carreira, que só não terá mais destaque porque Linney já teve um ou outro desses. É uma interpretação excelente, dum personagem muito particular. Mais, Linney é acompanhada por um elenco forte e talentoso, que só ajuda à festa.

Big C será das melhores séries da HBO, mas nunca será considerada como tal porque ninguém gosta de ver uma série com este peso.

despachada: Dead Boss


Dead Boss já será diferente. Tinha bastante mais potencial que Whites. E parece-me que ficou-se por apenas uma temporada por motivos diferentes.

Ao que sei, estão a tentar fazer uma versão americana, talvez com a pretensão de fazer algo mais duradouro. Espero que não, sinceramente. Coisas britânicas adaptadas ao universo americano tendem a ser um nojo. É raro o caso contrário.

Pena não ver mais da série. Estava dedicado ao enredo. Pena não ver mais da actriz principal. Acho-lhe muita piada. (Não nesse sentido, seus ordinários.) Pena também não ver mais da morena ali à esquerda. Também lhe achei muita piada. (Sim nesse sentido, seus perspicazes.)

despachada: Whites


Entramos num universo completamente diferente da sticom. O universo original, em boa verdade. O britânico.

Em todo o caso, Whites não será o melhor exemplo. A comédia foi fraca. Percebe-se o que queriam fazer e parece-me até que as ferramentas para o fazerem eram as ideais. Terão falhado na execução.

Claro que a noção de sucesso dos britânicos é completamente diferente. Uma temporada de seis episódios apenas não é sinónimo de fracasso naquela terra. E às tantas, daqui a uns anos, ainda se lembram de fazer mais uma.

despachada: Welcome to the Family


Welcome to the Family teve direito a três episódios. Ganhou ao We Are Men por um. Uau.

Entre os dois, acho que esta tinha mais potencial. Mas não deixa de ser mais uma série familiar limpinha... por muito que tenha uma gravidez adolescente.

A sério, pessoal. Estas coisas já não chocam ninguém!

despachada: We Are Men


We Are Men durou dois episódio na televisão norte-americana. Há mais episódios feitos, mas a coisa correu-lhes tão mal, que dois episódios bastaram para perceber que não tinha sido boa ideia.

Mesmo gostando de quase todos os actores (o principal é-me desconhecido), não precisaria de um episódio sequer para saber que era um flop. Não sei que se passa na cabeça destas pessoas em Hollywood.

Friday, June 27, 2014

despachada: Sean Saves the World


Mais um exemplo do que falava. À semelhança do Michael J. Fox Show, Sean Saves the World é uma série familiar demasiado limpinha. E não, o factor gay já não choca ninguém (e ainda bem). Não interessa se o pai de família vai para a cama com homens, mulheres ou lamas. Se for tudo certinho, não tem piada para o espectador em casa.

E atenção que eu não sou das pessoas que odeia o Sean Hayes. Adoro o gajo, em boa verdade. Espero vê-lo noutras séries, muito provavelmente a fazer este mesmo papel. Sei que vou rir-me de qualquer forma. E se puder levar a loira com ele, então é ouro sobre azul.

Saturday, June 21, 2014

despachada: The Michael J. Fox Show


Falando de personagens que marcaram gerações, Michael J. Fox interpretou umas três ou quatro.

Mike merece várias oportunidades. Sempre. Mesmo com a doença que tem, vê-se que quer continuar a fazer o que lhe dá mais gozo. E ainda bem. Já no Scrubs foi um prazer vê-lo. E sim, quando soube da série nova fiquei entusiasmado. Claro que mais por ele. A série já se previa que não tivesse grande sucesso. Por nenhum motivo em especial. É só daquelas coisas que se sabe logo.

A minha teoria passa pelo tom da série. Qualquer série com este tipo de produção (cara, entenda-se) precisa ter um factor choque elevado. Sejam os seios da Sofia Vergara, ou sexo a torto e a direito como no HIMyM, violência ou algo parecido, séries caras precisam dum gancho que agarre este cínico público do século XXI. O Michael J. Fox Show será demasiado limpinho para estes tempos. Se fosse há dez anos ainda faria sucesso. Hoje em dia... é duvidoso.

Haverá ainda espaço para séries cómicas familiares?

Thursday, June 5, 2014

despachada: Murphy Brown


E de coisas recentes saltamos para um clássico dos clássicos.

Eu, como toda a gente, adorou Murphy Brown quando dava num dos dois canais de TV que havia, na altura. Talvez «toda a gente» seja um exagero. Mesmo eu,que adorava, apanhava apenas metade das piadas. Era novito, convenhamos. Uma coisa é incontestável. É uma das grandes sitcoms de sempre, com uma das personagens mais marcantes da televisão.

Vê-lo agora à distância permite-me ver pormenores e saber de histórias que passaram-me ao lado na primeira vez. Não, não sabia da polémica com Quayle, mas adorei saber dela agora. Também não tinha dado para reparar nas misteriosas saídas de dois dos personagens acima. Assim como da tentativa de tentar mandar pelos menos mais um deles à vida. Os egos eram grandes, e ligar com certas coisas não deveria ser fácil. Hoje em dia haverá saudade e muito companheirismo entre os actores, mas aposto que durante as filmagens houve mais que um problema grave para resolver.

Quando falei que andava a ver a série a algumas pessoas, a primeira coisa de que se lembraram era do chorrilho de secretárias que Murphy teve. Claro que dei por isso quando vi. E agora pude ver ao pormenor, achando genial que para o fim da série, os actores que faziam de secretária eram cada vez mais de alto gabarito. Aposto que houve muito actor de sucesso que pediu para aparecer, e nem todos terão tido oportunidade. Mas confesso que está longe de ser a coisa que mais me marcou. A banda sonora do genérico, em especial das primeiras temporadas, isso sim impressiona. Tudo clássicos e tudo a ver com o enredo. É daqueles pormenores que faz muita diferença.

Mais que tudo, sobressai Murphy. Ponto.