Thursday, March 18, 2021

despachada: Scrubs


O Star ficou disponível. Com este novo lado do Disney+ veio o Scrubs. É! Não ia rever. Claro!

A série sobreviveria, quase sem ataques, nesta altura tão PC em que vivemos. A sério, hoje em dia tenho suores frios sempre que começo a ver uma série que não seja de anos recentes, à espera daquele comentário ou cena infeliz que provoca arrepios na espinha e noutros espaços corporais.

Com Scrubs estava relativamente sossegado, confesso. Tinha uma impressão de ser uma coisa simpática para toda a gente, genericamente. O que acabou por surpreender foi:
1. O quanto o JD e a Elliott são horríveis. A sério, o JD disse constantemente coisas ofensivas e parvas, tudo porque é inseguro e egoísta. Regra geral sem grandes consequências.
2. Vê-los a acabar juntos, depois de serem tão estúpidos um com o outro, tantas e tantas vezes, foi demasiado frustrante. Até porque há um momento em que JD acaba a relação precisamente porque sente que não será feliz com Elliot. Tudo muda perto do final da série, porque dá jeito ter um «final feliz». Foi algo gratuito.

Mas mesmo com estes «defeitos», Scrubs vê-se muito bem. Na altura cheguei a ler algures que era a série com menos erros médicos, o que surpreende ainda mais por ser uma comécia. É divertida, bem disposta, inteligente, está cheia de personagens secundários geniais e tem um final de 8.ª temporada incrível. É o final de série perfeito. Fez-me chorar da primeira vez e, mesmo desta feita, fiquei emocionado. Não terei sido o único. Depois veio a ganância do canal, que deu-nos a 9.ª temporada. Yeeey! Tivemos que levar com uma dúzia de episódios desinteressantes e uma fornada de interns que não merecia lavar os scrubs de qualquer uma das turmas anteriores.

A 9.ª é a mancha no pano. Recomendarei a qualquer pessoa, que queira ouvir a minha opinião, para ver apenas as oito temporadas. Nunca vai acontecer. Mas se acontecesse, recomendaria a série com todo o fervor, mesmo assim.

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