Sunday, October 31, 2021

filme do mês: Outubro '21

Este mês não vi grande coisa com jeito. Vi pouca coisa, apesar de tudo. O número total não é mau. Está mais ou menos dentro da média. Mas houve tantos momentos em que quis ver um filme e simplemente não havia grande coisa para ver. A minha lista de novidades para ver está abaixo dos dois dígitos, pela primeira vez em mais de quinze anos. Andei este mês, não sei quanto tempo, a vasculhar o catálogo de dois dos três serviços de streaming que tenho (o Netflix é péssimo na organização da informação, algo que é propositado e que que irrita-me profundamente), a listar filmes que tivesse vontade de rever, ou à procura de coisas que tivessem escapado nos últimos anos. Não obtive resultados por aí além.



Dune é o filme do mês. É um projecto muito bem feito e um filme porreiro, com um grande elenco. Tirando isso, há Kingsman I e II (bom revisionamento), The Devil All the Time (mais interessante do que esperava), Guilty (é um projecto OK, dos tempos que correm), About Time (que continua a ser incrível) e My Salinger Year (curioso, vá). São três revisionamentos de coisas que gostei da primeira vez que vi, mais eu a ser simpático com alguns filmes. É pouco, muito pouco.

Sunday, October 24, 2021

despachada: Lovesick


Alerta geral. Aviso absoluto. Começo por dizer algo que gostaria que me tivessem dito, antes de começar a ver. A série não acaba. Foi cancelada. Não há muita coisa que fique pendente. Não há cliffhangers por aí além. Mesmo assim, não deixa de ser um bocadinho frustrante. A relação que todos esperamos que aconteça, acontece, claro. Mas ficaram num ponto menos perfeito. E havia ainda algo para cimentar, com os personagens secundários.

Não deixo de ser um belo embaço de duas/três noites, sensivelmente. Devo dizer que embaços de séries britânicas quase nem parecem embaços. Sim, foram três temporadas, mas de meia dúzia, ou oito, episódios cada uma. E todos de trinta minutos. Bem esgalhado nem é preciso um dia para despachar uma série destas. O que é espectacular para o espectador que quer uma quick fix, mas algo frustrante para quem demorou anos a idealizar, escrever, produzir e realizar uma série, não?

Sobre a narrativa em si, Lovesick é bastante divertido. Há um Barney britânico, mas não é por ser cópia que deixa de ter piada. Os restantes personagens complementam bem a coisa. E, voltando a ser semelhante a HIMYM, o personagem principal é o único que irrita, por mais que uma vez. A premissa é interessante. É diagnosticado clamídia ao principal e este tem de avisar todas as parceiras sexuais dos últimos anos, o que leva-nos a um engraçado contar de história em analepses e prolepses (sim, também como o HIMYM). Esta premissa é abandonada no final da segunda temporada e, talvez por isso, não tenha durado mais que a terceira. Ou porque é uma série Netflix e eles não fazem mais que três temporadas. Não sei. Não fui confirmar.

Moral da história é: isto foi divertido, rápido e foi pena não ter durado um pouquinho mais.

Saturday, October 23, 2021

despachada: Firefly


Sim. Vi outra vez. E então?

Fui confirmar. Não encontrei post sobre isto por aqui. Sei que houve uma vez mais em que andei a rever a série, mas não acabei. Acho que até foi no Netflix. Vi a série completa antes de ter o bloque. Daí não estar por aqui. Está agora. E, provavelmente, estará mais vezes. Porque Firefly, apesar de ter poucos (muito, muito de menos) episódios, é algo onde facilmente voltarei. Muito facilmente. Mesmo! Acabei de ver agora e fiquei com vontade de rever outra vez.

Só irrita que o Disney+ ainda não tem o filme disponível. Deve andar preso em algum contrato pendente. Depreendo que com o raio do Amazon, que é onde está disponível neste momento. Ponderei usar o mês gratuito só para ver o filme, mas é desperdício. Se vou usar o mês, que seja em algo que leve mais tempo de visionamento. Isto porque não tenciono dar ainda mais dinheiro ao Bezos. O que é pena e parvo, bem sei. Pena porque o Amazon tem algumas coisas bem fixes. É de onde estão a sair alguns filmes interessantes, por exemplo. E parvo porque dou dinheiro a outros tão ou mais sacanas que Bezos. A única diferença é que ele conheço, ou outros não.

