Monday, January 11, 2021

despachada: Little Fires Everywhere


Será possível que acabei esta mini-série a odiar todas os personagens principais. Talvez odiasse também as secundárias. Confere que odeio algumas. Necessitaria talvez de saber mais um pouco sobre as restantes, suponho. Acredito que viesse a odiá-las também.

Faço notar que «odiar» toda a gente não é necessariamente mau. Uma boa série provoca emoções fortes. Sejam boas ou más. Mas isto foi um bocado levado ao extremo.

Começamos a mini-série com um incêndio grande. A premissa é a tradicional «quem é o culpado». Voltamos atrás no tempo para o descobrir, sendo levados na história por duas mães, uma delas supostamente «perfeita» e outra menos convencional. Ao longo dos episódios vamos descobrindo que ambas são horríveis e fazem mal aos respectivos filhos, apesar de acharem que tudo do melhor fazem. No fundo, fazem o melhor que conseguem. O que, neste caso, não é assim tanto. Ambas são egoístas e levam os seus interesses ao extremo. São seres humanos, claro. Mesmo há um ou dois momentos em que não há comiseração suficiente no mundo para aceitar determinadas decisões.

Pelo meio os respectivos filhos procuram o apoio da outra mãe, que consideram ser melhor que a que têm. Mais um erro. Até que no final tudo «explode» nesse magnífico espectáculo que é um grande incêndio.

A série é boa, atenção. As interpretações e interações entre as mães e algumas das outras personagens é notável. É só mais um daquelas casos em que, vendo de fora, achamos sempre que faríamos melhor, que somos melhores que o que vemos no ecrã. O que nem sempre é verdade.

No comments: