Saturday, April 16, 2022

despachada: The Walking Dead


Walking Dead, a série original, ainda não acabou. Vi agora o último episódio, do segundo bloco, da última temporada. E estou completamente farto. Esta temporada começou no Verão do ano passado, muito tempo depois de ter sido anunciado que seria a última. Pausou em Outubro, retomando em Fevereiro. Arrastou-se até agora e, quando pensava que terminaria ante deste Verão, como maior parte das séries «normais», anunciaram nova pausa e datas para os últimos episódios, que sairão em Outubro deste ano. Mais dum ano para meterem no ar 24 episódios. Não há paciência! Em situação normal não haveria post. Seria simplesmente mais uma série que não «despachei» totalmente, que ficaria no esquecimento. Só que foram mais de dez anos e preciso dum sítio para explanar a frustração e irritação que esta série provocou em mim.

Como os seus «protagonistas», também Walking Dead, a série, arrastou-se até final, tardando em «morrer». Não foi só o exemplo acima, do prolongar desnecessariamente a última temporada. Creio que não terei sido o único a querer espetar algo pontiagudo na cabeça da série, em mais que um momento. Eu até fui bastante paciente. Os meus amigos, alguns verdadeiros fãs do género, há muito que desistiram. Eu passei por todas as sensações e métodos para ver Dead. A primeira temporada é óptima. Ou foi óptima, pelo menos. As seguintes são fixes, mas cedo percebeu-se que não habia fim à vista, que o objectivo único era espremer até à última gota. Houve temporadas que vi episódio a episódio, à medida que iam saindo. Algumas vi em bocados, guardando alguns episódios para ver mais junto. Houve outras que vi tudo de enfiada, e algumas souberem melhor assim, menos enfadonhas. Outras foi um massacre de cenas repetidas. Houve uma fase em que decidi focar-me mais na série de spin-off (série essa que não «despachei», porque desisti a meio). E às vezes soube mesmo muito bem ver Dead, ou Dead+Fear. Só que... Nunca era perfeito. E se aguentei até tão perto do fim foi por teimosia. As últimas temporadas são más demais. E esta, derradeira, até tem umas coisas fixes, mas que teriam sido tão melhores se têm surgido mais cedo, antes que estivesse tão saturado dos mesmos truques de narrativa de que abusam taaaaaaaaaaaaaaaaanto.

Tome-se como exemplo a imagem acima. Propositamente fui buscar uma da primeira temporada. Quase todos estes personagens estão mortos. Um par deles tem os filhos em cena, nesta fase. O principal «desapareceu», porque não era suposto morrer. O actor não renovou contrato, mas os criadores deixaram a porta aberta para que voltasse, caso mudasse de ideias. (Não mudou, já agora. Esperto.) Os únicos «sobreviventes» são os dois mais atrás na imagem. Se isto não é sinal que Dead está no extremo do recurso, não sei o que seja. São bons personagens, atenção. E eu gosto da ideia que malta secundária suba no ranking. Só que mesmo estes... JÁ NÃO HÁ NADA PARA CONTAR! SÃO DEZ ANOS! DEZ!!

Tenho pena. Porque gosto de zombies. Gosto de histórias de zombies. E esta deveria ter sido A série de zombies. Só que levaram a coisa a um extremo que não há como não odiar tudo, no final. Neste momento, odeio a série. E não quero ver mais um segundo desta ou dos spin-off, ou de que raio possam pensar mais à frente, para continuar a encher os bolsos das mesmas pessoas. Acabou-se. Já não luto mais contra as hordas. Deixo que me mordam, porque não consigo mais.

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