Um filme por dia, em média poderia ser sinal de qualidade cinematográfica, este mês. Mas o facto de que maior parte são «revisionamentos» e que há também outro bloco de filmes «populares», que saíram este mês, que achei muito, mas muito fracos... Não foi um grande mês. Sinal disso também é o facto de que despachei muita série, na procura de melhor conteúdo.
De qualquer modo, os preferidos são Lethal Weapon (toda a quadrilogia, entenda-se), Eternal Sunshine... e Dan in Real Life. Tive ainda experiências agradáveis (outra vez) com Away We Go, Little Miss Sunshine e Roxanne. Vou escolher um filme novo só porque sim. Houve quatro fofinhos de se ver. Dog, Metal Lords, 7 Days e o «filme do mês», Moonshot.
Saturday, April 30, 2022
Friday, April 29, 2022
despachada: Star Wars: Rebels
Bolas. Não é que o Simon Kinberg sempre fez algo de jeito na vida?
É um dos meus «ódios de estimação». Há uma história clássica dos X-Men, a da Phoenix, que o cavalheiro estragou não uma, mas duas vezes. Em ambas conseguiu ter influência directa no fim de sequências de filmes. Dantes só escrevia. Agora anda a realizar filmes que são lançados em Janeiro, o mês em que ninguém lança filmes. Não tenho problemas com malta que está a fazer um trabalho para o qual não tem qualificações. Acontece. Se se conseguem safar, ainda bem para eles. O que chateia é quando começam a lixar coisas de que gosto. Como é o caso de X-Men.
Mas nem tudo o que o rapaz fez foi mau, afinal. Rebels é uma óptima série, uma boa história Star Wars, com personagens muito, mas muito bons. Sabine, Hera, Zeb, Ezra e Kanan, que mesmo sem ter tido treino, já vi por aí dizer que foi dos melhores Jedi de sempre. Para além duma data de secundários, alguns dos quais vão decididamente aparecer nas próximas séries live action de Star Wars, e muitos outros que os fãs querem que apareçam nas próximas séries (estou incluído neste grupo). Rebels acrescentou coisas ao Universo Star Wars, mesmo sem personagens principais dos filmes. Deu destaque a outros e não perdeu mística por causa disso.
É verdade que as séries de animação estão sobre muito menos escrutínio que os filmes. Nas séries podem dar destaque a personagens femininas, por exemplo. Algo que nos filmes foi um problema para algumas «pessoas». Mas estes «críticos» que se lixem. O que Rebels e Clone Wars fizeram, este é o caminho de Star Wars. Como se vê com Mandalorian.
Comecei a ver as séries de animação com uma montanha de episódios à minha frente. Pensei que não ia terminar. Até pensei que ia desistir. Agora só tenho duas temporadas duma série terminada, mais duas séries que estão a decorrer. E sinto que é tão pouco.
Thursday, April 28, 2022
despachada: Detectorists
Detectorists... We're time travellers.
Sim. É uma série sobre detectores de metais. As pessoas, não os equipamentos. Talvez haja palavra em Português para descrever as pessoas. Não a sei. Aliás, essa é a piada principal recorrente da série.
- Are you metal detectors?
- You could say that.
Claro que é muito mais que isso. É sobre a actividade, também. É sobre estes dois caramelos, magistralmente interpretados pelos actores, e as suas vidas, numa pequena povoação. O grupo de «detectores de metal». As respectivas parceiras, que aturam e, maior parte das vezes, incentivam. As descobertas, às vezes. Sobre o tempo dispendido, maior parte delas. O que surpreende mais (ou talvez não) é que a série é, efectivamente, bastante boa. Simples, mas tem momentos deliciosamente cómicos, para além de imensos super ternurentos.
Foi uma óptima descoberta.
Sunday, April 24, 2022
despachada: Anne Boleyn
Parecendo que não, esta coisa de conseguir despachar séries como quem vê um filme, esta porcaria é viciante. Se tenho gerido bem o meu tempo, tinha ido à estação de camionagem fazer broc... Espera! Não não. Não é assim tão viciante. São vícios diferentes, mas sim, dá-me um kick de endorfinas ou serotoninas ou o raio. O cérebro começa a luzir e dá logo vontade de ver outra.
