Saturday, December 31, 2022

filme do mês: Dezembro '22

Dezembro tornou-se um mês menos particular, neste blogue, nos últimos anos. Durante maior parte do tempo foi usado para aproveitar tempo perdido, usando a pausa de Natal para aumentar números ou ver coisas em atraso. Lembro-me de bons meses, com números fortes e boas coisas vistas.

Recentemente Dezembro evoluiu para o mês que é, de filmes de Natal, de época. Para além de que é também um mês que aproveito para voltar à terrinha. São boas razões, mas é menos tempo para ver filmes e alimentar o blogue. Achei que seria um mês fraco este ano precisamente por isso. Não foi, curiosamente. Fiz um forcing final, por medo de não chegar ao número mínimo (da minha cabeça), mas depois a minha senhora ajudou a aumentar ainda mais. A recta final acabou por ser frutífera, terminando mesmo num dos pontos mais alto possíveis, com a trilogia sagrada.

Esses seriam e são sempre os «filmes do mês», ou «do ano» e, em especial, «duma vida». Mas tragamos coisas novas para aqui, por muito que a qualidade não tenha abundado. Houve muito «filme de Natal» fraquinho. Foram giros de se ver mas não são bons filmes, sejamos honestos. Destaco este mês Christmas with the Campbells, Something from Tiffany's, Spirited, Terminal Velocity, Drop Zone e Violent Night. E, como filme do mês e de época, fica com o destaque maior Your Christmas or Mine?, um verdadeiro filme de Natal, com todas as letras.

Tuesday, December 20, 2022

despachada: Blockbuster


Recebi notícia do cancelamento. Terminei a primeira temporada há algum tempo. E poderei dizer, com 100% de certezas (algumas pessoas até diriam «120%», apesar de ser matematicamente impossível), que o cancelamento foi uma surpresa para... ninguém.

Na imagem, a expressão facial da moça de trás é a expressão que faria, se alguém se lembrasse de fingir surpresa ao saber que Blockbuster tinha sido cancelado. Porque foi fraquíssimo. Sem justificação nenhuma. Tinha um elenco porreiro (tirando o melhor amigo, não percebo a piada que vêem neste gajo). Foi criada por uma tipa que escreveu para séries óptimas. Era uma cenário de local de trabalho, igual a tantas outras séries de sucesso. E toda a gente adora gozar com a Blockbuster, a empresa que prescindiu de comprar a Netflix, quando esta ainda era pequenita, e acabou sendo vítima do sucesso desta e doutros serviços de streaming, quais arautos da desgraça.

Talvez o problema tenha sido mesmo esse. Desde o início que tinha uma sombra, umas núvens a pairar sobre todo o enredo. Como na realidade, esta loja era a última em existência (não fui confirmar, mas até há pouco tempo havia ainda uma última loja Blockbuster em funcionamento nos EUA). E desde o primeiro segundo que a grande questão era manter a loja aberta. Cada episódio era passado a sobreviver ao fecho e ao desemprego dos funcionários. Terá sido um pouco negro para uma série cómica? Talvez. Porque não apostaram numa coisa saudosista? Poderiam ter metido a história nos anos 90, auge do aluguer de filmes e do cinema em si. Não viram o sucesso que foi, quando a Captain Marvel aterrou numa loja destas, nessa década?

A ajudar à festa, foi mais uma tentativa horrível da Netflix de fazer uma série cómica. Falham miseravelmente neste formato e temo pelas séries previstas para sair nos próximos tempos (estou a olhar para ti, That '90s Show). Claro que irão pelo mesmo caminho.

Adeus, Blockbuster. Como o franchise que te deu origem, infelizmente será fácil de mais esquecer que exististe.

Wednesday, December 14, 2022

despachada: Love Life


Não a terminei de ver agora. Encontrei numa lista de séries canceladas/terminadas este ano. Curiosamente vinda da página da TV Guia americana, que sigo no Facebook. Se isto não demonstra a minha elevada idade, não sei que poderá demonstrar.

Foi uma decisão recente, mesmo assim. A HBO Max, que pertence à Warner, que pertence a um grupo que foi comprado por outro grupo, anda em reestruturações. Os novos donos querem limpar o serviço de coisas a mais (o que implica tirar do catálogo filmes e séries feitos recentemente), abandonar projectos em curso (o que inclui o Batgirl, da DC, que estava pronto a lançar), mudar liderança em determinadas áreas criativas (há uma dança de cadeiras de executivos, sendo que tenho melhor conhecimento do James Gunn como chefe do (novo) projecto para o DCEU) e, claro está, cancelar séries que não estão a ter o sucesso pretendido. Algumas maiores, outras pequenitas, como este Love Life.

Love Life era um projecto interessante, atenção. Pegar num bom actor/estrela de momento e metê-lo(a) numa história simples e fácil de produzir. Uma coisa rápida, para aproveitar a falta de tempo da dita estrela. Uns poucos episódios de meia hora cada um e está feito. Imagino que o tempo de filmagem fosse pouco mais que um par de semanas. A base é a mesma: amores e desamores. Têm até alguma ligação entre temporadas, com amigos em comum, etc. Não foi mau pensado. Pareceu-me muito bem executado. Talvez fosse caro para o retorno que teve.

Percebo o cancelamento. Tenho pena que tenha acontecido. Via-se bastante bem.