Sunday, July 29, 2012

despachada: How to Make it in America


Fui importunado de forma veemente para ver esta série. Nada que já não estivesse no plano, mas havia pressas, pelos vistos. Como me foi vendido - como aliás foi vendido a toda a gente - é que seria um Entourage, versão NY. Com tudo o que isso implica. Com pinta sempre (em comum), mas mais inteligente, mais «simples», com mais trabalho (diferente). O enredo focar-se-ia não tanto na parte de sucesso da vida dos jovens, mas mais na caminhada para esse sucesso. O empreendedorismo, o suor, a luta... Balelas! Falamos dum conjunto de meninos pintas que farão tudo para ter sucesso, sendo essa a parte importante. O sucesso, não a caminhada. A ideia é ter fama e fortuna. Mais fama, vá. A ideia é ser conhecido ao entrar em festas. A ideia é ser convidado para todas as festas. A ideia é que te imitem. E assim que o fizerem, passas a fazer outra coisa. Lembra algum movimento/estilo criado recentemente? Não há paciência.

As minhas críticas (aqui negativas, entenda-se) não se ficam pela «mensagem»/história. Gosto muito deste elenco. Não vejo o Guzman como durão kingpin de bonecas Barbie, mas acedo que apareça. É bom actor e a sua personalidade adequa-se em vários momentos. Bryan Greenberg é alguém que já vi brilhar noutras coisas. Aqui parece que está sempre com a mesma cara de parvo. A Lake Bell passou a irritar-me, a partir de certa altura. O gajo do American Pie não fez nada de novo. A única que gostei de ver foi a Gina Gershon, mas mais porque acho-a atraente e aqui estava um mulherão. Talvez tenham sido os personagens e toda a sua pomposidade típica de elitismo nova-iorquino, mas deste grupo bastante talentoso não se tira nada em duas temporadas.

Então se isto é apenas uma versão do Entourage, porque gosto duma e não da outra. Porque enquanto na versão californiana eles são americanos parvos de propósito e estão-se a c@g@r, a versão nova-iorquina de americanos parvos acha-se genuinamente superior. E isso é só estúpido.

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