Saturday, February 29, 2020

filme do mês: Fevereiro '20



Mais uma vez - e sei que me repito - o filme do mês não é um baseado em BD. Mas deveria ser. Porque independentemente da temática, foi o que me deu mais gozo ver. Quero com isto dizer que, se não fosse pela imposição das minhas regras, Birds of Prey... seria o filme destacado neste post.

Gisaengchung (também conhecido como Parasite) foi fixe, como foi Midsommar, à sua maneira. Não houve muito mais que isto. O resto não valeu assim tanto a pena. Vi pouco filmes este mês mas, pior, vi poucos bons filmes. Posso culpar os Óscares, que continuam a piorar ano após ano. Posso culpar as boas séries que tenho andado a ver. Mas para quê continuar a navegar no negativo?

Desde que veja alguma coisa está tudo bem.

Friday, February 28, 2020

despachada: Good Omens


Good Omens ou, como eu vejo a coisa, «a junção de génios a todos os níveis», é uma óptima mini-série.

Temos uma boa história de Neil Gaiman. Nem todas são assim tão boas, atenção. O cavalheiro é daqueles génios demasiado profícuos, o que faz com que nem todas as ideias estejam ao mesmo nível. E isto não quer dizer nada. Porque o homem cospe histórias como o Benfica mete miúdos na equipa principal. São umas atrás das outras. Quando se manda assim tanto cá para fora, nem todas as histórias podem ser Joões Félixes e ganhar campeonatos. Ele não deixa de ser uma óptima escola por causa disso.

Esta comparação fugiu-me um pouco das mãos.

Omens podia não ter sido nada de especial. Podia ter passado debaixo do radar, se tivesse um elenco reles. Não foi o caso. Os personagens principais são magistralmente interpretados por dois dos melhores actores britânicos que por aí andam. Junta-se a estes uma óptima realização e produção, e temos um magnífico dia televisivo pela frente.

Saturday, February 22, 2020

despachada: Fresh Off the Boat


A série foi cancelada por falta de audiências, ou porque a actriz queria dar o salto para Hollywood?

Há ainda a possibilidade de que simplesmente se fechou o ciclo. O personagem principal estava com idade de sair de casa, o que impediria a série de poder continuar a contar boas histórias. Em boa verdade, todos os personagem teriam já pouco para contar, sendo que dois ou três só serviam para encher. (Estou a olhar para vocês, miúdos mais novos e avó!)

Fresh Off the Boat foi divertido de se ver por um tempo. Não será uma série que me tenha marcado de forma alguma especial. Mas percebo que tenha sido um marco para muito boa gente, que finalmente conseguiu ver-se ser representado na TV.

Convém ainda referir que Wu é uma óptima actriz, que carregou a série às contas em vários momentos. Esperemos que consiga continuar por aí em mais (bons) projectos.

Thursday, February 20, 2020

despachada: Life in Pieces


Se disser que é uma série sobre uma grande família, não farei grande publicidade. O que não faltam para aí são séries sobre famílias.

O género está tão gasto que tentam de tudo para encontrar famílias «diferentes». As que vão ganhando atenção são sobre minorias, algumas com bons novos ângulos.

O género está tão gasto que já nem dá para pensar numa altura em que a TV não teve uma série cómica sobre uma qualquer família. Há imensas ao longo da história televisiva, umas mais bem sucedidas que as outras.

O género está tão gasto que a série sobre uma família, a mais popular da última década (talvez até mais tempo), a série «moderna» que recuperou velhas estrelas das séries sobre famílias, criou novas e tornou uma emigrante na actriz mais bem paga da TV, essa série vai terminar no final da presente temporada. Eles dirão que é por opção (imagino que os actores começassem a ficar demasiado caros), eu acho que é mesmo por cansaço. Tanto deles como do público. Mas falarei dessa série oportunamente.

Life in Pieces não trazia nada de muito novo. Tinha o ângulo de serem histórias curtas. Três por episódio. Às vezes intercalavam-se. Maior parte das vezes não. Cada pequena história a ver com alguns dos membros da grande família. Nem sempre os mesmos emparelhamentos.

Acima de tudo tinha um grupo de actores talentosos, com alguns dos personagens a serem bastante engraçados. Foi um bom entretenimento, durante um pedaço de tempo.

Tuesday, February 11, 2020

despachada: The Ranch


Todo o fã de That 70s Show terá visto Ranch na esperança de mais do mesmo. Muitas das piadas são ao mesmo género, mas Kutcher claramente queria fazer algo mais sério. Há um tom muito soturno sempre a pairar em toda a série. Principalmente a relação com o pai, mais agressiva que engraçada.

A coisa ficou especialmente mais pesada com um factor da vida real. O compincha dos tempos antigos foi apanhado no surto de palermas que abusaram da sua posição para ter relações sexuais com mulheres. Foi uma acusação que obrigou logo a «fazer desaparecer» o personagem e substituí-lo por um familiar que não tinha sido mencionado até então.

Teve alguns momentos bons, mas como a música do genérico, irritou mais do que tudo o resto. O que vale é que tínhamos a Elisha Cuthbert para equilibrar a coisa.

Monday, February 10, 2020

despachada: Arrow


Esticaram o final.

Parece uma frase tola para começar a falar duma série que envolveu um conjunto de temporadas e espoletou todo um universo de séries de TV. O melhor para descrever a série é dizer que, durante maior parte destes últimos anos, o Arrowverse foi melhor que o DC Universe criado em filme. O que é dizer muito, pois a TV sempre foi vista como sendo inferior ao cinema. É mais uma clara mudança do paradigma entre estes dois tipos de entretenimento.

O certo é que Arrow foi um esticar da história quase desde o início. As temporadas eram sempre demasiado longas. Muitos dos episódios serviam apenas para encher essas temporadas. Com um formato mais parecido com as séries da Marvel no Netflix, a série teria sido melhor.

Eu gostei das primeiras temporadas. E gostei muito de alguns personagens e algumas histórias. Teve bons vilões, por exemplo. O que é dizer muito, só por si. Mas não fosse haver um universo, com histórias que se cruzavam entre séries (sempre muito bem feito, já agora) e se calhar teria abandonado a meio.

No futuro o que me lembrarei será a estrutura metálica (que tem um nome que me escapa, de momento) que Ollie subia, puxando-se para cima. E da Felicity, um personagem inventado para a série e que nem estava previsto ser principal no início, que era incrível. Espero que ela e outros apareçam nas outras séries com frequência.

Para já confesso que sinto algum alívio por ter terminado.