Monday, July 1, 2013
despachada: Dharma & Greg
De rever a série ficam duas sensações que já tinha tido da primeira vez (eu enamorado pela Dharma; não perceber o que ela via no Greg), e uma sensação diferente: o pai do Greg é hilariante. Não sei porquê, mas ri-me mais com ele, desta vez. Achei-o muito mais parte da história e mais mordaz. Pelos vistos eu não dominava o mordaz há 15 anos. Tudo o resto é o que é. A série é divertida e a personagem de Dharma é encantadora. Por muito que tenha dois nomes no título, era Dharma o centro de tudo. Era Dharma que destabilizava as situações «normais». Greg ia atrás e retrocedia em toda a situação que mostrava que era totó.
Mais que procurar algo novo na série que tinha ainda bem presente, acabei por fazer contas à carreira de Chuck Lorre (criador) e o seu brilhantismo. O homem sabe vender uma série de televisão. Sabe apostar nos nichos e nas massas. Começou com uma série para sulistas. Depois veio Cybill, também para mães solteiras, D&G para os yuppies, pais de hippies e, no fundo, para todos os casais com problemas com sogros. E quando se pensava que só fazia séries de «curta duração» (4/5 temporadas), manda-se com Two and a Half Men, que dura há dez anos (qual barata em holocausto nuclear), mesmo sem dois terços do elenco original que dá o nome à série. Com este sucesso, atira ainda para o mercado Big Bang Theory para os nerds e Mike & Molly para os gordos. Duas categorias que perfazem 90% da população americana [números científicos e fidedignos fundamentados em rigorosamente nada]. E qual o ponto em comum a todas as séries: sexo! Aliás, esse é o único ponto em comum para o público de T&HM. Não há mais nada. O sucesso da série baseou-se única e exclusivamente em piadas de cueca. E sim, tal diz tudo da nossa sociedade.
No fundo, Lorre é um génio nesta área, gostando-se ou não do que faz.
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