filme do mês: Fevereiro '15

Num mês de Óscares, não resisto a destacar um filme de porrada: John Wick. Convém frisar que, se não fosse isso, talvez fosse o Voices.

despachada: Parks and Recreation

Estou literalmente com uma lágrima no olho. Não queria... Não quero ver esta série partir. Não quero pensar numa vida em que não possa ver novos episódios. No mínimo, parece-me uma vida desprovida de interesse.

PaR teve o seu início como a meia-irmã da versão americana de Office. Aquela que aparece de repente, vinda duma outra família. O início foi atribulado. Os personagens não sabiam qual o registo. Alguns actores terão sido mal escolhidos. O Andy estava com a Anne!

A primeira temporada foi um teste. A segunda foi feita em esforço. Sabe-se lá como, alguém conseguiu ainda sacar uma terceira. Não completa. Foi um favor. «OK, pode haver uma terceira temporada, mas só meia temporada. Nada de 22 episódios. Só 13. Começa a meio do ano.» Serviria para encher a grelha, em situação de desespero.

Os criadores, escritores, equipa, decidiram levar a coisa como um desafio.

e partiram
a loiça
toda

Foi das melhores e mais divertida sequência de episódios que alguma vez vi. Os personagens encontraram-se. Os actores puderam fazer o que lhes parecia natural. As relações passaram a fazer mais sentido. Surgiu o Li'l Sebastian pela primeira vez, fazendo história televisiva. Nunca mais ouviu-se falar em cancelamento. A série só termina porque assim o quiseram. Porque tornaram-se grandes demais.

Vou sentir falta de Pawnee. E de todos. Even Jerry. Gary? Gerry?

despachada: Generation Kill

Está longe de ser um género que aprecie. Mas mesmo sem poder dar um parecer muito digno, posso dizer que Kill tem muita qualidade. Os personagens estarão muito bem conseguidos e o registo duma «guerra», da qual os livros de história nunca poderão dizer bem, estará perfeito.

Mas, mais uma vez, estarei longe de ser a melhor pessoa a poder falar do assunto. O que é certo é que é impossível não ficar cheio de testosterona, depois de ver isto.

despachada: Caroline in the City

Uma das séries da minha infância. Não lhe vejo tremenda qualidade, mas achava piada à mãe McFly, acho piada à Annie, e os personagens secundários são engraçados. De realçar ainda o começo de carreira do Conrad Bloom e da mãe Gilmore.

Vendo agora a série, muitos anos depois, mudou foi a minha opinião sobre a Julia, rival da McFly. Sendo a arqui-inimiga da personagem principal, o ingénuo adolescente que fui antipatizava com ela. Agora, com um olhar mais «maduro» sou incapaz de não sucumbir aos seus vários talentos.

Já o final da série é terrível, ficando a meio de todo um processo.

despachada: Two and a Half Men

Comecemos pelo positivo. E sim, por incrível que pareça, há positivos.

A série, em termos comerciais, é de génio. O criador decidiu prescindir de qualquer premissa e baseou-se, quase em exclusivo, em piadas para a cueca. Era sexo e bocas adolescentes. Goste-se ou não, foi um sucesso. Sobreviveu até a polémicas e saídas calamitosas de dois dos três actores principais.

Já pela parte negarita, durou demasiado tempo e claro que me arrependo de tanto lhe ter dedicado. Aprende-se zero com TaaHM.

despachada: Spaced

Foi bom (re)ver o início de carreira dos dois amigos que viriam a fazer a trilogia Corneto. Não do casal principal, entenda-se. Pelos vistos essa relação acabou e Pegg foi parar a Hollywood, enquanto que a moça faz séries sérias britânicas, hoje em dia. Falo sim de Pegg com o melhor amigo. Já essa relação está para durar.

Nunca fui fã de Spaced. E admito que hoje em dia continuo sem lhe ver apelo de maior. Valeu pelo lançamento de dois rapazes que, entretanto, fizeram algumas coisas que deram-me bastante gozo.

despachada: Alphas

Não há forma de fazer-se uma série de ficção cientifica com a Summer Glau, que não seja cancelada?!

Ainda por cima Alphas estava fixe. Não tinha o deslumbre do início do Heroes, embora a premissa seja a mesma, mas o enredo começava a ser bom. Muito por força da facção vilã, embora seja certo e sabido que Xavier vs. Magneto é uma fórmula limitada.

Glau, estou contigo, minha querida. Vai tentando. Continuarás sempre a ter o meu apoio incondicional. Por muito que só haja por aí idiotas que até a meio deixam o raio das histórias.

Sim, estou a falar convosco, executivos da Fox e da SyFy!

despachada: Friends with Better Lives

I don't shoplift dong.

Tira-se desta série uma personagem, nada mais. Podia supor-se que dar protagonismo à Brooklyn Decker seria sucesso garantido, mas nem por isso. Quem sobressaiu foi a amiga solteira do grupo. Saída da casca, autoritária, mordaz. Engraçada.

Como seria de esperar, o talento da moça não passou despercebido a quem percebe da coisa e a actriz já anda pelo New Girl, a dar azo aos desejos do Schmidt.

despachada: Selfie

Vi o piloto até muito antes de ter começado a série a dar continuamente na TV. Procurava novas comédias para começar a ver. Apesar de gostar bastante dos actores, a premissa era má e o tom também. Acabei por decidir ver tudo porque foi cancelado e porque gosto de ver coisas avulso, sem compromisso. Também ajudou ter lido um artigo a dizer melhor do final da temporada do que do início. Insinuavam que foi cancelado quando finalmente começava a ter piada.

Essa parte não encontrei. Encontrei uma série remendada, que tentava fugir do pior do piloto, sendo também essas as características que lhe davam identidade.*

Ou seja: acabou por ser mais do mesmo. Resta esperar ver os bons actores noutras coisas, esperemos que melhores.

*Na imagem acima, referente ao piloto, apenas os principais e a moça à direita continuaram nos restantes episódios.