Tuesday, December 31, 2013

filme do mês: Dezembro '13



Dividido com CBGB até ao fim, mas Don Jon acaba por ganhar o título do mês.

despachada: King of the Hill


Ao longo dos anos vi muitos episódios soltos na TV, sempre fora de ordem. Era uma série que achava piada mas não conseguia deslumbrar. Preferi sempre a outra série de Mike Judge. A dos dois palermas, da qual esta saiu. A original, no fundo, já que houve ainda outra série a sair de lá.

Não esperava ter gostado tanto de King of the Hill. Até o genérico. Quando faço embaços de séries grandes, a partir de certa altura avanço o genérico, por estar farto. Neste caso fazia questão de o ver/ouvir. Ainda para mais na esperança de ouvir a versão mais longa, com direito a berros e tudo.

King of the Hill surpreendeu-me muito pela positiva. Em boa verdade, ajudou ter sido daquelas que foi uma óptima companhia em períodos mais conturbados. Cheguei mesmo a ficar completamente embrenhado, ao ponto de nem perceber que era uma mulher a fazer a voz do filho, ou mesmo a entender perfeitamente o que o Boomhauer dizia. Dantes não percebia mais que duas ou três palavras. E se o que diz tem piada...

Vou ter saudades dos sulistas, do vendedor de propane and propane accessories, da melhor professora substituta vários anos seguidos, do não desenvolver da relação entre pai e filho, das fixações e das paranóias, e de ter pena do Bill... talvez por me identificar demasiado.

Boa série.

Yup.

Saturday, December 7, 2013

despachada: Eastbound & Down


Parece que acabou. Consta que sim. Ameaçou morrer por cancelamento o ano passado, mas lá conseguiram aguentar mais uma temporada, para ao menos acabar com a história. E ainda bem. Dá pena tanta série que não se deixa terminar.

Eastbound & Down não é para toda a gente. Nem de perto, nem de longe. Se há anti-herói protagonista, este é o exemplo máximo. Toda a série é feita para incomodar, para odiar. Parvo demais em demasiadas ocasiões. Irritante por ver alguém ter sucesso, quando claramente não o merece. Se bem que havia momentos de redenção, embora não compensasse o idiota que era maior parte do tempo.

Posto isto, eu gostei de Eastbound & Down, com todos os seus defeitos e problemas. Cresceu com o tempo e eu com ela. Nenhum de nós bem, mas seguramente mais parvos no final, como se pretendia.

Saturday, November 30, 2013

filme do mês: Novembro '13



Thor: The Dark World

Os meses em que há um da Marvel são um pouco injustos para os restantes filmes.

Saturday, October 19, 2013

despachada: The IT Crowd


Há quem não goste que fale em absolutos, em exageros. Compreendo. Por norma é pelo negativo. E isso é difícil de perceber, de pôr em contexto. É abrasivo dizer que se odeia alguma coisa, mesmo que seja algo universalmente visto como mau. Espero que não se sinta tanto pelo positivo. Sinceramente, mesmo que se sinta... mesmo que se sinta mais... temos pena!

Eu AMO esta série.

IT Crowd é das coisas mais geniais a sair da cabeça de gente que faz séries. De todo o mundo. De sempre. Para todos que adoram o Big Bang Theory, porque «ah e tal, nerds agora têm piada» (e atenção que eu também gosto da série), o IT Crowd é o que o Big Bang Theory queria ser.

Porque termina então algo tão genial, e como é que não comecei o post injuriando quem decidiu que terminasse? A série acaba por ser vítima do seu próprio sucesso. Os dois actores principais têm carreiras maiores que uma série apenas. A actriz terá outros planos, que para já passaram pelos pessoais. E os criadores... bem, se esta série não lhes abre as portas do mundo, não sei que abrirá. Todos juntaram-se uma última vez para fazer um especial, para fechar tudo. Muito ao modo britânico. Confesso que respeito esta forma de fazer as coisas. Sair em grande, mas sair em vez de arrastar a coisa. Tanto por vontade como também por respeito aos fãs.

É curioso como vim a saber da sua existência. Li num comentário aleatório dum criador duma tira de BD online. Nem é duma tira que continue a seguir. Nem é sequer duma tira que gostasse especiamente. E eu não sou nada de ler comentários/posts de criadores. Aconteceu. Ele pôs-se a falar das séries que andava a ver. Chamou-me a atenção que gostasse de Stargate (outras das minhas coisas preferidas no mundo). Falou em IT Crowd desculpando-se, dizendo que teve que sacar ilegalmente porque não tinha outra forma de ver a série. Tinha sido recomendada por um leitor britânico.

