Monday, July 31, 2023

filme do mês: Julho '23

Outro mês acima dos dez filmes vistos. Confesso que estou surpreendido. Achei que seria muito pior, com a chegada - e presença, acima de tudo -, da Madame M.

O problema é que a qualidade não foi brilhante. Não é que tenha visto filmes «maus», mas não os recomendaria. Tirando um por ser especial (Happy Death Day), dois revisionamentos de coisas boas (What We Do In the Shadows e A Fish Called Wanda) e uma novidade que ganha o estatuto de «filme do mês». Joy Ride não entrará nos anais da história cinematográfica, mas foi divertido de se ver.

Wednesday, July 26, 2023

despachada: Secret Invasion


Mais uma vez é necessário um disclaimer: não sei se a série foi cancelada; não há notícias confirmando se haverá ou não segunda temporada; eu acredito que não haverá. Ainda para mais tendo em conta as críticas à série.

Eu não achei assim tão má, mas foi uma oportunidade desperdiçada. A BD é tão fixe. Tem uma envolvência brutal e consequências grandes. Foi uma story arc excepcional, metida entre outras ao nível, num auge da BD da Marvel. No fundo, o que aconteceu foi que estamos nós muito bem da nossa vida, a ler um qualquer livro de BD solto, quando a Elektra é morta pelo Bullseye. Sim, sim, outra vez. A diferença é que, desta feita, o cadáver revela que é uma Skrull.

Dum dum duuuuum!

De repente temos uma data de livros à volta da coisa. Skrulls começam a aparecer em todo o lado, revelando que personagens que seguíamos não eram quem pensávamos. Há quanto tempo eram Skrulls? Onde estão as pessoas verdadeiras? Quem mais poderá ser um Skrull? E, no processo, é-nos revelado que os Skrull estão a invadir a Terra porque um grupo de super-heróis decidiu ir ao planeta deles ameaçá-los, em segredo, há uma data de tempo.

A história é brutal. Das melhores que a Marvel tem. E esta série foi um desperdício. Podia ter sido tão melhor. Bastava terem morto um qualquer personagem num dos últimos filmes, revelando que era um Skrull. E só então saltávamos para esta série, deixando toda a gente baralhada. Assim teria intriga e revelações. Depois, seria ainda necessário não contar esta história em meia dúzia de episódios curtos. O último nem uma hora teve. Absurdo.

Foi um total desperdício... com uma excepção. Olivia Colman. Que tesouro! A mulher não sabe fazer um mau papel. Cada cena com ela era uma lufada de ar fresco. E parece que foi ela que pediu para entrar em cenas Marvel. Ligou ao agente e disse «arranja-me qualquer coisa no MCU, que aquilo parece ser divertido». Que maravilha de actriz, pessoa, criatura no geral.

Sunday, July 23, 2023

despachada: Soulmates


Como explicar Soulmates? Como explicar algo que está acima de qualquer lógica? Como explicar uma ligação única com outro ser? Não consigo. A verdade é essa. Terei de ficar-me pela série. E essa é fácil de explicar.

É uma série com episódios individuais. Tudo no mesmo universo, com uma mesma premissa. Há almas gémeas e há tecnologia que indica quem são. Ou seja, fazendo um qualquer teste (não o mostram, claro), se a nossa alma gémea estiver no sistema, esta é-nos dita e já está. Não é preciso mais nada. Dão os dados todos. Metem o pessoal em contacto. Não é preciso dates constrangedores, ter dúvidas, ter medo que não seja aquela a pessoa certa, etc. etc. etc. A parte amorosa da vida fica resolvida num instante. Mesmo que a alma gémea viva do outro lado do mundo. Mesmo que a pessoa que faz o teste esteja numa relação feliz. Mesmo que a alma gémea seja dum género diferente do que se esperava.

Soulmates é uma espécie de Black Mirror. Passa-se num futuro não muito longínquo. É ficção científica, embora não pareça. E tende a ser algo negro, embora tenha um ou outro caso mais feliz. A diferença é que é apenas sobre relações amorosas. Vários tipos, é certo, mas apenas isso. Creio que foi o que ditou o cancelamento da série, esta limitação.

Tenho alguma pena do cancelamento, mas percebo. Não havia muito mais por onde ir.

Wednesday, July 5, 2023

despachada: Ted Lasso


Be a goldfish.

Fui também. Esqueci-me de tanto da série, desde que começou. Espero voltar a esquecer-me de tudo. Porque claro que vou vê-la outra vez. Quero ser surpreendido por todos os detalhes que só se apanham depois de embaçar a série duma ponta à outra.

Sim, vimos a série logo depois de tê-la terminado. Porque, lá está, é daquelas séries que vês muito mais detalhes num segundo visionamento. Por exemplo, vê-lo a conquistar cada um dos personagens, à vez, foi genial. A série começa com todos contra o Lasso. E é estranho de se ver, não sabendo nada. Para uma série cómica, é bastante agressiva e hostil. O que não tem nada a ver. Lasso tem de provar-se perante cada um deles. E fá-lo com mestria e, mais que isso, com intenção. Toda a gente a chamá-lo de wanker. Na cara ou pelas costas. Mesmo assim, ele sabia o seu valor, o que estava ali a fazer e que ia conquistá-los. No final da série estavam todos do lado dele. E nós também. Óbvio.

É uma série deliciosa, de tão doce que é. Recomendarei sempre que possa, a quem quiser ouvir recomendações. Embora creio que muita da minha gente já viu. Ou pelo menos anda a ver.

Saturday, July 1, 2023

despachada: South Park


Decidi neste momento. A série continua, atenção. Neste dia e hora decidi parar de ver South Park. Não vi qualquer episódio ou referência na net, para tomar esta decisão. Simplesmente faz sentido. Se larguei outros títulos clássicos, que teimam em continuar, porque não este?

South Park continua a ser relevante. Continua a ter momentos bem engraçados. Ainda hoje esboço um sorriso ao lembrar-me de como estava no chão, a rebolar a rir (literalmente), em casa dum amigo meu, depois de ouvir «I don't trust anything that bleeds for five days and doesn't die.» É errado? Muito. Mas tinha piada, coração e sim, em muitos momentos fazia-te pensar. Era esse o objectivo. E actual. Por exemplo, antes de ver o que é a praga das trotinetes espalhadas pela rua, vi um episódio de South Park a gozar com isso.

Os pequenos rapazes mais obscenos do mundo terão sempre um espaço especial no meu coração. É só que o tal momento de estar a rebolar no chão passou-se há mais de 20 anos. Vou dizer outra vez: mais... de vinte... anos! Se eles não têm coragem para matar o Kenny de vez, eu tenho.