sem spoilers, prometo

Há seis anos atrás...
Lembro-me perfeitamente de ter começado a ver Lost. Lembro-me onde estava. Lembro-me com quem estava. Lembro-me como segui a primeira temporada na TV. Foi a última vez que fiz isso. Lembro-me de como me senti ao ver o último episódio da primeira temporada. Lembro-me onde estava e se não fosse tão tarde agora, quase que tentava descrever o dia. Não o que aconteceu à volta do episódio. Isso não me lembro. Lembro sim da quantidade de luz que entrava no quarto. Lembro de rever a temporada inteira, de uma ponta à outra. Lembro-me onde o fiz. Sei onde estive sentado maior parte do tempo. Lembro-me do calor que senti.
Há três anos atrás...
Lembro-me de ter pensado que teria uma idade redonda, quando acabasse de ver a série. Lembro-me de a quem o disse primeiro. Sei que é ridículo, mas na altura fez-me confusão. E, se por um lado estava desejoso para saber o final, por outro não tinha assim tanta pressa. Lembro-me de muitas conversas à volta da série, na altura. Com novas e velhas companhias. Muitos se perderam pelo caminho. Lembro-me que muitos deixaram de ver a série, por esta altura.

Está muito longe de ser uma série perfeita. Tem erros atrás de erros. Não é a minha série preferida de sempre. Só que é complicado não sentir algo por uma coisa que acompanhou-me durante seis anos. Especialmente os últimos seis anos. Lembro-me perfeitamente do primeiro dia em que comecei a ver Lost. E tanto aconteceu desde então.