Nunca pensei gostar tanto duma série que vim a descobrir de forma tão aleatória. Torna tudo muito mais especial... e triste também... Há algo em mim que deixou de funcionar com o final de IT Crowd.

Have you tried turning it off and on again?

Friday, October 18, 2013

despachada: Love Bites



Não consegui arranjar uma imagem com o elenco todo. Faz algum sentido, dado a forma como a série era feita. Arranjei esta coisa publicitária, com uma das actrizes da série. Confesso que ando completamente obcecado por esta mulher. (A Robin que me perdoe, mas odeio o Barney.)

Love Bites é um conjunto de histórias românticas soltas, coladas entre elas por uns poucos personagens. Alguns a aparecer mais que outros. Alguns a interagirem uns com os outros. Outros nem por isso. Um conjunto simpático de actores e actrizes (daquele saco que o canal tem, de onde vai mandando actores para aqui e ali, para compor ramalhetes) faz uma série simpática também, mas sem grande identidade própria. Porque isto podia ser tudo. Podiam ser ideias de encher temporadas de outras séries. Ou podia ser um filme à Love Actually. Não é que as histórias não sejam boas. Com este tipo de actores, é muito fácil gostar delas (daí o canal tê-los sempre disponíveis). Só que não conseguem valer por si. Precisam de drama. É estúpido, mas o espectador não quer ver sempre histórias que correm bem, que são bonitas e românticas. Querem sangue.

Tenho pena. Está a incomodar-me esta mulher incrível não ter um trabalho regular. Acima de tudo, incomoda-me o pouco que invade a minha casa.

Monday, October 7, 2013

despachada: Futurama


Adiei o máximo que pude fazer este post. Uma coisa é falar duma parvoíce criada por gente sem talento (produtores e canais de TV, entenda-se) que durou meia dúzia de episódios e que será sempre considerado uma trampa, por toda a gente no mundo... mesmo os envolvidos no processo. Ou então mandar vir com o mundo por terem cancelado demasiado cedo uma série com tremendo potencial. E sim, é fácil falar em «tremendos». Porque deixando de existir é fácil imaginar algo grande.

Dizer adeus a um universo que gosto por uma segunda vez... é difícil. Ainda para mais quando não posso criticar a decisão de acabar. À segunda volta foi notório o decréscimo de qualidade de Futurama. Teve os seus momentos, claro que teve. Só que não era a mesma coisa. Muito do pessoal que fez da primeira volta genial já não estaria na equipa de guionistas desta vez. Faz sentido. É gente talentosa. Tinham que seguir o seu rumo. Não poderiam ficar disponíveis para sempre. Assim, acabou por cair-nos ao colo uma série que deu um salto evolutivo demasiado grande, muito pouco natural. Passou a gozar com uma data de coisas que não faziam sentido da primeira vez. Coisas que foram aparecendo no mundo, enquanto a série dormia. Esta falta de naturalidade dos processos criou barreiras. Não deu para apreciar tão bem.

Estes novos episódios não envergonham ninguém, atenção. Foi com gosto que voltei a ver estes personagens. E será com gosto que voltarei a vê-los, ou a revê-los.

Estou só a dizer que... Sei lá, não é a mesma coisa.

Saturday, September 28, 2013

despachada: Quem Sai Aos Seus


AKA: Family Ties

AKA: After-School Special de 7 Temporadas
AKA: We Love Clip Shows

Vi um pouco da série há uns anos atrás. Algo como dez, talvez. Não sei precisar. Achei um piadão. Mesmo alguns anos depois de ter visto pela primeira vez, continuava a ter piada. Pensei eu: «Ora cá está uma série que sobrevive ao teste do tempo.», mesmo antes de saber que essa expressão não faz sentido em português.

Vejo finalmente tudo desta famosa série que chegou cá uns anos depois de estrear nos EUA, como era hábito na altura. E não é que não tem assim tanta piada. Ou melhor, piada até tem. Só que há coisas que surpreenderam, desta vez.
- A música. Algo que faz parte da minha cultura televisiva. Não que soubesse a letra (embora saiba) ou a cantasse todos os dias (nunca terá acontecido), mas não fazia ideia que era tão má. Para quem não se lembra, a música é a duas vozes e a feminina é das mais horríveis que já ouvi. Não é de ser dos anos 80. É mesmo porque é uma péssima voz, irritante e estridente.,, como aliás são maior parte dos sons dos anos 80.
- Todos os episódios têm um qualquer moral para ensinar ao espectador. Todas as teclas são batidas. Desde abuso de drogas ou álcool, fugir de casa, gravidez na adolescência, perda de virgindade (que é tratada como um drama tremendo para a Mallory, mas no caso do Alex ninguém pestanejou quando passou a noite no quarto duma universitária aos 16 anos), andar com pessoas mais velhas, andar com pessoas mais novas, ser adoptado... Tudo. Todos os episódios são after-school specials. Tudo é duma moral elevadíssima. Claro que maior parte dos problemas não eram dos personagens principais. Nada disso. A família Keaton é a família mais perfeita de sempre. Não. Quem tinha mesmo problemas era qualquer pessoa que entrasse naquela casa, seja família, amigos ou recém desconhecidos. Entrar naquela casa era preparar-se para ter a vida virada do avesso. Não sei como é que alguém se dava com esta família. O que me leva ao ponto seguinte.
- Total desprezo por continuidade. O Alex teve três ou quatro melhores amigos. Mas melhores amigos de sempre. Havia o Skippy, sim, mas esse só era o melhor amigo quando dava jeito. Houve um melhor amigo de sempre que foi visto num episódio: no que morreu. Outro mais melhor amigo de sempre casou-se e só voltou a aparecer num outro episódio mais à frente... num papel diferente. E depois havia um espectacular melhor amigo que o tinha acompanhado em tudo na vida... embora só o tenhamos visto uma vez em cerca de 150 episódios. Este é o melhor exemplo porque o Alex era o personagem principal. Havia outros.
- E depois há os clip shows. Deram tantos. Acho que chegou a haver três numa temporada, alguns de dois episódios! (Nota: Um clip show é um episódio para encher uma temporada, em que dão partes de episódios anteriores.)
- Desta vez gostei do Nick. Não sei o que isto diz de mim. Odiava o Nick. Agora achei-lhe piada. :\

Family Ties teve muita qualidade para o tempo em que deu. Ainda tem, só que hoje passava no Disney e teria a Hanna Montana a fazer de Mallory. Não me arrependo, mas teria sido melhor deixar esta no passado.

Monday, September 2, 2013

filme do mês: Agosto '13



Django Unchained

O mês até começou muito bem, com algumas coisas giras. Ali a meio descambou e quase nada se aproveita.

Wednesday, August 28, 2013

despachada: 1600 Penn

 
1600 Penn é uma maneira ligeira de abordar a família mais poderosa do mundo. O presidente usa recursos de presidente para lidar com problemas de família. Está casado pela segunda vez e isso pareceu não ter incomodado o povo americano durante as eleições. O filho mais velho é um desorientado. A filha mais velha está grávida... mas não casada, o que também não parece incomodar o povo americano. A filha mais nova é lésbica. Faz sentido que não incomode o povo americano pois pouca gente sabe ainda. O mais novo é só um puto génio. Será o menos incómodo para o povo americano.

No fundo, é só uma grande ficção. Até bastante engraçada, mas ficção mesmo assim.

Tuesday, August 27, 2013

despachada: The New Normal



The New Normal não tem piada nenhuma. Tenta ser moralista e passa apenas por pretensioso. Os personagens são maus de mais, para lá de irritantes. Em especial... Não, não há nenhum em especial. São todos irritantes. O pior é que havia um personagem que até era giro, a avó interpretada por Ellen Barkin. Era mau feitio, malcriada, racista, mal encarada, desbocada e tudo mais. Chamava nomes a todos com bastante classe. Não descansaram até estragar até a única coisa positiva. Mudaram-lhe o feitio. Arranjou um amigo colorido e passou a ser tolerante com o casal homossexual que adopta a neta e bisneta, em troca de poderem usar o útero da neta (bem maior de idade, entenda-se). Pagam-lhe para ser barriga de aluguer, tratam-na como família... bla bla bla.

Tenta ser um Modern Family sério. É só uma péssima ideia que foi cancelada 22 episódios tarde demais.

Sunday, August 18, 2013

despachada: Partners


No meio dum David Krumholtz muito pouco interessante e de mais um gay extravagante (ou isto não fosse dos criadores de Will & Grace), encontramos Partners. É uma história sobre dois amigos de longa data que são também parceiros num ateliê de arquitectura. O primeiro tem uma relação a começar a tornar-se séria com Sophia Bush. O outro tem uma relação série com um dos Super-homens. Não há mais que isto. No entanto, admito que em meia dúzia de episódios houve alguns momentos em que ri-me bastante.

Momentos já não fazem uma temporada. Os tempos mudam.

Teve ainda uma data de piadas de Super-homem ao Super-homem em questão. Pena que não seja esse o público deste tipo de séries. Tirando a minha pessoa, claro. Mas eu vejo tudo. Não conta.

A acrescentar a isto, não tendo rigorosamente nada a ver, apercebo-me que a Sophia Bush dava uma Katchoo incrível... para além das mulher dos meus filhos. O prémio aqui vai para quem perceber a referência... e para quem conseguir drogá-la ao ponto de andar comigo.

Hey, se é realista o Krumholtz safar-se...

Wednesday, August 14, 2013

despachada: The Goodwin Games


Junta-se The Goodwin Games à lista de séries que poderiam ter durado mais algum tempo. Não que os primeiros sete episódios fossem hilariantes. Trazia algo de diferente para cima da mesa.

Beau Bridges morre e deixa aos três filhos uma grande herança monetária, mas apenas ao vencedor do jogo que cria. O jogo consiste numa data de desafios que vão sendo revelados em cada episódio. Um dos primeiros é obrigar os três rebentos a voltar à terriola onde cresceram. O mais velho é um cirurgião de renome. A do meio tenta ser actriz, sem grande sucesso. O terceiro é um ladrão muito pouco sucedido.

Lá está. Era diferente do resto que anda por aí. E tinha a Quinn, do HIMYM. Via, na boa, umas três temporadas disto. Depois os jogos iam ser ignorados e a série caía numa espiral de coisas já demasiado vistas. Até lá, estaria entretido.

Friday, August 9, 2013

despachada: Family Tools


Um taranta que tenta fazer tudo e mais alguma coisa para ter a aprovação do pai volta a casa para herdar o negócio de família. O pai, contrariado, tem que o fazer, pela sua saúde. É certo que tem ataques cardíacos com demasiada frequência, mas é mais porque senão a irmã mata-o. Com o negócio, o taranta herda um funcionário porreiro, mas pouco dado a trabalhar. E uma irmã do tal funcionário, dona da loja de ferragens onde o taranta compra todo o material. A dita irmã ainda por cima faz-se a ele. Sim, é um problema, apesar dela ser gira que se farta. Há ainda um primo muito estranho, mas isso é só para efeito cómico reles. Está lá atrás a decorar, para todos os efeitos.

Embora fosse uma série simpática, percebe-se bem por que Family Tools apenas durou dez episódios. A grande pena aqui é deixar de ver mais da irmã do outro.

Grande, grande pena.

Saturday, August 3, 2013

despachada: How to Live with Your Parents (For the Rest of Your Life)


Sarah Chalke é ela mesma, só que agora já não tanto médica, nem a rebentar com o coração do pobre Ted. É um pouco mais fofinha e desorientada, ou não fosse uma pessoa adulta, com uma criança, a voltar para casa dos pais. Parece que não ajudou casar-se com um rapaz simpático, mas também muito desorientado. O divórcio acontece logo no início da série... e agora que páro para pensar em tudo, não é algo que faça muito sentido. Ela dá-se muito bem com o ex, sendo que o rapaz até faz muito parte da vida dela. E há ainda um processo de crescimento, enquanto adulto. Se a série não tivesse sido cancelada, aposto que eventualmente enrolavam-se outra vez. Em que categoria entra HtLWYP, se devia ou não ter sido cancelada? Algures ali no meio.

Wednesday, July 31, 2013

filme do mês: Julho '13



Pacific Rim

Um bem haja aos filmes de Verão.

Tuesday, July 2, 2013

despachada: Boy Meets World


Mais uma série de adolescência. Ainda por cima tem o irmão do protagonista do Wonder Years. Protagonista esse que até chega a entrar aqui, a representar e a realizar. Não vi tudo, na altura. Apesar de tudo, em certo ponto fiquei demasiado crescido para o conteúdo. Agora suponho que estaria a precisar dum pouco de relembrar tempos mais simples e simpáticos. Boy Meets World era um grande after school special, repleto de lições de moral e conduta. Tinha péssimos genéricos. Miseráveis, mesmo. E batia sempre nas mesmas teclas. Mas é um clássico da minha (nossa) juventude. E terá ajudado a moldar algumas mentes. Sei que agora apanhei aqui uma ou duas lições que ter-me-iam dado jeito ter ouvido melhor. A parte ainda mais gira é que estava a meio de rever a série, quando li uma notícia que vão fazer um spin-off. Agora, Topanga e Corey são os pais, tendo que lidar com uma criança deles. Não conto ver esta nova série, mas poderá ser engraçado para os mais novos.

Monday, July 1, 2013

filme do mês: Junho '13

 

Star Trek: Into Darkness

despachada: Dharma & Greg


De rever a série ficam duas sensações que já tinha tido da primeira vez (eu enamorado pela Dharma; não perceber o que ela via no Greg), e uma sensação diferente: o pai do Greg é hilariante. Não sei porquê, mas ri-me mais com ele, desta vez. Achei-o muito mais parte da história e mais mordaz. Pelos vistos eu não dominava o mordaz há 15 anos. Tudo o resto é o que é. A série é divertida e a personagem de Dharma é encantadora. Por muito que tenha dois nomes no título, era Dharma o centro de tudo. Era Dharma que destabilizava as situações «normais». Greg ia atrás e retrocedia em toda a situação que mostrava que era totó.

Mais que procurar algo novo na série que tinha ainda bem presente, acabei por fazer contas à carreira de Chuck Lorre (criador) e o seu brilhantismo. O homem sabe vender uma série de televisão. Sabe apostar nos nichos e nas massas. Começou com uma série para sulistas. Depois veio Cybill, também para mães solteiras, D&G para os yuppies, pais de hippies e, no fundo, para todos os casais com problemas com sogros. E quando se pensava que só fazia séries de «curta duração» (4/5 temporadas), manda-se com Two and a Half Men, que dura há dez anos (qual barata em holocausto nuclear), mesmo sem dois terços do elenco original que dá o nome à série. Com este sucesso, atira ainda para o mercado Big Bang Theory para os nerds e Mike & Molly para os gordos. Duas categorias que perfazem 90% da população americana [números científicos e fidedignos fundamentados em rigorosamente nada]. E qual o ponto em comum a todas as séries: sexo! Aliás, esse é o único ponto em comum para o público de T&HM. Não há mais nada. O sucesso da série baseou-se única e exclusivamente em piadas de cueca. E sim, tal diz tudo da nossa sociedade.

No fundo, Lorre é um génio nesta área, gostando-se ou não do que faz.

despachada: Happy Endings


Ora aqui está um post que não queria fazer.

Descubro hoje que a série foi definitivamente cancelada. Já tinha sido pelo canal onde passava, mas havia esperança que outro canal pegasse neste maravilhoso grupo de cómicos e lhes desse uma casa digna do seu talento. Happy Endings era uma óptima sitcom. Tinha personagens divertidos. Tinha já piada recorrentes. Até gozavam consigo mesmos, de forma às vezes não tão súbtil, sempre genial. O elenco crumping with Black Santa ficará para sempre na minha memória como um momento de TV... bem, não histórico, calma. Divertido. Mesmo muito divertido.

Ainda ontem falava desta situação de ter demasiadas sitcoms boas canceladas, nos últimos tempos. Será que os americanos não sabem fazer as coisas? Depois de algumas décadas a liderarem esta tarefa de entreter milhões através da caixinha mágica, porquê esta péssima gestão dos seus activos? Primeiros achou-se que o género estava morto. Depois surgem três ou quatro mega-sucessos, o género é revitalizado e, afinal, até dá dinheiro. Segue-se uma inundação de sitcoms nos últimos anos, com consequentes cancelamentos de algumas coisas boas, porque não há público para tudo, ou porque não é possível divulgar todos de forma condigna. Tenho pena que assim seja. Culpo os americanos, claro. Culpa minha não pode ser. Eu ao menos tento ver e falar tudo, mas de pouco vale a minha opinião. Depois admiram-se.

Ide obter as três únicas temporadas e vejam-nas todas com alegria. Acho que farei o mesmo, outra vez.

Sunday, June 16, 2013

despachada: Guys with Kids


Não fosse Jimmy Fallon ter criado a série e isto nunca teria visto a luz do dia. Por muito que tenha um típico gajo com muita piada, uma filha do Cosby, um caramelo que fez qualquer coisa quando miúdo, um outro caramelo que fez exactamente este papel num filme que não deveria ter tido tanto êxito, uma moça que é mal empregue aqui, e uma outra moça que faz muito por mim mesmo sendo péssima actriz (o Turtle é um idiota), esta série não tem ponta por onde se lhe pegue. Basta dizer que é filmada ao vivo com público. E o Fallon anuncia isso no início dos episódios... para além de cantar o genérico.

Nada poderia, nem deveria, salvar Guys with Kids do cancelamento. Em boa verdade, GwK sobreviveu demasiado tempo.

