Monday, January 17, 2022
despachada: PEN15
Esta série surpreendeu em vários sentidos.
OK. Foi uma boa maneira de começar o texto. É uma frase que cativa a atenção. O resto não vai estar à altura. Estará num nível baixo, como é hábito. Hey, não quero que ninguém saia daqui enganado(a). Só isso.
PEN15 foi uma daquelas séries que vi em todo o lado. Todo o lado online por onde «ando», pelo menos. A malta que sigo terá empolgado a coisa. Parecia ser a última Coca-Cola no sítio com areia. Conhecia uma das criadoras doutras paragens. Poderá ser alguém em ascenção, mas o tempo logo o dirá/provará. A série é algo no género de Big Mouth. Ambas terão sucesso pois falam das agruras duma idade específica que, pelos vistos, fala muito aos Americanos de certas gerações. É a idade em que nem é carne, nem é peixe. Começas a deixar de ser criança, para ser adolescente, mas ainda não estás lá. Pre-teen. Middle school. Nós não temos estes conceitos. O pré-adolescente talvez, mas mais como uma referência do que aí vem, na verdade. Uma espécie de «winter is coming» para pais.
Falo eu do alto do meu pedestal, que tenho tanta experiência e conhecimento disto, como de plantar batatas ou escultura no séc. IX.
Porque digo então que a série surpreendeu? Primeiro porque foi louvada por muita gente. Porque elevou a narrativa dum período traumático (para alguns) para série «real» e não de animação, como Big Mouth. Com todos os riscos que isso implica. Eram duas adultas no meio de miúdos, a agir como eles, de igual para igual. É óbvio que usaram duplos adultos para as cenas mais sexuais, mas mesmo assim foi arriscado. Porque parecia destinada a ter alguma duração e deixar um marco. E porque, no final, foi cancelada/terminada após apenas duas temporadas.
Não tenho informação suficiente porque acabou. É possível que tenha a ver com a pandemia. A segunda temporada foi interrompida e demorou bastante tempo a retomar, como muitas outras séries. Poderá ter complicado as coisas. Ou então alguém achou que, efectivamente, era demasiado ter duas adultas a agir como adolescentes. Embora, convenhamos, o que não falta por aí são adultos/crianças.
Por fim, a mim supreendeu-me pois esperava uma série mais comédia tonta, e acabou por ser para pensar e lidar com traumas. Não foi uma má surpresa. Acabei por achar «piada» à série. Mas começa a ser difícil encontrar algo bom, que seja só mesmo para rir e não me obrigue a analizar os meus traumas enquanto criança, adulto ou apenas ser humano. Quero tempo descontraído no sofá e não de psico-análise. É pedir muito?
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