Wednesday, May 31, 2023

filme do mês: Maio '23

Onze! Onze filmes vistos este mês. Mais um que no mês passado. É a completa loucura. Até fui ao cinema e tudo! Se bem que ajudou ter três feriados. Deu mais tempo para ver TV.

Brincadeiras à parte, até vi coisas engraçadas. Claro que delirei com o GotG Vol. 3, para além de ter gostado de Renfield, Beautiful Disaster (pelos motivos errados, atenção), Prom Pact ou Paint. Destaque maior vai para a nobre tentativa de fazer algo fixe e um bocadinho fora da caixa: Dungeons & Dragons: Honor Among Thieves. Pena que não deva continuar.

Monday, May 29, 2023

despachada: Succession


É muito estranho este fenómeno de odiarmos personagens, mas mesmo assim estarmos fascinados com o que lhes acontece. Pior, no caso dos Roy, não queremos que lhes aconteça nada de mal. Sim, é parvo. Porque estas pessoas/personagens são horríveis. São riquinhos, com a mania que são melhores que os outros e que merecem tudo, só porque existem. São adultos birrentos, capazes de fazer muito mal a quem esteja à volta. Só porque podem. Porque estão chateados. Porque o paizinho não deu-lhes atenção.

E depois lembramo-nos desta última parte. Logan Roy é execrável. É uma pessoa ruim e um pai ainda pior. É maldoso, maquiavélico, sádico, interesseiro e egocêntrico ao mais alto nível. Tem prazer em meter os filhos uns contra os outros. Quer que eles não sejam fracos, mas passa o tempo todo a boicotá-los, só para que não o suplantem. Com um pai destes acabamos por ter pena dos filhos, por muito que sejam fruto da mesma árvore. Por muito que sejam idiotas e passem o tempo a tentar ser como o paizinho. No final ganha o Logan e nós, tolos espectadores, temos pena das crianças. Apesar de terem mais de 30 e tal anos.

Succession é uma história da sucessão dum gajo rico e velhaco, que subiu a pulso, com mérito e demasiada sacanice também. Veio do nada e tornou-se uma referência no mundo dos negócios. Fez dinheiro à custa dos outros, das suas inseguranças e facetas menos inteligentes. A questão é que o velho não quer sucedido. Aos olhos dele é o maior e não há ninguém igual. Mesmo na família. Mais que não seja, enquanto ainda «tem força na verga», porque carga d'água haveria ele de «abdicar do trono»?

A série bate em todas as teclas que mexem connosco. É actual e tem demasiado do mundo real, para fazer-nos associar a este mundo fictício. Tem intriga até não conseguirmos perceber o que se passa em demasiadas cenas. E tem um elenco muito, mas muito forte. Os irmãos têm uma empatia enorme, como se os próprios actores tivessem passado pela mesma infância abusiva. E os mitras ao redor... Os sanguessugas, os lambe c#s, os que aceitam qualquer abuso em troca da mais pequena esmola, as vítimas... Tudo muito bem sacado e do melhor nível de entretenimento.

Quando comecei a escrever o post estava com a convicção de que Succession era mais uma série da HBO que ficaria para a história. Ao nível de Six Feet Under, Sopranos e umas quantas outras. Entretanto escrevi sobre como tem muito do mundo real (o canal televisivo é a Fox News, sem tirar nem pôr), e temo que possa ser algo datada no futuro. Logo, o que recomendo é ver a série agora. Acabou há pouco tempo e não é assim tão longa. Vê-se bem e num instante. Vamos lá.

Sunday, May 28, 2023

despachada: Doom Patrol


Não acabei de ver Doom Patrol. Achei tão mau que nem consegui ver a última temporada. Faço o post só para poder ventilar um pouco a frustração, mas nem aqui quero alongar-me muito.

Meteram os mais famosos (entenda-se, mais caros) só a fazer vozes. Espertos. Assim sempre dá para rechear o elenco de talento a um preço mais em conta. Para onde foram essas poupanças? Não foi para os argumentistas, de certeza. Talvez para a compra de narcóticos para os argumentistas e outros. Porque só sob o efeito de coisas pesadas é que se escreve as coisas inanarráveis que tive de aturar.

Ao início a história era igual à dos X-Men. Como muitas destas histórias, de grupos de miúdos com poderes, acaba por ser. Doom Patrol até tinha um Xavier interpretado por um Bond. Depois descambou, numa tentativa de ser zany/profundo, mas foi apenas uma m€rd@. Tentei começar a ver o primeiro episódio da última temporada, mas era o clichê batido de futuro pós-apocalíptico. Algo aconteceu porque fizeram trampa no passado. Sim sim, esta equipa de quadragésimas opções, cópias de cópias de cópias doutros personagens, é super importante neste universo. Está-se mesmo a ver.

Claro que tudo o que possa acontecer é irrelevante. Seja em que tempo, em que episódio, feito pelos vilões ou pelos heróis. Têm uma máquina de viajar no tempo, logo tudo o que fizeram ou façam não interessa para nada. Assim, pode ser tudo super estranho, porque há sempre esta «borracha» para apagar.

Irrita-me ter perdido tanto tempo com Doom Patrol. Irrita-me muito.

despachada: Wrecked


Coitaditos. Pensavam que iam continuar as féri... A série! Que iam acabar a série.

Não foi um mau spoof do Lost. Tem dois ou três actores com talento. E teve algumas coisas bem engraçadas. Para onde ia? Não faço ideia. Acho que eles também não tinham grandes narrativas ainda por contar. Foi giro e teve o seu desenvolvimento. Deviam ter caminhado para o fim na terceira temporada, diria. Claro que daria sempre para contar mais uma parvoíce, mas há limites para o que os actores cómicos conseguem vender. Às tantas entram em modo automático, fazem umas caretas populares, dizem o que o público gosta de ouvir e acabou. Não há novidades para ninguém. E nós não queremos ver isso, Hollywood. É vital que saibam sair de cena antes do declínio. Sei que é difícil, mas olhem para o que a Netflix está a fazer, evitem fazer séries a metro, baseadas em algoritmos de supostas preferências, e entrem em acordo com os criadores na duração da série. Seja uma, duas, quatro ou sete temporadas, de x episódios cada. Quando estiver para acabar, não interessa o sucesso que tenha, é acabar com a coisa.

Não há muito que inventar. Qual a dúvida? Parece-me super fácil.