Sunday, June 9, 2013

despachada: Up All Night



Up All Night é sobre um casal que muito gostava de celebrar a vida, só que agora tem uma filha e as noites sem dormir acabam por ser outras. Não que os impeça de fazer noitadas à mesma, mas não é a mesma coisa. No início a série provou ser uma desilusão. Esperava algo mais hilariante. Lá para o meio começou a empatia com os personagens. O casal é fixe e as suas inseguranças divertiram-me. A melhor amiga destrambulhada tinha piada. Pouco mais havia para além disso, ou não trocassem uma assistente tímida, se bem que psicótica, pelo irmão desorientado e simpático, duma temporada para a outra. Aparece ainda Sean Hayes na segunda a fazer de... Bem, Sean Hayes. As diferenças não se ficaram por aí. Na primeira temporada Arnett era o pai que larga o emprego para ficar em casa. Na segunda Applegate perde o emprego. Pouca evolução trouxeram estas mudanças. Faltava alguma coisa, por muito que alguns momentos tivessem piada, em especial a animosidade com os vizinhos totós. E Arnett e Applegate são muito bons. Não bastou e, como qualquer noitade que se preze, pouca coisa restará na memória.

despachada: Go On


Matthew Perry está amaldiçoado. Será esta a justificação para todos os anos ter uma série nova sempre cancelada? É possível. Muitos há e houve, como ele. Apenas alguns se safam da maldição. Perry é um caso especial, no entanto. Porque depois de ser um sucesso enorme de televisão - na parceria dos seus cinco amigos -, Perry atravessa agora este limbo, teimando em não conseguir manter-se no panteão das estrelas televisivas. Estrela já é. Consagração é que não é muito com ele. Em Go On, o actor estava novamente bem rodeado. Não que estivesse mal rodeado nas outras tentativas, mas aqui tinha consigo um misto de actores conhecidos (alguns até já tiveram as suas próprias séries de sucesso) e/ou gente com talento para poder safar-se no registo da série. Go On é sobre um grupo de apoio a pessoas que lidam com a perda, sendo Perry o rei deles... mais ou menos. Falamos de gente tonta, fazendo as suas tontices em conjunto. Tudo gente com bastante piada e muita química entre eles. Mesmo os personagens mais bi-dimensionais ou representado por actores menos conhecidos estavam a começar a revelar-se de forma agradável, mais para o fim da temporada. Talvez tenha sido este o problema. Um conjunto de pessoas com talento custará ainda algum a manter. Seria uma série cara, apesar de simples? O próprio Perry não será barato. Fico com alguma pena de ver Go On ser cancelado. Não era incrível, mas tinha potencial. Acabou por ir pelo mesmo caminho de demasiadas séries cómicas este ano. Houve mesmo muita coisa a desaparecer, mesmo pouco tempo depois de ter aparecido. A aposta no formato mantém-se. Ainda há casos de sucesso, até mesmo recentes. Esperemos que continuem a existir muitas coisas destas, mesmo que seja só por um ano.

despachada: Ben and Kate


A improvisação veio para... não necessariamente ficar. Veio para tentar, vá. O que é certo é que é só mais uma sitcom a ser cancelada, este ano. E era mais uma que usava (não teve tempo para abusar) do improviso. Em bom, entenda-se. As deambulações de Ben eram divertidas e as tiradas esquisitas de Kate também. As do primeiro já lhe eram conhecidas, ou não fizesse parte da trupe dos Broken Lizard. Já a filha do Don Jonhson e da Melanie Griffith foi uma surpresa. Ao início parecia um pãozinho sem sal, mas quando era encostada à parede revelava-se muito engraçada, com frases cuspidas à pressa, num misto de vergonha e genialidade. Feita a análise aos personagens principais, Ben and Kate tinha ainda um par de secundários muito bom. O rapaz não o conhecia de lado nenhum, já a moça que interpretou BJ (óptimo nome para a personagem, já agora) anda agora mais ou menos na berlinda. Ambos têm jeito para os papéis que representaram. No seu todo, Ben and Kate era engraçado e tinha algum conteúdo. Não muito, mas algum. Era o que se pretende que uma sitcom seja. E a série teve óptimas críticas ao início, não perdendo fulgor ao longo da «extensa» temporada de 16 episódios. O não ter funcionado terá apenas a ver com audiências. Já o que se passa com o interesse do público americano é algo que ultrapassa-me.

Friday, May 31, 2013

Sunday, May 26, 2013

despachada: Don't Trust the B---- in Apartment 23


Esta moda de meter celebridades a fazer deles mesmo, em versão tarada e idiota, tem que acabar. Teve piada. Sim, muita. E admito que ver o Dawson a ser um idiota deu-me algum gozo. Mas já chega, não?