Se bem que não pode ser outra qualquer. Um gajo não pode saltar de «cavalo» para uns comprimidos reles que se encontram no fundo da mochila, que tanto podem ser Hydroticine de há 20 anos, como uma cena que alguém pediu para guardar. Porque é que estou a voltar a esta analogia? Eu nem sou destas m€rd@s!
Anne Boleyn terá sido uma grande personagem. Teve um impacto tremendo na História do país. A série não faz jus. E já agora, entrando na História em si, isto das mulheres do VII... A certa altura tinham de perceber ao que iam, não? A segunda mulher ainda se percebe que tenha alguma sobranceria. Suplantou a original. Não acredita que a «história se repita». Mas quando chegamos à quarta ou à quinta... As últimas não podiam acreditar que seriam mesmo a «última» esposa, certo?
despachada: A Very British Scandal
Esta não foi tão interessante como a anterior. Em ambas temos uma relação tóxica, com um sendo maior agressor. A diferença é que na primeira sempre havia uns idiotas engraçados e uma tentativa parva de homicício, enquanto que a segunda é «apenas» um divórcio. Em ambas há gritantes falhas de isenção no tribunal. O Estado, no alto do seu poder, claro que protege sempre o homem rico.
A série não é desprovida de interesse. Tem ótimas representações, assim como pormenores de história que vão surgindo muito bem. Não têm como efeito chocar, o que faz com que ainda sejam mais chocantes e cativem o espectador. É o formato britânico, que funciona bem. Também são ótimos a lidar com escândalos, como provam as duas mini-séries.
Sim. É ironia.
Saturday, April 23, 2022
despachada: A Very English Scandal
Não sei quanto está a ser óbvio, mas tenho despachado não só algumas séries pequenas, que comecei a ver recentemente, como outras que comecei há bastante mais tempo. Implica que... Bem, implica que tenho demasiado tempo livre, que não há filmes novos decentes para ver, mas também que estou «entre coisas». Ainda vejo uma série de animação Star Wars (porque ando obsecado, mas também porque são boas), assim como umas coisas soltas que dão periodicamente. Mas nada de «embaços» grandes.
Procurava algo curto para começar a ver, porque ainda não sei ao que quero dedicar-me. Corria a lista (bem grande) de mini-séries dentro da HBO Max. Há dois Scandals. Um British e um English. Comecei pela que saiu primeiro. São três episódios cada. É um filme grande, no fundo. Mas a ideia era começar hoje e terminar amanhã ou depois. Ver com calma. Digerir a coisa.
Foram os três episódios de enfiada. Porque Grant continua a ter o seu carisma, mesmo interpretando uma criatura vil. O assunto é interessante, embora termine pessimamente. E quem não gosta dum bom escândalo?
Amanhã lá terei de despachar a outra.
despachada: Último a Sair
Quando, numa série de humor, com humoristas presentes, as duas melhores e mais engraçadas participações são a Luciana Abreu e o Roberto Leal... Sem desprimor nenhum. Alás, o que deve verdadeiramente ser destacado é que foram o melhor da série. Sem dúvida. Mas, lá está, espera-se mais e melhor dos outros, não?
Esta nem é a questão mais premente. É que entre «a Gorda», o Unas a fazer de Africano, a «loira burra» e as demais personagens femininas clichês bidimensionais, e muitos, mas muitos outros assuntos «complicados», esta série é um grande problema só por si. Eu ouvi toda a gente a falar nisto, na altura. Muita gente citou cenas. Algumas apercebi-me. Outras não. A verdade é que não vi então. Sou uma besta elitista. Passa principalmente por isso. A outra «desculpa» (que não preciso, porque estou-me a marimbar) é que não vejo televisão há muito tempo. Vejo imensas séries. Sem dúvida. Mas não vejo com intervalos, publicidade, etc. Vejo bola em directo, na TV. Disso não me safo. Mas a única coisa que sinto falta é o zapping, em boa verdade. Moral da história é que não vi então, seja por que motivo for, e ver agora, estes anos todos depois e com tudo o que tem acontecido...
É complicado achar piada. Achei. Muitas vezes. A série tem muita coisa engraçada, sem dúvida. Mas há tanto momento que...
Friday, April 22, 2022
despachada: Twenty Twelve
Afinaaaaal havia ouuuuutraaaa!
W1A não era série «original», mas sim uma sequela desta Twenty Twelve. São equipas diferentes e até há um par de actores a fazer papéis diferentes, em ambas as séries. Ou seja, é possível ver uma ou outra de forma individual. Mas porque haveria alguém de fazer isso? Há dois personagens principais nas duas, mais uns secundários. A base é a mesma. Equipas a terem reuniões descabidas e problemas, por vezes idiotas, por resolver. Uma data de gente que parece incompetente (e alguns são). Tudo a «arder» e quase «rebentando» no final, surgindo algumas soluções geniais de última hora.
Yes. No. Absolutely.
Tuesday, April 19, 2022
despachada: The Greatest American Hero
Mais uma que andava a ver há algum tempo. Tinha memórias dela, de miúdo. Era um super-herói na TV, numa altura em que pouco disso existia. Claro que vi em miúdo, mesmo que lembrasse-me de pouco. E sim, se não fosse a música no atendedor de chamadas do George, talvez nunca mais tivesse pensado neste Hero, mas a verdade é que essa piadinha «manteve a luz acesa».
Começo por frisar que o gajo do FBI tem de ser da família do Ryan Reynolds. Não têm o mesmo humor, mas têm uma data de tiques faciais em comum, em especial a boca. Ele não manda piadas, praticamente, mas a maneira como reagia às coisas lembrava-me sempre um dos meus Canadianos preferidos. Para além disso, é o que se espera duma série da época, deste género. Muitas desculpas para evitar cenas de acção ou mesmo efeitos complexos. A começar pela perda do manual de instruções do fato, que evitava que o rapaz voasse muito ou bem, ou tivesse total acesso aos seus poderes. Permitia ainda ter a porta aberta para mostrar poderes novos, consoante a necessidade do enredo, num episódio qualquer. Depois havia também muito dos clichês de então. A repetição das histórias, ou de como se desenrolavam. Os personagens secundários que iam adquirindo características ou conhecimentos necessários ao enredo. Pouca continuidade. Mas estava lá a fantasia que, na altura, foi suficiente para deslumbrar miúdos como eu.
Os últimos episódios até tiveram malta que tornou-se famosa. Mas nem isso terá safado a coisa. Tem ar de ter sido cancelada, embora talvez tenham tentado arrematar a coisa com uma última intervenção dos alienígenas. Tentaram ainda um spin-off com uma heroína que, estranhamente, não pegou no mercado Norte-americano. Que surpresa.
Fica a música do genérico. Sempre.
Saturday, April 16, 2022
despachada: Odisseia
OK, quando eu disser, vamos todos gritar bem alto aquilo que achei desta série. Vale? Vou dizer «1, 2 e 3», e gritamos todos «masturbação colectiva». Pode ser? Eu sei, não faz muito sentido um grito conjunto neste formato de blogue, mas é assim tipo só para ter mais impacto. OK? Então vá.
1
2
e...
3!
PIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
Os pis foram das partes com mais piada na série, em boa verdade. Não a única, mas das mais memoráveis. Depois as referências aos filmes conhecidos, o constante quebrar da 4.ª barreira, o «onanismo», os vários exemplos de «auto-felácio», o sexismo, etc., essas partes não curti tanto. Há ainda a questão das personas dos personagens principais. Nogueira alimenta muito este lado, de ser um gajo egoísta, arrogante, vedeta... Artolas, no fundo. Que em Waddington encontra um complemento para as atitutes que tem, ou acabam ambos por ter. Quão verdade é, afinal? Não pode ser tanto, ou não houvesse tanta gente que trabalha com eles. Ou sequer o estatuto que atingiram. Sim, é ficção, mas deparo-me com o mesmo problema que tenho, hoje em dia, com Seinfeld, por exemplo. Ou que tive com Curb Your Enthusiasm e derivados. É suposto estar a torcer pelos personagens principais? Custa.
Que não seja mal interpretado. Odisseia é uma série com muita qualidade, por muito que tenha demasiados momentos em que sinto que estou a olhar para um gato a lamber as próprias partes baixas.
despachada: The Walking Dead
Walking Dead, a série original, ainda não acabou. Vi agora o último episódio, do segundo bloco, da última temporada. E estou completamente farto. Esta temporada começou no Verão do ano passado, muito tempo depois de ter sido anunciado que seria a última. Pausou em Outubro, retomando em Fevereiro. Arrastou-se até agora e, quando pensava que terminaria ante deste Verão, como maior parte das séries «normais», anunciaram nova pausa e datas para os últimos episódios, que sairão em Outubro deste ano. Mais dum ano para meterem no ar 24 episódios. Não há paciência! Em situação normal não haveria post. Seria simplesmente mais uma série que não «despachei» totalmente, que ficaria no esquecimento. Só que foram mais de dez anos e preciso dum sítio para explanar a frustração e irritação que esta série provocou em mim.
Como os seus «protagonistas», também Walking Dead, a série, arrastou-se até final, tardando em «morrer». Não foi só o exemplo acima, do prolongar desnecessariamente a última temporada. Creio que não terei sido o único a querer espetar algo pontiagudo na cabeça da série, em mais que um momento. Eu até fui bastante paciente. Os meus amigos, alguns verdadeiros fãs do género, há muito que desistiram. Eu passei por todas as sensações e métodos para ver Dead. A primeira temporada é óptima. Ou foi óptima, pelo menos. As seguintes são fixes, mas cedo percebeu-se que não habia fim à vista, que o objectivo único era espremer até à última gota. Houve temporadas que vi episódio a episódio, à medida que iam saindo. Algumas vi em bocados, guardando alguns episódios para ver mais junto. Houve outras que vi tudo de enfiada, e algumas souberem melhor assim, menos enfadonhas. Outras foi um massacre de cenas repetidas. Houve uma fase em que decidi focar-me mais na série de spin-off (série essa que não «despachei», porque desisti a meio). E às vezes soube mesmo muito bem ver Dead, ou Dead+Fear. Só que... Nunca era perfeito. E se aguentei até tão perto do fim foi por teimosia. As últimas temporadas são más demais. E esta, derradeira, até tem umas coisas fixes, mas que teriam sido tão melhores se têm surgido mais cedo, antes que estivesse tão saturado dos mesmos truques de narrativa de que abusam taaaaaaaaaaaaaaaaanto.
Tome-se como exemplo a imagem acima. Propositamente fui buscar uma da primeira temporada. Quase todos estes personagens estão mortos. Um par deles tem os filhos em cena, nesta fase. O principal «desapareceu», porque não era suposto morrer. O actor não renovou contrato, mas os criadores deixaram a porta aberta para que voltasse, caso mudasse de ideias. (Não mudou, já agora. Esperto.) Os únicos «sobreviventes» são os dois mais atrás na imagem. Se isto não é sinal que Dead está no extremo do recurso, não sei o que seja. São bons personagens, atenção. E eu gosto da ideia que malta secundária suba no ranking. Só que mesmo estes... JÁ NÃO HÁ NADA PARA CONTAR! SÃO DEZ ANOS! DEZ!!
Tenho pena. Porque gosto de zombies. Gosto de histórias de zombies. E esta deveria ter sido A série de zombies. Só que levaram a coisa a um extremo que não há como não odiar tudo, no final. Neste momento, odeio a série. E não quero ver mais um segundo desta ou dos spin-off, ou de que raio possam pensar mais à frente, para continuar a encher os bolsos das mesmas pessoas. Acabou-se. Já não luto mais contra as hordas. Deixo que me mordam, porque não consigo mais.
Sunday, April 10, 2022
despachada: W1A
Yes. No. Brilliant.
Fazer um drinking game com W1A seria equivalente aos cultos, com os seus pactos suicidas. Porque cada personagem tem as suas próprias falas, que usa múltiplas vezes, ao longo de cada episódio. Assim como todos têm várias em comum. E são ditas a velocidades extremas, durante várias reuniões onde nada acontece, apesar de muito ser dito. Muitas palavras, frases ou expressões, entenda-se. Conteúdo é zero. Esta série é, aliás, um tremendo exemplo sobre a futilidade de muitas reuniões onde toda a gente tem alguma coisa a dizer, mas onde ninguém acrescenta nada ou resolve quaisquer problemas. W1A tem ainda muito daquilo que consideramos ser o clichê britânico, de todos serem cavalheiros ou damas, nunca criticando nada abertamente.
Vi ainda W1A da mesma forma como foi o início do Gato Fedorento. Um conjunto de estagiários do canal, a escrever e produzir uma série, estando no local e usando os recursos disponíveis. Claro que W1A tem um orçamento bastante superior e um elenco digno desse valor. Todos são incríveis na maneira como lidam com as crises que vão surgindo na BBC. E há ainda uma data de parvoíces na série que serão claramente interpretações do que acontece na realidade.
W1A foi muito bom de se ver. Recomendo. Para quem gosta deste tipo de séries britânicas de humor, claro.
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