Tuesday, November 30, 2021

filme do mês: Novembro '21

Em termos de números, foi o terceiro melhor deste ano e o mês em que alcancei o 4.º melhor ano do blogue. Reforço, apenas e só em termos de números. Foi também o mês com maior blockbusters, novos e antigos, parece-me. Não fui confirmar. Não estou assim tão investido na coisa, apesar de gostar de números e conversa sobre os mesmos. Em termos de filmes foi um mês porreiro. Em relação a tudo o resto... Meh!

Destaques do mês vão para The Good Liar, The Eyes of Tammy Faye, tick, tick...BOOM! e Finch (pelas representações), Love Hard (pelo momento em que foi visto e por um em especial durante), Injustice (pela criatividade e gore), No Time to Die, Edge of Tomorrow e Red Notice (pelos «tirinhos») e The Harder They Fall (pelo elenco). Já o destaque maior vai para Serenity, porque merece sempre todo o destaque possível.


Thursday, November 11, 2021

despachada: I May Destroy You


I May Destroy You ganhou uma data de prémios, especialmente a actriz principal e criadora da série. São merecidos. É uma história intensa, sem ser excessivamente dramática, pessoal e muito marcante. No futuro poderá ser uma série exemplificativa dos tempos em que vivemos. Um período que esperemos traga muitas mudanças a como funcionamos enquanto sociedade. É a parte optimista de mim que escreve estas palavras. Há um outro lado que sabe que demorará ainda bastante tempo para que isso aconteça, infelizmente.

Porque sim, I May Destroy You faz-me sentir sujo e culpado, sendo um homem branco nesta sociedade, apesar de não ter feito nada tão grave como maior parte dos palermas na série (e na vida da moça). De qualquer modo, continuo a ser parte do problema. O que é uma m€rd@.

O final foi um pouco «fora», tendo em conta o resto dos episódios. Mas finais são sempre complicados de escrever/fazer. Depois de «levar-nos ao pico» em vários momentos, ao longo dos episódios, seria sempre complicado culminar a coisa. Não deixa de ser um óptimo visiomanento, por vários motivos.

Wednesday, November 10, 2021

despachada: Supergirl


A última temporada e meia foi um martírio. Só terminei porque gostei da série até esse ponto.

Supergirl sofreu muito com a pandemia. A produção foi interrompida perto do fim da penúltima temporada. Os últimos episódios foram uma colagem do que tinha já sido filmado, com umas cenas antigas e um pouco do que se conseguiu filmar, com a pós-produção possível (que não foi muita). Isto numa altura em que o final da série estava à vista.

E é pena. Eu tenho bastante pena. Porque começou muito bem. Não sou o público-alvo, mas sinto que Supergirl, a série e a personagem, serviram para inspirar jovens moçoilas e moçoilos a serem mais honestos, bondosos, corajosos e melhores pessoas. Foi sempre uma série com uma mensagem muito positiva e foi quase sempre divertida de se ver. Tinha muito humor, sabia não levar-se demasiado a sério e teve até alguma acção fixe, tendo em conta os limites orçamentais de séries televisivas. Juntando a Legends, Flash e a melhor fase de Arrow, o conjunto fez um bom Arrowverse, com histórias bem fixes de crossovers, que começaram mais ou menos na altura que Supergirl saiu.

Continua a ser uma série recomendável. E se uma pessoa souber que a última temporada é um chorrilho de disparates despachados à pressa, talvez não seja tão custoso de ver o todo.

despachada: Uncle


Uncle é uma espécie de About a Boy, mas um pouco mais hardcore.

Tomemos o início como exemplo. O tio está tão triste com a sua vida de músico falhado, que quando a namorada acaba com ele o homem decide suicidar-se. Vai de fato para dentro da banheira e tem pronto um rádio a cair na água, para electrocutá-lo. Tem uma mão no fio que solta o rádio e uma mensagem pronta a enviar à ex. A irmã liga-lhe. Duas vezes para o telemóvel. Outras duas para o fixo. E se um ser humano consegue ignorar chamadas no telemóvel, no fixo é mais complicado. Ainda por cima ouvindo a mensagem a ser gravada no atendedor de chamadas. (Quem é que ainda tem um atendedor de chamadas?!) Ela precisa de alguém que tome conta do filho e ele tem assim uma razão para não se matar.

Seguem-se parvoíces várias com o miúdo, com quem não tinha uma relação até agora. O miúdo é um adolescente esquisito. Mais que o normal. Tem uma voz demasiado grave (que muda ao longo da série, ficando estupidamente mais grave) e um fascício por coisas científicas. Não tem amigos. Só o tio crescido, que é mais ou menos o mesmo nível de maturo. Talvez um pouco menos. Criam uma banda por causa duma miúda (é sempre assim) e formam laços por vezes pouco saudáveis.

A série tem ainda um bom elenco de apoio, que ajuda a que a coisa tenha piada durante mais que uma temporada.