Don't Trust the B---- in Apartment 23 teve um ou outro bom momento. Gostei especialmente da b#%$& a tomar conta da revista People, simplesmente entrando numa sala de reuniões e despedindo pessoas que faziam perguntas. No final, quando foi apanhada, ainda gozou com eles por terem demorado tanto tempo a descobrir que não trabalhava lá. De resto, não percebo porque lamentou-se tanto o cancelamento.

Saturday, May 25, 2013

despachada: Rules of Engagement


É verdade. Por incrível que pareça, teve sete temporadas. Sim, sete! Esteve sete anos no ar. E enquanto se cancelou muita coisa boa, este chorrilho de disparates, bocas à secundário e total inexistência de rumo, manteve-se no ar. Não que me queixe. Eu gosto de disparates e de ver adultos a insultarem-se livremente durante longos períodos de tempo. É chato para as outras pessoas que gostam de ver coisas eruditas na caixa localizada em frente ao sofá. A mim fez rir ainda um par de vezes, por muito que amanhã não me recorde sequer da existência desta série.

Resumindo:
Conteúdo = Zero
Gargalhadas = Algumas

Sunday, May 19, 2013

despachada: The Office (US)


Esta custa-me ver «despachada». O que é ridículo, porque comecei a ver a série contrariado. Fui obrigado a isso. Era e sou grande fã do original. E custa-me sempre ver as versões americanas. Porque são sempre demasiado iguais ao original... mas em mau. O que é estranho. Como é que algo igual pode ser pior? O que é certo é que as duas primeiras temporadas da versão americana são más. Porque são iguais à britânica e não trazem nada de novo. Mas a partir da terceira...

A série sobrevive por sorte e por liderar os downloads no iTunes, na altura, segundo os próprios revelam no especial retrospectivo, que sai ao mesmo tempo que o último episódio. E ainda bem que sobreviveu. Terá sobrevivido demasiado tempo. Há ali uma temporada ou outra que podia não existir. Mas no seu geral foi incrível. Tive demasiados momentos de rir-me a bom rir, sozinho ou acompanhado. Ainda agora, quando vejo certas cenas, parto-me a rir. Os personagens realmente desenvolveram bem. A história desenvolveu bem, conseguindo separar-se de vez do original. E dei por mim a torcer por personagens duma série de televisão. Em especial pela Pam e o Jim, claro. São dos melhores, senão o melhor casal duma série de televisão. E é impossível não ficar emocionado e torcer por eles.

Vou ter saudades das tontices. Vou ter saudades duma série que finge ser um documentário sobre uma empresa de papel. Documentário esse que dura nove anos. Eles gozam com isso.

Tuesday, April 30, 2013

Saturday, March 23, 2013

despachada: The PJs


Alguns (eu) consideram que The PJs foi a última coisa decente que Eddie Murphy fez. Desde então e mesmo antes disso, como se sabe, o rapaz andou perdido com uma data de coisas que não interessam. Os primeiros episódios de The PJs continuam muito bons. A partir do momento em que Murphy deixou de dar voz ao personagem principal, a série perdeu-se um bocado. Não deu para ver tudo, que não é fácil de arranjar, mas considero a série despachada na mesma.

despachada: The Ben Stiller Show


The Ben Stiller Show lidera a lista de séries que a Fox devia ter cancelado... nem digo na fase de produção. Antes. Será possível cancelar uma série na fase em que os pais do Ben Stiller estavam a pinocar, há muitos anos atrás?

Eu até gosto de três quartos do elenco. É verdade, eu não odeio o Andy Dick. Só que no meio de 13 episódios de sketches só se conseguir aproveitar a ideia do Cops noutro períodos, tipo época mediaval, é mau demais. Tudo o resto é de deitar fora. No fundo, The Ben Stiller Show era um conjunto de piadinhas de miúdos adolescentes, que não tinham nada para fazer e demasiados recursos para o fazer. Havia um sketch recorrente sobre um cantor romântico que cantava em pig latin. Haja santa paciência.