Firefly é espectacular e continua a ser um crime não ter continuado. Eu sei, o Whedon é um idiota. Descobriu-se agora o malévolo que é. Podia ter continuado com outra pessoas à frente, é o que estou a dizer. Aliás, uma série ou um filme é muito mais que a pessoa que lidera. É um conjunto ainda bastante grande de pessoas. Nem todas podem ser más, ainda para mais quando o produto criado é tão bom. Assim como a Amazon, bem sei. Mesmo assim.

You can't take the sky from me!

Thursday, October 21, 2021

despachada: Star Wars: Clone Wars


Há alguns anos, o meu compincha destas coisas procurou convencer-me a ver Clone Wars. Dizia ele que a série tinha muita qualidade, que não era só para miúdos (mesmo que fosse), que acrescentava bastante aos filmes da altura (a segunda trilogia, de Lucas) e que tinha ainda personagens fixes. Estes viriam mais tarde a participar nos filmes e mesmo no Mandalorian.

Na altura admito que não quis dar-me ao trabalho. Tinha outras prioridades. Mas a coisa ficou na memória. Entretanto sai Mandalorian e, lá está, Ashoka aparece em grande estilo. Vai ter ela própria uma série em breve. The Clone Wars está disponível no Disney+. Admito que é um factor muito a favor, hoje em dia. Poupa-me trabalho. E sempre ajuda a justificar a subscrição do serviço. Começo então a ver The Clone Wars. Até que, ao andar a pesquisar coisas na net do porquê do fascínio da série (o início é algo moroso, convenhamos), descubro que há uma outra série chamada Clone Wars, e não THE Clone Wars. A primeira é um conjunto de curtas (coisas de poucos minutos, mesmo). A segunda é resultado do sucesso da primeira. Acontece que, nesta fase, a primeira não estava disponível no Disney+, e arranjá-la não é fácil.

Entretanto o visionamento de The CW andava lento, porque demorei a entrar na coisa. Passaram-se umas semanas e o Disney+ acrescenta algumas coisas «vintage» de Star Wars ao catálogo. Vi que estavam lá os filmes antigos dos Ewoks e outras coisas. Mas só recentemente reparei que estava lá Clone Wars. Desta feita condensada em dois «episódios» duma hora cada, mas tudo convenientemente disponível. Como eu adoro os tempos de streaming em que vivemos.

Moral da história é: sim, despachei esta e é bem fixe; sim, continuo a ver a outra e começo a apreciar mais a coisa. Há, efectivamente, muito detalhe acrescentado ao universo de então, das prequelas, que teriam ajudado a apreciar mais essa triologia, na verdade. Como consequências: ando constantemente com a música do Star Wars na cabeça e tenho andado a ter uns sonhos com mais fantasia à mistura.

Fixe!

Tuesday, October 12, 2021

despachada: Pose


Admito. É uma série que, normalmente, não seguiria. Foi recomendação e até alguma insistência da minha senhora. Acabei por apreciar a série em vários momentos. Até mais que ela! Foi bom saber um pouco da história dos «bailes», da cultura gay e transgender dos finais de 80 e início de 90. Foi doloroso ver o que acontecia a alguns personagens e ter perfeita noção que muito mais sofreram estas pessoas naquela altura. A discriminação, a violência, a intolerância. É uma temática pesada, sem dúvida. Mas depois vinham os bailes e como influenciaram tanta coisa e eu não fazia ideia, confesso. Como a Madonna «inspirou-se» no que lá era feito para criar a moda da dança «pose», por exemplo.

Foi um casting respeitoso, em que actores trans interpretaram personagens trans. Ainda bem que assim foi. É assim que tem de ser. O problema é que não serão os melhores actores do mundo. Ou até podem vir a ser. É normal que não tenham tido muita experiência em projectos de grande produção. Não é como se houvesse muitas oportunidades para actores trans antes destes últimos anos. Acredito que venham a melhorar. Excepção feita a Billy Porter, atenção, que é brilhante. Se melhorar ainda mais, leva todas as outras estrelas à frente. Mas em Pose a interpretação foi um ponto que roçou demasiado no estilo telenovela, assim como alguns momentos mais dramáticos.

Pose está ainda ao nível do franchise «Fast & Furious». Eu sei. Incrível, não é? Tem tudo a ver. Mas estou a falar a sério. Esta série tem tanta referência a «family», «we are family», «we do it because we're family», etc., por cena, como os filmes onde desponta o nosso amigo Diesel. Talvez até mais. Sem exagero.