Sunday, September 26, 2021

despachada: Jane the Virgin


Isto tem andado parado em relação a posts sobre séries «despachadas», mas não quer dizer que eu não ande a ver as ditas. Ando é a fazer embaços longos, de quatro séries. Ou melhor, andava a «embaçar» quatro séries, terminando uma delas agora.

A história de Jane Gloriana Villanueva é rocambolesca de princípio ao fim, como qualquer telenovela que se preze. A premissa inicial é que ela, por acidente, engravida sem nunca ter tido sexo. É uma história tão antiga como... Até antes da Bíblia, imagino. Em especial no universo latino-americano, por um qualquer motivo. Algures durante a minha vida vi um filme sobre uma moça latina que também engravidou enquanto virgem. Ao contrário de Jane, essa moça estava a fazer umas coisas marotas com um rapaz, que teve a infelicidade de «disparar» demasiado próximo da «zona de tiro» e dos seus «rapazes» serem excelentes nadadores, mesmo fora da «piscina». Jane teve só azar da sua ginecologista estar a ter um mau dia e confundir as consultas. Straight out of a telenovela.

Depois disso os criadores e escritores fizeram todos os esforços para manter o nível de drama, a acontecer na vida da moça. E conseguiram! Com muito humor, criatividade narrativa e talento no elenco, Jane the Virgin é uma série cheia de chavões, com muita repetição, mas que nos faz sorrir bastantes vezes, para além de conseguir fazer-nos gostar muito de (maior parte) das personagens.

Jane foi um sucesso comercial, durante algum tempo, colocando Gina Rodriguez na berra. Fico curioso para ver se alguns dos actores «secundários», sem quem não teria sido possível tornar esta série tão popular, também vão atingir algum nível de estrelado internacional. Até ver, não está a acontecer. O que é estranho e triste, tudo ao mesmo tempo. Como também deve ser uma novela, aliás.

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