Saturday, March 16, 2013

despachada: Stark Raving Mad


Antes do Monk ser o Monk e do Barney ser o Barney, ambos eram loucos nesta sitcom. O rapaz à direita também anda a fazer algo com relativo sucesso. Ainda não vi. Já as moças nunca mais fizeram nada com jeito. O que é certo é que o Barney começava a nascer aqui. Mais que não seja, o Dougie Howser passa a usar fatos. Da série lembro-me de alguns momentos de quando vi os episódios soltos na TVI. É curioso. Quando víamos séries naquela altura não havia como confirmar se se seguia a ordem certa, ou sequer se se viam todos os episódios. Tinha visto tudo, afinal.. Pensava apenas ter visto meia dúzia de episódios e afinal despachei a temporada toda na altura. Não deixou de ser agradável de rever.

despachada: Blue Mountain State


Confesso que não tenho 100% de certezas que a série tenha acabado. Espero que não. Durante algum tempo deu-me a dose certa de parvoíce, loucura e m@m@s, para poder aguentar o dia a dia.

despachada: 30 Rock


Quando surgiu 30 Rock fui um dos muitos idiotas que criticou, porque havia uma série «melhor» a estrear ao mesmo tempo, exactamente com a mesma premissa... se bem que um bocadinho mais séria. Mais idiota fui quando a outra foi cancelada e 30 Rock continuou. O que é certo é que sete anos depois ficam umas quantas expressões que acho que vou usar sempre, mesmo que já não saiba de onde vieram. E fica ainda um momento hilariante com Baldwin a filmar algo dentro da ficção.

Esse foi um bom momento.

Wednesday, March 6, 2013

despachada: Chuck


Em tempos tentaram ensinar-me que deve ser-se feliz porque se teve. É mais forte que eu. Fico sempre triste quando algo acaba. No caso, fico triste quando uma boa série termina. Chuck era feito por nerds, para nerds. Tinha o product placement mais descarado que alguma vez vi, mas tinha a ilusão dum geek poder sacar uma miúda lindíssima, de conseguir que a durona se tornasse lamechas. Tinha a loira, a Lisa - The Giftshop Girl, uma outra moça asiática e um chorrilho de outras belas presenças. Tinha um sidekick imparável, tanto em humor como em amizade. Tinha o The Man Called Jayne ao seu melhor nível. Tinha uma data de excelentes referências. E, acima de tudo, tinha o eterno sonho de que um herói não precisa ser um alfa. It was a sweet ride.

Thursday, February 28, 2013

filme do mês: Fevereiro '13



Já vou tarde. Este mês não teve muita coisa. Não fui o único a elegê-lo. Argo f#$% yourself.

Thursday, January 31, 2013

Tuesday, January 22, 2013

Monday, January 7, 2013

despachada: Weeds


Começou por ser uma sátira aos subúrbios e à maneira como vemos certas coisas... sociedade, etc. Eventualmente acabou por tornar-se muito mais. A primeira e segunda temporadas são muito boas. A terceira deixava pouco espaço para crescer. Lembro-me do exacto momento em que vi esse último episódio da terceira e pensei que a quarta seria uma trampa. A quarta temporada acabou por ser das melhores coisas que alguma vez vi em televisão, elevando a série a patamares que nunca poderia imaginar. A partir daí surgiram deambulações do que poderia ser a vida destas pessoas. Como elevar a fasquia. Como suplantar o que estava para trás. Em muitos momentos conseguiram. Confesso que desliguei um pouco na sétima temporada. Não que fosse má. Até seria melhor do que 98% do resto que passava na televisão. Só que não era tão boa como as outras. Talvez tenha tido uma ou duas temporadas a mais. O que é certo é que Weeds é das melhores coisas a alguma vez passar na pequena tela. E lutarei na neve, com vidros colados aos punhos, com quem disser o contrário.

...

Vou sentir saudades do Andy e dos seus constantes discursos meio enlouquecidos, completamente broados, que pareciam não ir a lado nenhum... que tinham mais direcção que maior parte das vidas.

Tuesday, January 1, 2013

top dos filmes do ano de 2012

Este ano, como vi muitos filmes, decidi alargar para um top 10. Segue abaixo esse top dos filmes de 2012:

1. The Avengers
2. The Avengers
3. The Avengers
4. The Avengers
5. The Avengers
6. The Avengers
7. The Avengers
8. The Avengers
9. The Avengers
10. The Avengers


O «ano perfeito».

Em nada que não ver um filme por dia em média, entenda-se. Tirando isso foi só mais um ano atroz. Terminou, por fim. Dele ficam as memórias de óptimos filmes. Uns quantos Woody Allen, todos os Bond, animações aos fins-de-semana de manhã, entre bastantes outros, para além dos desta lista:

Chronicle
Like Crazy
Haywire
21 Jump Street
The Muppets
Project X
Ted
Bacholerette
The Cabin in the Woods

Esqueci-me duma data deles, concerteza. Este foi um primeiro, rápido levantamento. O melhor foi ali o de cima, sem dúvida. Deste ano e de todos os outros. Agora, depois de ver os Avengers em filme e depois de conseguir fazer o pleno, o «ano perfeito», não há muito mais a ambicionar.