Saturday, October 19, 2013

despachada: The IT Crowd


Há quem não goste que fale em absolutos, em exageros. Compreendo. Por norma é pelo negativo. E isso é difícil de perceber, de pôr em contexto. É abrasivo dizer que se odeia alguma coisa, mesmo que seja algo universalmente visto como mau. Espero que não se sinta tanto pelo positivo. Sinceramente, mesmo que se sinta... mesmo que se sinta mais... temos pena!

Eu AMO esta série.

IT Crowd é das coisas mais geniais a sair da cabeça de gente que faz séries. De todo o mundo. De sempre. Para todos que adoram o Big Bang Theory, porque «ah e tal, nerds agora têm piada» (e atenção que eu também gosto da série), o IT Crowd é o que o Big Bang Theory queria ser.

Porque termina então algo tão genial, e como é que não comecei o post injuriando quem decidiu que terminasse? A série acaba por ser vítima do seu próprio sucesso. Os dois actores principais têm carreiras maiores que uma série apenas. A actriz terá outros planos, que para já passaram pelos pessoais. E os criadores... bem, se esta série não lhes abre as portas do mundo, não sei que abrirá. Todos juntaram-se uma última vez para fazer um especial, para fechar tudo. Muito ao modo britânico. Confesso que respeito esta forma de fazer as coisas. Sair em grande, mas sair em vez de arrastar a coisa. Tanto por vontade como também por respeito aos fãs.

É curioso como vim a saber da sua existência. Li num comentário aleatório dum criador duma tira de BD online. Nem é duma tira que continue a seguir. Nem é sequer duma tira que gostasse especiamente. E eu não sou nada de ler comentários/posts de criadores. Aconteceu. Ele pôs-se a falar das séries que andava a ver. Chamou-me a atenção que gostasse de Stargate (outras das minhas coisas preferidas no mundo). Falou em IT Crowd desculpando-se, dizendo que teve que sacar ilegalmente porque não tinha outra forma de ver a série. Tinha sido recomendada por um leitor britânico.

Nunca pensei gostar tanto duma série que vim a descobrir de forma tão aleatória. Torna tudo muito mais especial... e triste também... Há algo em mim que deixou de funcionar com o final de IT Crowd.

Have you tried turning it off and on again?

Friday, October 18, 2013

despachada: Love Bites



Não consegui arranjar uma imagem com o elenco todo. Faz algum sentido, dado a forma como a série era feita. Arranjei esta coisa publicitária, com uma das actrizes da série. Confesso que ando completamente obcecado por esta mulher. (A Robin que me perdoe, mas odeio o Barney.)

Love Bites é um conjunto de histórias românticas soltas, coladas entre elas por uns poucos personagens. Alguns a aparecer mais que outros. Alguns a interagirem uns com os outros. Outros nem por isso. Um conjunto simpático de actores e actrizes (daquele saco que o canal tem, de onde vai mandando actores para aqui e ali, para compor ramalhetes) faz uma série simpática também, mas sem grande identidade própria. Porque isto podia ser tudo. Podiam ser ideias de encher temporadas de outras séries. Ou podia ser um filme à Love Actually. Não é que as histórias não sejam boas. Com este tipo de actores, é muito fácil gostar delas (daí o canal tê-los sempre disponíveis). Só que não conseguem valer por si. Precisam de drama. É estúpido, mas o espectador não quer ver sempre histórias que correm bem, que são bonitas e românticas. Querem sangue.

Tenho pena. Está a incomodar-me esta mulher incrível não ter um trabalho regular. Acima de tudo, incomoda-me o pouco que invade a minha casa.

Monday, October 7, 2013

despachada: Futurama


Adiei o máximo que pude fazer este post. Uma coisa é falar duma parvoíce criada por gente sem talento (produtores e canais de TV, entenda-se) que durou meia dúzia de episódios e que será sempre considerado uma trampa, por toda a gente no mundo... mesmo os envolvidos no processo. Ou então mandar vir com o mundo por terem cancelado demasiado cedo uma série com tremendo potencial. E sim, é fácil falar em «tremendos». Porque deixando de existir é fácil imaginar algo grande.

Dizer adeus a um universo que gosto por uma segunda vez... é difícil. Ainda para mais quando não posso criticar a decisão de acabar. À segunda volta foi notório o decréscimo de qualidade de Futurama. Teve os seus momentos, claro que teve. Só que não era a mesma coisa. Muito do pessoal que fez da primeira volta genial já não estaria na equipa de guionistas desta vez. Faz sentido. É gente talentosa. Tinham que seguir o seu rumo. Não poderiam ficar disponíveis para sempre. Assim, acabou por cair-nos ao colo uma série que deu um salto evolutivo demasiado grande, muito pouco natural. Passou a gozar com uma data de coisas que não faziam sentido da primeira vez. Coisas que foram aparecendo no mundo, enquanto a série dormia. Esta falta de naturalidade dos processos criou barreiras. Não deu para apreciar tão bem.

Estes novos episódios não envergonham ninguém, atenção. Foi com gosto que voltei a ver estes personagens. E será com gosto que voltarei a vê-los, ou a revê-los.

Estou só a dizer que... Sei lá, não é a mesma coisa.