Monday, December 31, 2012

filme do mês: Dezembro '12



Podia ter sido muita outra coisa. Este não é o melhor. Foi o perfeito no momento necessário. E nada bate uma combinação de tal ordem.

10 Years

Sunday, December 30, 2012

despachada(s): Life on Mars/Ashes to Ashes


Durante demasiado tempo desconheci a existência destas séries. Não tinha ideia sequer da versão americana de curta duração. Com muita pena, entenda-se. Porque tanto a primeira série nos anos 70, como o spin-off nos anos 80, são ambas muito boas. E completas, como só séries britânicas conseguem ser. Ou seja, têm um princípio, meio e fim. Ainda não sei se gosto do fim. Estou a habituar-me. Acho que desagradava-me quando via mais porque implicava que a série ia terminar. Com mesmo muita pena, entenda-se.

O cavalheiro à esquerda na imagem é o personagem principal da primeira série, a homónima à canção Life on Mars. É um polícia de dois mil e meios que é atropelado, acordando na dita década, trabalhando na mesma esquadra onde era chefe, mas agora para um polícia meio salafrádio chamado Gene Hunt. No início odeia-o, mas aprende a respeitá-lo e a querer ser como ele. A belíssima moça à direita na imagem vê-se no mesmo imbróglio, mas pior, indo parar aos famigerados anos 80. Ao início também odeia Hunt, tendo já conhecimento de relatos do personagem. Mais à frente na série (não muito) quer ir para a cama com ele.

Sim, o personagem de Gene Hunt é incrível. E é mesmo com uma tremenda pena que despeço-me dele... e deles. Vou ter saudades dos enredos por vezes rebuscados, mas sempre com objectivo. Vou ter saudades dos finais de temporada que não só resolviam todas as questões pendentes, como eram boas e enormes surpresas de história. Vou até ter saudades de alguns momentos bem maus, de actores mediocres, coisa que passou-se muito no início.

Demorei imenso tempo a ver o último episódio... porque não queria que acabasse.

Tuesday, December 25, 2012

despachada: The Wonder Years


Tive duas séries marcantes no início da adolescência. Esta e Doug. Lembro-me de as ver nos sábados de manhã, na televisão só minha, acabadinha de ser oferecida. Recepção má. Ter que sair do quente da cama para orientar as antenas, enfiadas à pressão num cubículo dum simples armário, meio tortas. Havia uma posição para elas, que quase nunca variava, assim como havia uma posição para mim, dentro do quente da cama. Vista agora, The Wonder Years traz um misto de emoções. Por um lado é surpreendente a quantidade de coisas que acabei por aprender, e a maneira como cenas da série influenciaram a maneira como vejo certas coisas, certas relações. Tenho dois ou três momentos que ficaram na memória, mesmo sem saber enredo ou contexto. O murro no ombro do bully era a minha imagem da série. Mais que não seja há o saudosismo da altura em que a vi, não da altura em que se passa. Não faria sentido se assim não fosse. Por outro lado é mau ver a série agora, com uma frieza que cresceu de anos de ver séries a vulso, vendo numa altura em que já não é para a minha faixa etária, em que as mensagens morais já não são para mim. E é ver que Fred Savage era um actor horrível, que ainda por cima sofria do problema que advinha de ter um voz-off sempre presente: pausas longas, falas simples, sempre a dar espaço para o outro actor (não presente) entrar. O que é certo é que The Wonder Years teve uma data de gente a aparecer num ou outro episódio. Alguns em mais. Certo actores não foram a lado nenhum, como até é o caso de maior parte dos principais. Outros nomes como David Schimmer, Seth Green, Paula Marshall, Juliette Lewis, Carla Gugino, Giovanni Ribisi ou mesmo um muito, mas muito novo Kevin Bacon, acho que andam por aí, a fazer uma coisa ou outra. O próprio Savage, esse ainda tentou acabar com a maldição das crianças actores, mas limitou-se a conseguir fazer o Working. Teve duas temporadas. Ficam as memórias e a música maravilhosa do Cocker.

Thursday, December 13, 2012

despachada: Men of a Certain Age


Com esta série, Ray Romano conseguiu criar uma nova espécie de underdog. Temos três caramelos que queixam-se da vida. Ao início até temos pena deles, porque não concretizaram os seus sonhos e tudo mais. À medida que os vamos conhecendo melhor, percebemos que se estão num qualquer buraco, acaba por ser apenas e só por culpa própria. Estes caramelos só estão bem na m€rd@ e, como tal, tendem sempre a estragar tudo o que o Universo atira-lhes para o colo. Então em que sentido são underdogs? Porque acabamos por gostar deles na mesma. Porque nos identificamos. Porque se há uma certeza na vida é que as pessoas estragam tudo. As coisas até são simples e fixes, mas o ser humano encontra sempre alguma forma de as estragar. Por sorte, em quase todas as ocasiões, os três caramelos safam-se. Apenas e só. Porque por eles a coisa corre mal. O Universo é que acha-lhes piada (ou à série, não sei) e recompensa-os no fim. Tudo isto na história da série. Já na vida real foi cancelado porque não tinham audiências suficientes.

Para finalizar, diga-se que terminou como começou: com o Romano em sofrimento.

ao fim de...

Sunday, December 9, 2012

despachada: Greg the Bunny


Greg the Bunny não é o típico programa sobre bonecos. Para todos os efeitos, nesta realidade, são pessoas como as «normais». São vítimas de discriminação. Bebem, fumam e... errr... fazem outras coisas. E têm um programa de televisão que sim, será algo como a Rua Sésamo. Alguns são amorosos, outros nem por isso. Há estrelas e alguns humildes. Não querem ser chamados de socks.

A série não teve tempo para desenvolver. E viu-se que sofreu demasiadas pequenas alterações, aqui e ali, claramente encomendadas pelo canal. É o problema de ser uma série um pouco baseada em talento e improvisação. Não que os episódios não estivessem estruturados. Penso é que terão vendido a ideia à base da improvisação, que tem piada, mas quando foi para escrever uma coisa mais limpa, mais cuidada, para poder ser mostrado em TV, acabou por perder qualidade. Eu estava a gostar dos personagens. Um ou outro não fazia nada por mim. Alguns teriam potencial para levar-me às lágrimas. Em especial a tartaruga Tardy. Que boneco incrível. Que personagem hilariante. Espero que ainda possa aparecer noutro sítio qualquer. A sério.

Monday, December 3, 2012

despachada: Good Vibes


Formas peculiares de saber de séries: Estar a ver vídeos de mesas de debate com o elenco do Firefly/Serenity no YouTube (neeeeeeeeeeeerd!!). Numa delas o Alan Tudyk dava parafernália dos seus vários projectos a quem fazia perguntas. Folhas do guião do Transformers e coisas assim. Entre os itens estava ilustrações dos personagens. Creio que na altura a série ainda ia estrear. Hoje em dia está morta e enterrada, depois duma curta dose de 13 episódios. E confesso que não tenho grande opinião sobre como me sinto em relação à sua curta vida / célere morte. Se alguns episódios até fizeram-me esboçar um sorriso, maior parte das vezes nem me lembrava que isto existia. Via episódios porque ia à procura de algo para ver.  Talvez tivesse pernas para desenvolver para algo que via-se, mesmo que não marcasse. Se tivesse surgido há uns anos atrás, só agora seria cancelada. Ok. Sim. Seria cancelada exactamente na mesma altura, porque hoje em dia os miúdos são mais exigentes (parvos, entenda-se), mas teria durado mais tempo.